Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Após surto de sarampo na Bolívia, MS antecipa ‘dose zero’ e reforça vacinação na fronteira

O avanço do surto de sarampo na Bolívia levou Mato Grosso do Sul a reforçar as ações de prevenção, especialmente nos municípios de fronteira. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) anunciou, nesta terça-feira (12), a antecipação da chamada “dose zero” da vacina contra o sarampo para bebês de 6 a 11 meses e 29 dias. A medida, recomendada pelo Ministério da Saúde, busca criar uma barreira de imunidade antes da idade prevista no calendário vacinal. A aplicação será feita em municípios considerados mais vulneráveis à circulação do vírus, sem substituir as doses regulares administradas aos 12 e 15 meses. Além da imunização para bebês, a SES vai intensificar a vacinação em adolescentes, jovens e adultos, com atenção especial para pessoas vindas de outros países e para casos específicos, como indivíduos com alergia à proteína do leite de vaca, que devem receber a versão adequada da vacina. Desde os primeiros registros da doença na Bolívia, o estado tem adotado medidas como bloqueios vacinais, busca ativa de sintomáticos e campanhas de conscientização, principalmente em Corumbá e Ladário. As ações são realizadas em parceria com o Ministério da Saúde e secretarias municipais, e agora passam a contar com reuniões semanais para alinhar estratégias de contenção. O gerente de imunização da SES, Frederico Moraes, explica que a dose zero é essencial para proteger bebês em maior vulnerabilidade, especialmente diante do risco elevado pela proximidade com áreas onde o vírus já circula.

Hemosul emite alerta por falta de sangue e convoca doadores em MS

O Hemocentro Coordenador de Mato Grosso do Sul (Hemosul) está em estado de alerta devido à queda crítica nos estoques de sangue, especialmente dos tipos O-, O+ e A-. A demanda por transfusões permanece alta e preocupa hospitais e unidades de saúde em todo o Estado. Mesmo priorizando os tipos em falta, a instituição reforça que todas as doações são necessárias, independentemente do tipo sanguíneo. “Precisamos da ajuda da população para reforçar os estoques e garantir atendimento a quem mais precisa. As doações são fundamentais para manter o funcionamento das unidades hospitalares e salvar vidas todos os dias”, afirma Marina Sawada Torres, coordenadora da Rede Hemosul. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) lembra que o sangue doado é essencial para atender emergências, cirurgias, pacientes com doenças crônicas e pessoas em tratamento contra o câncer. Quem pode doar sangue: O intervalo entre as doações é de 2 meses para homens e 3 meses para mulheres. Onde doar: As unidades da Rede Hemosul funcionam de segunda a sábado, com horários que variam conforme o endereço.

