O Rio Paraguai, localizado no Pantanal sul-mato-grossense, atingiu uma marca negativa de nível pela primeira vez em 2024, sinalizando um agravamento das condições de seca na região. A medição registrou uma marca de -0,30 metros, o que já preocupa autoridades ambientais e comunidades locais.
A previsão é de que a seca deste ano possa superar os recordes históricos de 1964 e 2021, quando o rio registrou níveis de -0,61 e -0,60 metros, respectivamente. Especialistas alertam que a situação pode ter consequências severas para a biodiversidade e para as atividades econômicas dependentes do rio, como a pesca e o turismo.
A baixa no nível do rio reflete o impacto das mudanças climáticas e do desmatamento na bacia do Pantanal, que vêm exacerbando os ciclos de seca. O governo e organizações ambientais estão monitorando a situação de perto e estudam medidas para mitigar os efeitos dessa crise hídrica.
A continuidade dessa tendência de seca extrema pode afetar ainda mais a navegação, o abastecimento de água e as atividades agrícolas na região. A população local já começa a sentir os efeitos, com dificuldades no acesso à água e na manutenção das atividades econômicas tradicionais.