O Jogo do Tigrinho, desenvolvido pela empresa Pocket Games Soft, com sede em Malta, tornou-se um grande desafio para os usuários de WhatsApp e Instagram no Brasil nos últimos meses. Esse jogo, proibido no Brasil por ser considerado um jogo de azar, tem causado preocupações devido ao aumento de pessoas perdendo dinheiro e influenciadores sendo indiciados pela justiça brasileira.
Relatos indicam que muitas pessoas têm perdido quantias significativas de dinheiro ao participarem do Jogo do Tigrinho. O problema vai além do incômodo causado pelas mensagens e convites enviados por contas falsas; a principal dificuldade atual é responsabilizar legalmente os proprietários do jogo. O game faz parte do portfólio da Pocket Games Soft, que oferece diversos outros jogos de cassino online, como Chicky Run e Zombie Outbreak.
Rafael Marcondes, diretor jurídico do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR), destaca que para os consumidores discutirem seus direitos, é necessário identificar onde a empresa está localizada e acioná-la no país de sua sede, o que implica em gastos e complicações legais. A regulamentação das apostas no Brasil é crucial para permitir que os usuários busquem proteção legal mais eficaz no país.
A popularidade do Jogo do Tigrinho é evidente, com pesquisas mostrando que ele é um dos jogos de cassino mais preferidos pelos brasileiros, junto com títulos como Fortune Tiger e Aviator. No entanto, a falta de exigência legal para que provedores de jogos online tenham representação no Brasil dificulta a responsabilização das plataformas. Lucas Maldonado D. Latini, especialista em Direito Digital, explica que apesar do Código de Processo Civil brasileiro prever a possibilidade de processar empresas estrangeiras, esse processo é demorado.
Para combater as mensagens indesejadas do Jogo do Tigrinho, recomenda-se bloquear os contatos que enviam o jogo, silenciar as notificações, denunciar o jogo como spam e evitar participar dele. Essas medidas podem ajudar a minimizar o incômodo e os riscos associados ao jogo.