Brasil tem o desafio de elevar financiamento para florestas na COP30

O financiamento climático é um dos temas centrais das negociações entre países que participarão da COP30 – a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima – em Belém, em novembro deste ano. Países em desenvolvimento tentam captar pelo menos US$ 1,3 trilhão por ano em recursos das nações mais ricas. No caso do Brasil, os desafios são maiores na captação de financiamento para as florestas. É o que mostra estudo publicado esta semana pelo Climate Policy Initiative, organização filiada à Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (CPI/PUC-Rio). Apenas 2% dos recursos internacionais recebidos pelo país foram para esses ecossistemas. Joana Chiavari, advogada especializada em Direito Ambiental e diretora do CPI/PUC-Rio, diz que as florestas tropicais precisam ser encaradas como parte fundamental e estratégica da solução climática. “Elas desempenham um duplo papel: como fontes de emissão de CO2 (quando desmatadas ou degradadas) e como sumidouras de carbono (quando conservadas), podendo, ainda, capturar CO2 da atmosfera através da restauração florestal. Desta forma, as florestas têm capacidade de mitigar ou agravar a crise climática, dependendo da sua gestão”, argumenta Chiavari. Capital privado Segundo a pesquisadora, o setor que engloba florestas, agricultura, pesca e outros usos da terra enfrenta mais resistência para atrair o capital privado. “Investimentos em mitigação são menos viáveis comercialmente e envolvem períodos de retorno do investimento mais longos ou dinâmicas complexas de uso da terra. No entanto, o financiamento para esse setor tem aumentado no mundo (em torno de 286% entre 2018 e 2023, segundo estudo do Climate Policy Initiative), apoiado, principalmente, pelo financiamento público e concessional, mostrando que existe um interesse crescente em soluções climáticas baseadas na natureza”, salienta Chiavari. Florestas, agricultura, pesca e outros usos da terra enfrentam mais resistência para atrair capital privado -Foto: Ricardo Stuckert/PR Financiamento para o Brasil A pesquisa do CPI/PUC-Rio mostra que o Brasil recebeu R$ 26,6 bilhões/ano de financiamento climático internacional entre 2021 e 2022. O número é 84% maior do que o registrado no período anterior, entre 2019 e 2020. O resultado brasileiro ficou acima da média global de financiamento climático, que acusou crescimento de 28% (aumento de US$ 158 bilhões para US$ 203 bilhões). Os pesquisadores destacam que o cenário foi positivo, dado o contexto de retomada da economia depois da pandemia de Covid-19 e da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, que distanciou o país das discussões de política climática internacional. Origem das verbas Os pesquisadores detalharam a região de origem, o tipo de instituição que destinou o recurso, o instrumento utilizado no financiamento, o setor beneficiado e o uso climático. A Europa Ocidental foi a principal financiadora: 50% dos recursos (R$ 13,3 bilhões/ano) vieram da região. Na sequência, vieram a América Latina e o Caribe, com 18,2% (R$ 4,83 bilhões/ano). Neste último caso, a maior parte dos recursos vem de bancos multilaterais, como o Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). No ranking de países, a líder foi a França com 13% do total (R$ 3,5 bilhões/ano) que chegou ao Brasil. Em seguida, aparecem China (11,6%), Espanha (10%), Reino Unido (9,5%) e Estados Unidos (9%). Instituições públicas mobilizaram 58% do financiamento climático internacional para o Brasil, R$ 15,4 bilhões/ano em valores absolutos.  Setor privado Instituições privadas movimentaram 42%, o que equivale a R$ 11,2 bilhões/ano. Mesmo que menor do que o público, o valor vindo do setor privado merece destaque por ter crescido quatro vezes em relação ao período anterior. O estudo mapeou os tipos de instrumentos comerciais utilizados para o financiamento climático. Foram basicamente quatro: crédito, crédito concessional, equity e doações. O crédito comum é aquele em que há antecipação de recursos com compromisso de pagamento posterior acrescido de juros. No caso do crédito concessional, o financiamento é feito com taxas abaixo do mercado. O equity é diferente dos casos anteriores porque o investidor antecipa os recursos em troca de uma fatia do negócio e participação de lucro. Entre 2021 e 2022, R$ 17,28 bilhões de financiamento vieram por meio de crédito comum, R$ 6,42 bilhões por meio de equity, R$ 1,68 bilhões em crédito concessional e R$ 0,82 bilhões em doações. O setor de energia foi o que recebeu mais recursos (53%), com destaque para projetos de geração solar e eólica (80%). A pesquisa mostra que o financiamento para energia cresceu 165% no Brasil, passando de R$ 8,7 bilhões/ano para R$ 14,0 bilhões/ano. O resultado supera a tendência global de aumento de 53% no período. Florestas Logo em seguida, veio a categoria Intersetoriais com 20% (R$ 5,4 bilhões/ano); agropecuária, florestas, outros usos da terra e pesca com 11% (R$ 2,9 bilhões/ano), transporte com 11% (R$ 2,9 bilhões/ano) e água e saneamento com 5% (R$ 1,3 bilhão/ano). No setor de agropecuária e florestas, a maior parte dos recursos foi para o subsetor agricultura (72%, R$ 2,11 bilhões). O subsetor de florestas recebeu R$ 623 milhões/ano, apenas 2% do financiamento internacional para o país. Os pesquisadores consideram o financiamento para o setor muito aquém do potencial. Principalmente, se for levado em conta que ele é responsável por três quartos das emissões de gases de efeito estufa do país, segundo dados do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG). Os pesquisadores também mapearam o tipo de uso climático feito com os recursos do financiamento climático internacional. A maior parte (80% ou 21,4 bilhões/ano) foi exclusivamente para mitigação. No glossário ambiental, o termo se refere à redução das emissões de gases de efeito estufa. Adaptação climática Apenas 5% dos fluxos mapeados (R$ 1,4 bilhão/ano) foram investidos em adaptação climática. O termo se refere às ações para reduzir a vulnerabilidade de sistemas naturais e humanos às mudanças climáticas. Recursos que contribuem tanto para a mitigação quanto para a adaptação somaram R$ 3,8 bilhões/ano (14%). “O governo brasileiro tem adotado uma série de iniciativas para criar condições de investimento favoráveis para que o capital estrangeiro financie projetos alinhados com a agenda climática nacional, como a Plataforma de Investimentos Climáticos e Transformação Ecológica (BIP), o Eco Invest Brasil e a emissão de títulos soberanos sustentáveis. Compreender o status atual de

