Deise Moura dos Anjos, de 39 anos, suspeita de envenenar membros de sua família com arsênio, foi encontrada morta na manhã desta quinta-feira (13) na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, no Rio Grande do Sul. Ela estava detida desde janeiro, acusada de envenenar um bolo consumido por familiares na véspera de Natal, resultando na morte de três pessoas. As autoridades suspeitam de suicídio por asfixia mecânica auto infligida.
Deise estava sozinha em sua cela quando foi encontrada sem sinais vitais durante a conferência matinal. Os agentes penitenciários prestaram os primeiros socorros e acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), que confirmou o óbito. A Polícia Civil e o Instituto-Geral de Perícias (IGP) estão investigando as circunstâncias da morte.
Em dezembro de 2024, durante uma reunião familiar em Torres, no litoral gaúcho, seis pessoas passaram mal após consumirem um bolo supostamente envenenado. Três delas faleceram: Maida Berenice Flores da Silva, 58 anos; Neuza Denize Silva dos Anjos, 65 anos; e Tatiana Denize Silva dos Santos, 43 anos. Investigações apontaram que Deise teria adulterado a farinha usada na preparação do bolo com arsênio.
Além disso, a polícia investigava a possível participação de Deise na morte de seu sogro, Paulo Luiz dos Anjos, ocorrida em setembro de 2024. Exames posteriores revelaram a presença de arsênio em seu organismo, levantando suspeitas de envenenamento.
Antes de sua morte, Deise teria deixado um recado escrito, no qual se declarava inocente e mencionava estar em sofrimento e depressão. As autoridades estão analisando o conteúdo desse material como parte da investigação.
O caso continua a ser investigado para esclarecer todos os detalhes relacionados às mortes e às circunstâncias do falecimento de Deise na prisão.