Crescem acidentes com escorpiões em MS e crianças representam 60% dos casos graves

Mato Grosso do Sul já contabiliza duas mortes de crianças picadas por escorpiões somente nos primeiros sete dias de agosto. O dado alarmante reforça o início do período sazonal de maior incidência do animal peçonhento, que se prolifera com o aumento da temperatura e da umidade. As vítimas, ambas com 8 anos, foram picadas em cidades do interior do Estado e não resistiram às complicações provocadas pelo veneno. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), crianças representam 60% dos casos graves registrados. De janeiro de 2024 a julho de 2025, o Estado registrou 8.528 acidentes com escorpiões, sendo quase 10% com crianças menores de 10 anos. O número reforça a importância de medidas preventivas, principalmente em ambientes frequentados por crianças, como residências e escolas. A SES alerta que o número de notificações vem crescendo nos últimos cinco anos, sobretudo entre os meses de agosto e janeiro, período de maior aparecimento de escorpiões e outros animais peçonhentos. 🛡️ Como prevenir acidentes com escorpiões: Em locais com crianças, a limpeza e inspeção constante são fundamentais para evitar riscos. 🚨 O que fazer em caso de picada: Os sintomas variam conforme a idade da vítima e a gravidade do envenenamento, mas incluem dor local intensa, vômitos, suor excessivo, tremores e até insuficiência cardíaca.

Campanha Mundial de Amamentação promove a preservação da vida

A campanha deste ano da Semana Mundial da Amamentação (SMAM) destaca a importância do apoio à amamentação para a construção de um ambiente mais sustentável e para a redução dos impactos ambientais associados à alimentação artificial. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) destaca que o aleitamento é uma prática natural, renovável e ambientalmente segura, que não gera resíduos, não depende de cadeias industriais poluentes e contribui para reduzir o impacto climático causado pela produção de fórmulas infantis. “Ao promovermos e protegermos a amamentação estamos investindo em sistemas de cuidado que respeitam o meio ambiente, preservam a vida e reforçam os compromissos com a saúde pública global. Precisamos unir esforços para garantir um suporte contínuo e eficaz à amamentação, por meio da construção de redes de apoio sólidas e duradouras”, diz o coordenador da Rede de Bancos de Leite Humano (RBLH), João Aprígio Guerra de Almeida. Rede de Leite humano A RBLH, articulada por meio da Fiocruz, é uma das mais expressivas iniciativas de cooperação internacional em saúde pública, contribuindo de forma significativa para a redução da mortalidade neonatal em escala global. A rede também atua ativamente em projetos de cooperação técnica internacional, voltados para o fortalecimento das políticas públicas de saúde neonatal. Esse modelo de cooperação solidária, desenvolvido no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), tornou-se uma referência global em inovação social, equidade e saúde pública. Incidência no Brasil A campanha  foi iniciada no último dia 1º. Em 2024, os 234 bancos de leite humano e os 249 postos de coleta da rede realizaram mais de 2,3 milhões de atendimentos a nutrizes em todo o país. O levantamento nacional aponta, ainda, 460,5 mil atendimentos em grupo e 281,3 mil visitas domiciliares, reforçando a capilaridade e a importância do serviço no enfrentamento ao desmame precoce. Todos os atendimentos são gratuitos e integram as ações do SUS. Além do acolhimento e da orientação individualizada ou em grupo, a rede também coordena e estimula a doação de leite humano, prática essencial para a sobrevivência de recém-nascidos internados em Unidades de Terapia Intensivas Neonatais (UTINs), especialmente os prematuros de baixo peso. Em 2024, foram doados 245,8 mil litros de leite humano aos bancos de leite humano em todas as regiões do Brasil. Qualidade de vida Promover a amamentação é garantir direitos e qualidade de vida. Para o bebê, os benefícios incluem a redução da incidência de infecções respiratórias e gastrointestinais, além de menor risco de doenças metabólicas e cardiovasculares. Para a mulher, a amamentação favorece a recuperação no pós-parto e ajuda a reduzir o risco de câncer de mama, entre outras condições.

Brasil retomará fabricação nacional de insulina após 20 anos

O Ministério da Saúde recebeu, nesta sexta-feira (11), o primeiro lote de insulinas produzidas por meio do programa Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), que faz parte da Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde. O país voltará a fabricar o medicamento 100% nacional, por meio de transferência da tecnologia da farmacêutica indiana Wockhardt, com base em um acordo com o laboratório público Fundação Ezequiel Dias (Funed) e com a empresa brasileira Biomm. O ministro Alexandre Padilha participou do evento de entrega do lote com 207.385 mil unidades do medicamento, sendo 67.317 frascos de insulina regular e 140.068 de insulina NPH, na fábrica da Biomm, em Nova Lima (MG). “Depois de mais de duas décadas sem produzir insulina humana, o Brasil retoma essa fabricação para ser entregue ao Sistema Único de Saúde e contribuir com a saúde da população”, destacou Padilha. “É o Brics acontecendo na realidade, mudando a vida da população brasileira e gerando emprego, renda e tecnologia aqui em Minas Gerais”, acrescentou, em referência ao bloco econômico que reúne grandes países do chamado Sul Global, incluindo a Índia, país que viabilizou a parceria.   Segundo a pasta, após a transferência total da tecnologia, o Brasil produzirá 50% da demanda relacionada às insulinas NPH e regular no SUS. “Uma iniciativa como essa traz segurança aos pacientes de que, independentemente de qualquer crise — como a que vivemos durante a pandemia —, o país tem soberania na produção desse medicamento tão importante. Cerca de 10% da população brasileira tem diabetes, e parte dessas pessoas precisa usar insulina. Isso garante tranquilidade, segurança e estabilidade tanto para o SUS quanto para os cidadãos que dependem do medicamento”, reforçou Padilha. A iniciativa conta com investimentos de R$ 142 milhões na aquisição da tecnologia, e cerca de 350 mil pessoas com diabetes serão beneficiadas. Os contratos preveem a entrega para a rede pública de 8,01 milhões de unidades de insulina, entre frascos e canetas, em 2025 e 2026.   A partir da aquisição inicial, de acordo com o Ministério da Saúde, terá início o processo de transferência de tecnologia, conforme previsto nas diretrizes da PDP. Ao final da transferência, a produção do medicamento será totalmente brasileira, com a Funed e a Biomm capacitadas para fabricar o medicamento no país e abastecer o SUS de forma autônoma.   Nas PDPs, instituições públicas e empresas privadas compartilham responsabilidades para a produção nacional do insumo farmacêutico ativo (IFA) e do produto objeto de PDP, em um processo de transferência de tecnologia reversa. A transferência é efetivada por meio de etapas que incluem a realização de embalagens, controle de qualidade dos insumos, produção do produto acabado e do Insumo Farmacêutico Ativo no Brasil, possibilitando, assim, a produção local do medicamento que será fornecido ao SUS.   Tratamento no SUS O SUS oferece assistência integral às pessoas com diabetes, desde o diagnóstico até o tratamento adequado, de acordo com o quadro clínico de cada paciente. A porta de entrada para o cuidado é a Atenção Primária à Saúde, que realiza o acompanhamento contínuo por meio de equipes multiprofissionais. Atualmente, são ofertados quatro tipos de insulinas: insulinas humanas NPH e regular e insulinas análogas de ação rápida e prolongada, além de medicamentos orais e injetável para diabetes mellitus.  

Frio e dor nas costas: por que o inverno exige mais cuidado com sua coluna?

Durante os meses mais frios do ano, é comum que pessoas que já convivem com dores na coluna relatem piora dos sintomas. Esse agravamento tem explicações fisiológicas claras e pode ser prevenido com alguns cuidados simples no dia a dia. 🔎 Por que sentimos mais dor no frio? Com a queda da temperatura, o corpo tende a contrair a musculatura como uma forma de manter o calor interno. Essa contração, somada à vasoconstrição (estreitamento dos vasos sanguíneos), reduz a irrigação nos músculos e articulações, aumentando a rigidez e, consequentemente, a sensação de dor. Além disso, no frio há uma tendência de se manter mais tempo sentado ou deitado, em posturas inadequadas, o que também contribui para a sobrecarga na coluna — principalmente nas regiões cervical e lombar. ✅ Como prevenir as dores na coluna durante o inverno? Pequenas mudanças de hábito podem ajudar a evitar ou minimizar as dores nesse período: 🩺 Quando procurar ajuda? Se a dor persistir por muitos dias, piorar progressivamente ou vier acompanhada de formigamento, perda de força ou limitação nos movimentos, o ideal é buscar avaliação médica. Diagnóstico correto e tratamento precoce ajudam a evitar complicações e melhoram significativamente a qualidade de vida, mesmo durante o inverno.

Sarampo na Fronteira: Brasil envia vacinas à Bolívia e aciona alerta em MS

Com 119 casos confirmados de sarampo, a Bolívia decretou emergência nacional e acendeu o alerta em estados brasileiros que fazem fronteira, como Mato Grosso do Sul. Em resposta ao avanço da doença, o Brasil doou 600 mil doses da vacina ao país vizinho e reforçou a imunização em cidades fronteiriças. Em Corumbá (MS), onde a maioria das escolas públicas atende alunos bolivianos, a vacinação foi intensificada e passou a ser feita inclusive dentro das salas de aula. No total, mais de 12 mil doses foram distribuídas em Corumbá e Ladário para ampliar a cobertura vacinal. A Secretaria Estadual de Saúde de MS informou que nenhum caso de sarampo foi registrado até o momento no estado. Ainda assim, o reforço segue como estratégia de proteção, já que estados como Mato Grosso, Acre, Paraná e Rio Grande do Sul já emitiram alertas sobre a doença. 📌 Esquema de vacinação: O Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação, especialmente entre jovens e adultos, principais vetores da transmissão. Gestantes não devem tomar a vacina, pois ela contém vírus vivos atenuados.

Brasil reduz mortalidade por hepatites, mostra boletim

O Brasil conseguiu reduzir a mortalidade por hepatites nos últimos dez anos com o avanço da vacinação. É o que indica o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais, lançado nesta terça-feira (8) pelo Ministério da Saúde. O levantamento traz um panorama dessas doenças no país. A iniciativa integra a mobilização do Julho Amarelo, mês dedicado à conscientização sobre o tema. Segundo o boletim, em relação à hepatite B, entre 2014 e 2024, o Brasil registrou uma queda de 50% do coeficiente de mortalidade, que passou de 0,2 óbito por grupo de 100 mil habitantes para 0,1 óbito por 100 mil habitantes. No caso da hepatite C, houve redução de 60%. Em 2024, o coeficiente de mortalidade no país foi de 0,4 óbito por 100 mil habitantes. Em 2014, era de uma morte por 100 mil habitantes. A meta, até 2030, é reduzir os óbitos por hepatites virais em 65% e a incidência dessas doenças em 90%, seguindo recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). “A OMS preconiza como meta de eliminação, como problema de saúde pública, até 2030 uma queda de 65% na mortalidade, entre 2015 e 2030. Em 2025, nós já estamos atingindo 60%, isso nos coloca realmente, de fato, no caminho para eliminar essas doenças como problema de saúde pública, dentro desse prazo, até 2030”, destacou o coordenador-geral de Vigilância das Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Mario Gonzales. O coordenador-geral de Vigilância das Hepatites Virais, Mario Gonzales, durante lançamento da campanha para eliminação das hepatites virais no país – Foto: Valter Campanato/Agência Brasil O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, agradeceu o trabalho dos profissionais de saúde, especialmente pela melhora nos dados da cobertura vacinal entre crianças e recém-nascidos para hepatite B. “Os profissionais de saúde que estão lá nas unidades de base de saúde, quem cuida das salas de vacinação, o esforço de orientação do Ministério da Saúde, está reivindicado. Recuperando esse histórico. Saímos de 82,7% em 2022, voltamos para 94,19% em 2023 e agora nossa missão é só crescer cada vez mais”, disse o ministro. Padilha também destacou o fato de o Brasil ter desenvolvido sistemas de coleta de dados que permitem analisar uma série histórica e avaliar o quanto o país avançou no enfrentamento às hepatites virais, com expansão da oferta de vacinas. Monitoramento Na ocasião, também foi apresentada uma plataforma inédita de monitoramento e de apoio à busca ativa e ao cuidado da população. Segundo Gonzales, a ferramenta servirá para que estados e municípios identifiquem onde estão as principais lacunas para a eliminação das hepatites virais no país. Para o coordenador de Emergências, Evidência e Inteligência em Saúde do escritório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, Alex Rosewell, o Ministério da Saúde está conduzindo de maneira consistente a eliminação das hepatites virais, que são uma ameaça grande na saúde pública no mundo. Segundo ele, a iniciativa da Opas visa “eliminar as hepatites virais até 2030, uma meta bem alinhada com as metas do Programa Brasil Saudável do SUS”. “Gostaria parabenizar o Ministério da Saúde e do SUS pelos avanços impressionantes na redução da transmissão e mortalidade que acabamos de ver na apresentação”, ressaltou. Como parte das ações para a eliminação das hepatites virais no país, também foi lançada a campanha publicitária “Um Teste Pode Mudar Tudo”, que reforça a importância da testagem, vacinação e tratamento da doença. Pedro Lacerda – Repórter da Rádio Nacional Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Campo Grande confirma 9º caso de morcego com raiva em 2025

A Coordenadoria de Controle de Zoonoses (CCZ) confirmou, nesta terça-feira (8), o nono caso de morcego infectado com o vírus da raiva em Campo Grande neste ano. O animal foi localizado no Bairro São Francisco. ⚠️ Segundo a médica-veterinária Maria Aparecida Conche Cunha, o número de chamados para recolhimento de morcegos tem crescido — e, com isso, também os registros positivos para o vírus. “É um alerta, não motivo para pânico. A raiva é uma doença presente no nosso meio e exige atenção redobrada”, pontuou. Apesar disso, a orientação é clara: não se deve matar morcegos, que são importantes para o equilíbrio ambiental. Apenas animais encontrados caídos ou com comportamento atípico são considerados suspeitos e devem ser recolhidos pelo CCZ. Por que isso importa? Mesmo os morcegos frugívoros (que se alimentam de frutas) podem transmitir raiva a cães, gatos e humanos — especialmente em contatos acidentais. A vacinação de cães e gatos é a principal medida de proteção. 📍 Campo Grande não possui uma região com maior risco. A atenção deve ser em toda a cidade. O que fazer ao encontrar um morcego? ❌ O que o CCZ não faz: