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Vander vence eleição e assume presidência do PT-MS com ampla maioria dos votos

O deputado federal Vander Loubet (PT-MS) foi eleito presidente estadual do Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso do Sul com mais de 70% dos votos no Processo de Eleição Direta (PED), realizado no domingo (6). Em Campo Grande, o parlamentar conquistou mais de 80% dos votos válidos, consolidando uma vitória expressiva sobre o adversário Humberto Amaducci. Com parciais divulgadas por volta das 23h30, a confirmação do resultado foi celebrada por Vander e seus apoiadores em frente à sede da CUT-MS, na Capital. Até o momento, foram contabilizados 7.583 votos em todo o estado — um aumento de 38% em relação à última eleição partidária — com os resultados de cinco municípios ainda pendentes. “Esse PED é a celebração da nossa democracia interna. É o momento de renovar lideranças e fortalecer nossa base militante para os próximos desafios”, afirmou Vander, que percorreu mais de 60 municípios durante a campanha interna. Para ele, o voto igualitário de cada filiado simboliza a essência participativa do partido. Unidade e diretrizes para o futuro Após a vitória, Vander destacou a necessidade de unificar o PT. “Acabou a disputa e agora é momento de diálogo. Vamos reunir todas as forças internas e manter nossa militância engajada para construir um partido mais forte”, declarou. O deputado também reafirmou que o fortalecimento do partido será decisivo para as próximas eleições. “Vamos trabalhar pela reeleição do presidente Lula, por uma bancada popular no Congresso e por pautas como a taxação dos super-ricos, o fim da escala 6×1 e a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.” Plataforma: organização, formação e comunicação A campanha de Vander se baseou em três pilares principais: reorganização partidária, formação política e fortalecimento da comunicação. Ele pretende aprimorar o uso de tecnologias para atualizar o banco de dados dos filiados e retomar cursos de formação ideológica como eixo de mobilização. “Cada filiado com formação política vale por cem”, frisou, ao defender a retomada do programa de capacitação interna. Sobre comunicação, destacou a importância de integrar militância e direção nacional. “A comunicação precisa ser via de mão dupla. Precisamos conectar nossos filiados com o projeto nacional, fortalecer a defesa do governo Lula nos municípios e combater as fake news com informação”, concluiu.

Procurador cobra ações da SES-MS sobre vício em apostas online e impactos na saúde mental

O Ministério Público de Contas de Mato Grosso do Sul (MPC-MS) quer saber quais medidas o governo estadual tem adotado para enfrentar os impactos das apostas online na saúde mental da população. O procurador de Contas Substituto, Joder Bessa, solicitou formalmente informações à Secretaria de Estado de Saúde (SES-MS). O foco está no crescimento do vício em jogos digitais, potencializado por publicidade massiva e influência de criadores de conteúdo. 📈 Segundo dados do Google Trends, MS está entre os estados com maior volume de buscas por termos como “tigrinho”, “cassino online” e “apostas esportivas”. O impacto também é econômico: mais de R$ 520 milhões em prejuízos estimados na economia local, segundo o MPC. O que o MP quer saber? O ofício solicita à SES-MS: O procurador alerta que os efeitos das apostas digitais atingem especialmente os mais vulneráveis e exige eficiência, eficácia e efetividade das políticas públicas no combate a esse novo desafio de saúde. A ação segue o entendimento do STF, que determinou a adoção de medidas preventivas como: O TCU também já avaliou os impactos das apostas no país e recomendou ações coordenadas entre União, estados e municípios.

MS entra em programa nacional que facilita contratação de professores

Mato Grosso do Sul está entre os 22 estados que aderiram à Prova Nacional Docente (PND), nova iniciativa do Ministério da Educação (MEC) que busca modernizar e qualificar a contratação de professores para escolas públicas. A avaliação será aplicada no dia 26 de outubro de 2025, com inscrições abertas entre 14 e 25 de julho, no site oficial da PND. A prova funcionará como uma pré-seleção de candidatos, podendo ser usada por estados e municípios como etapa de concursos públicos ou processos seletivos para 2026. 🧑‍🏫 Como funciona A PND não é um concurso, mas sim uma ferramenta nacional que ajuda a selecionar candidatos com bom desempenho para futuros certames locais. Cada rede de ensino poderá optar por usar a nota da PND como única fase ou combiná-la com outras etapas, como prova prática ou análise de currículo. Além de reduzir custos com concursos públicos, a proposta pretende aumentar o número de professores efetivos, promover a valorização do magistério e melhorar a qualidade do ensino em escolas públicas de todo o país. 📅 Próximos passos A PND integra o programa Mais Professores para o Brasil, voltado à formação e valorização dos profissionais da educação.

Com acesso limitado à saúde, moradores do Pantanal recebem atendimento do Senar/MS na região da Nhecolândia

Ação levou consultas médicas gratuitas para populações rurais distantes dos centros urbanos Após três anos, o programa Saúde do Homem e da Mulher Rural, do Senar/MS, retornou ao Pantanal, na região da Nhecolândia, com uma grande ação realizada em parceria com o Sindicato Rural e a Prefeitura de Corumbá. A iniciativa realizou mais de 300 atendimentos com serviços gratuitos em diversas especialidades médicas, como clínico geral, ginecologia, pediatria, urologia, dermatologia e oftalmologia. A estrutura contou ainda com vacinação, coleta de sangue, exames preventivos e testes de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), realizados por uma equipe de enfermagem. “A proposta é transformar vidas, indo até onde o acesso é escasso. Aqui, muitos moradores não conseguem buscar atendimento rotineiro na cidade. Então, a missão do Senar é ir até essas pessoas, oferecendo saúde onde elas vivem”, destaca Lucas Gottardi, coordenador do programa. A região da Nhecolândia, marcada por sua beleza natural e riqueza cultural, abriga comunidades ribeirinhas que enfrentam dificuldades de acesso a serviços essenciais. O deslocamento até Corumbá pode exigir longas viagens de barco, e muitas famílias que vivem da pesca, da pecuária e da agricultura de subsistência, muitas vezes, não têm transporte nem recursos para chegar à cidade. É o caso de Roseli Silva, 46 anos, moradora da comunidade Japorá. Há dois anos vivendo no próprio sítio — onde cria galinhas, porcos e cultiva mandioca — ela conta que a travessia do Rio Paraguai é apenas o primeiro desafio. “Não tem postinho médico para o nosso lado do rio. Atendimento só quando eles vêm. Sou diabética, hipertensa, preciso de receita e remédio, mas é muito difícil ir até a cidade”, relata. Roseli acordou às 5h30 da manhã para participar da ação e aproveitar todos os atendimentos disponíveis. “Tirei o dia só para isso. Passei por especialista, saí com a receita certa para os meus olhos, coisa que eu precisava desde que tive paralisia facial em 2018. Agora é só cuidar.” João Francisco da Silva, de 58 anos, produtor rural no Assentamento São Gabriel, também buscou atendimento porque estava sentindo muita dor na coluna. “Trabalho só com enxada e carregando peso, e foi assim que veio o problema na coluna, que já me acompanha há uns quatro, cinco anos. O médico explicou direitinho, passou o remédio. A gente que é do campo sofre porque não tem maquinário, então acaba se machucando. É muito importante ter esse atendimento.” O seu Juraci Amorim, que trabalha em uma fazenda da região, também aproveitou. “Fazia três anos que eu não ia ao médico. Agora aproveitei para medir a pressão, ver como está o diabetes, cuidar da saúde. Com os ônibus que trouxeram o pessoal, ficou melhor para todo mundo”. A pescadora Cleonice de Amorim, de 44 anos, da comunidade ribeirinha de Porto Esperança, nunca havia feito o exame de mamografia. “Nunca fiz porque não tinha dinheiro para pagar carro e sair de lá. É difícil. Hoje aproveitei a oportunidade e já peguei o encaminhamento, fiz também o exame do preventivo que desde 2013 não realizei mais”. Para o presidente do Sindicato Rural de Corumbá, Stefano Rettore, o programa representa inclusão e cuidado com quem vive e trabalha no campo. “É para todos os trabalhadores e produtores rurais, não só quem é dono da terra, mas todos que vivem dela. A ação só é possível com o envolvimento do sindicato, da prefeitura e, principalmente, dos nossos produtores, que apoiam e mobilizam a comunidade.” Para muitos moradores, cada consulta, exame ou receita representa uma oportunidade real de cuidar da saúde e continuar produzindo com mais qualidade de vida. Por meio dessa ação, o Senar/MS reforça que a distância não impede a transformação. Para saber os próximos destinos do programa Saúde do Homem e da Mulher Rural, acompanhe nas redes sociais do Sistema Famasul. Além do Sindicato Rural e a prefeitura de Corumbá, a ação contou com a parceria da Fazenda Novo Horizonte, onde aconteceram os atendimentos, Exército Brasileiro, Defesa Civil, Polícia Militar Ambiental, Polícia Militar Rural, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e outras empresas privadas. Assessoria de Imprensa do Sistema Famasul – Ana Palma

Butantan se prepara para testar vacina contra gripe aviária em humanos

O Instituto Butantan, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, vai iniciar os testes, em seres humanos, da primeira vacina brasileira contra a gripe aviária (H5N8). O instituto recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na última terça-feira (1º) para o início dos ensaios clínicos e agora aguarda o aval da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). Segundo o Butantan, a vacina influenza monovalente A (H5N8) será testada em duas doses, com intervalo de 21 dias, em adultos de 18 anos até 59 anos, em um primeiro momento. Depois, serão realizados os testes em pessoas com mais de 60 anos. O instituto concluiu os estudos pré-clínicos em camundongos e coelhos com resultados positivos de segurança e imunogenicidade (capacidade de gerar uma resposta imunológica). O Butantan pretende recrutar 700 adultos e idosos voluntários, que participarão das fases 1 e 2 do estudo em cinco centros de pesquisa em Pernambuco, Minas Gerais e São Paulo. O objetivo é terminar o acompanhamento destes participantes em 2026, para ter dados que contemplem uma faixa etária ampla para a submissão do pedido de registro à Anvisa. Risco de nova pandemia O diretor do Instituto Butantan, Esper Kallás, explica que existe uma quantidade muito grande de vírus aviários de influenza, e que há uma pequena percentagem deles que pode ganhar agressividade e causar doenças mais graves. Mesmo que afetem primeiramente as aves, esses vírus podem chegar a alguns mamíferos que entram em contato com elas, e finalmente, caso se adaptem, existe o risco de causarem infecções em humanos. Segundo Kallás, desde 1996, um tipo de vírus específico de aves chamado H5 demonstrou a capacidade de ser transmitido esporadicamente para algumas pessoas. “Nos últimos anos, o vírus vem se adaptando cada vez mais e conseguindo causar levas de mortes em mamíferos, primeiro em aquáticos, mas agora também em mamíferos terrestres. Está cada vez mais se aproximando de ter as adaptações que precisaria para serem transmitidos entre as pessoas. Essa possibilidade alerta a toda a comunidade científica e a saúde pública sobre a possibilidade de a gente ter uma pandemia causada pela gripe aviária”, afirmou o diretor. De acordo com ele, essa não é uma opinião apenas de especialistas do Instituto Butantan, do estado de São Paulo, ou dos brasileiros. É uma avaliação que está presente no mundo todo. “É para se antecipar, fazer uma preparação para isso, que o Instituto Butantan vem, desde o começo de 2023, trabalhando no desenvolvimento de uma vacina candidata para prevenir uma infecção ou o desenvolvimento de doença grave por esse vírus H5, que vem sendo transmitido principalmente entre os animais das Américas. Nosso objetivo é verificar se a vacina é bem tolerada, se é segura, e se induz uma proteção verificada pelo exame de sangue depois de as pessoas terem sido vacinadas”. “Se a gente tiver isso pronto, caso esse vírus comece a ser transmitido entre as pessoas, e causar um surto, uma epidemia, ou uma pandemia, o Butantan já trilhou um caminho de desenvolvimento para produzir essa vacina no enfrentamento em saúde pública”, completa Kallás. Transmissão entre humanos A diretora médica do Instituto Butantan, Fernanda Boulos, destaca que o grande risco que existe para a gripe aviária é ter uma transmissão inter-humana, de pessoa para pessoa. “Se isso acontecer, há chance de ocorrer uma epidemia. Isso não aconteceu até agora porque esse vírus da influenza não tem a capacidade de se adaptar em sistema respiratório humano. No entanto, sabemos que os vírus influenza são altamente mutagênicos e, se sofrer uma mutação específica que permita ele se adaptar no sistema respiratório de humanos, aí, sim, há o risco de transmissão entre humanos e o risco de epidemia. Estamos querendo nos antecipar a esse risco”, afirmou Fernanda. A diretora acrescenta que a vacina em desenvolvimento é de vírus inativado, também chamado de vírus morto, incapaz de causar infecções. “Com a aprovação ética do estudo se concretizando, a gente abre os cinco centros de pesquisa que irão recrutar participantes desse estudo para avaliar se a vacina é segura e gerou imunidade nesse primeiro teste em humanos”, disse a pesquisadora. Letalidade Segundo a Anvisa, especialistas de todo o mundo alertam para o risco de disseminação de novas variantes do vírus da gripe aviária, como o H5N1, H5N8 e H7N9, que chamam a atenção por seu alto potencial de letalidade e capacidade de mutação. Desde 2021, esses vírus causaram a morte de 300 milhões de aves e impactaram 315 espécies silvestres em 79 países, segundo dados globais. “Em humanos, embora ainda sejam raros, os casos chamam a atenção pela gravidade: entre 2003 e 2024, houve 954 infectados em 24 países, com 464 mortes — uma taxa de letalidade de 48,6%, significativamente mais alta que a registrada durante a pandemia de covid-19, de menos de 1%”, destaca a agência reguladora. O Ministério da Saúde informa que, até o momento, não foi confirmado nenhum caso humano de influenza aviária no Brasil. “O risco de infecção humana é baixo e não ocorre pelo consumo de carne ou ovos devidamente cozidos, mas, sim, por contato direto com aves doentes ou com ambientes contaminados. Dessa forma, a medida preventiva mais eficaz é evitar o contato com aves mortas ou doentes”, diz a pasta. Casos no Rio Grande do Sul Neste ano, foi notificada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a infecção em aves comerciais de uma granja no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul. No dia 18 de junho, o Brasil voltou a ser um país livre da influenza aviária, após ter cumprido os protocolos internacionais que preveem, entre outras medidas, o prazo de 28 dias sem novos registros em granjas comerciais. O anúncio oficial de cumprimento do período de vazio sanitário foi dado pelo Mapa, em comunicado enviado à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). De acordo com o Ministério da Saúde, as aves, quando infectadas, podem disseminar vírus através da saliva, secreções de mucosas e fezes. A infecção se dá tanto pelo contato direto ─ respirar o vírus contido em gotículas ou partículas transportadas pelo ar ─ ou pelo contato com superfícies contaminadas por ave infectada e depois

MS deve universalizar rede de esgoto até 2028 — cinco anos antes da meta nacional

Mato Grosso do Sul projeta atingir universalização da coleta e tratamento de esgoto até 2028, superando em cinco anos a meta nacional, fixada para 2033. Segundo dados do Governo do Estado, 70% da área urbana já conta com cobertura de esgoto, índice que deve saltar para 85,6% até 2026 e alcançar 98% até 2031. O avanço é resultado de investimentos em obras de infraestrutura, modernização tecnológica e da parceria público-privada com a Ambiental MS Pantanal, firmada em 2021. Em quatro anos, foram instalados 553 km de rede coletora em 52 municípios e um distrito, com R$ 450 milhões investidos até o momento. Destaques da expansão A nova geração de estações de tratamento, como as de Dourados e Caarapó, são automatizadas, funcionam 24h por dia e utilizam estruturas de aço inoxidável, mais duráveis e de baixa manutenção, substituindo os antigos sistemas em concreto. Etapas futuras Segundo o diretor-presidente da Sanesul, Renato Marcílio, o projeto é mais que uma meta: “Cada rede implantada, cada estação construída representa um avanço concreto na vida das pessoas”.

MS tem 15 barragens com alto risco de rompimento, aponta relatório da ANA

Um relatório da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) acendeu o alerta sobre a segurança hídrica em Mato Grosso do Sul: 15 barragens no estado foram classificadas como de alto risco de rompimento. Entre os municípios com estruturas críticas estão Campo Grande, Sidrolândia, Dourados, Corumbá, Rio Brilhante e outros. As barragens apresentam falhas estruturais de conservação ou construção e não atendem aos requisitos da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB). A situação exige atenção urgente dos órgãos fiscalizadores, dada a possibilidade de danos ambientais, materiais e à vida humana. Números do risco O Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB) indica que MS tem 2.690 barragens cadastradas, das quais 223 foram incluídas somente em 2025. Contudo, 15 barragens estão em estado crítico, com risco estrutural alto, e 14 delas têm potencial de causar danos altos ou médios. Onde estão essas barragens? 📍 Potencial de estrago alto: 📍 Potencial de estrago médio: 📍 Potencial de estrago baixo: Quem fiscaliza? Das 15 barragens em risco, 14 estão sob responsabilidade do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS). A única fora desse escopo é a barragem de Corumbá, fiscalizada pela Agência Nacional de Mineração (ANM). A reportagem aguarda posicionamento dos órgãos sobre as medidas preventivas adotadas e possíveis planos de contenção.

Plebiscito pode mudar nome de cidade e encerrar confusão histórica em MS

A cidade de Rio Verde de Mato Grosso, localizada a 194 km de Campo Grande, pode ter seu nome alterado para Rio Verde do Pantanal. A proposta visa encerrar décadas de confusão com o estado vizinho, já que o município fica em Mato Grosso do Sul — e não em Mato Grosso, como o nome atual pode sugerir. A mudança já foi aprovada pelo prefeito Antônio Sabedotti Fornari e pela Câmara de Vereadores. Agora, a decisão está nas mãos da população. O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Gerson Claro, solicitou ao TRE-MS a realização de um plebiscito para que os moradores votem “sim” ou “não” sobre a alteração. Segundo o prefeito, a iniciativa não é apenas simbólica, mas reflete um desejo real da comunidade local de reforçar sua identidade com Mato Grosso do Sul e com a região do Pantanal, reconhecida nacionalmente. Se a população aprovar a mudança no plebiscito, a nova denominação será oficializada por meio de lei municipal, passando a valer legalmente.

Frio intenso e geadas em MS podem causar prejuízos na agricultura e pecuária

A entrada de uma massa de ar polar sobre Mato Grosso do Sul provocou temperaturas próximas de 3°C e sensação térmica negativa em diversas regiões do estado, especialmente no sul. As geadas já registradas em alguns municípios impactaram lavouras de milho e acenderam o alerta no campo sobre os efeitos do frio nas plantações e no rebanho. Segundo o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), ainda há previsão de novas geadas nos próximos dias. De acordo com o projeto SIGA MS, as baixas temperaturas colocam em risco o milho da segunda safra que está em fase de enchimento e maturação dos grãos. Cerca de 48% das lavouras estão em estádios fenológicos mais sensíveis ao frio e à ocorrência de geadas. “Desse total, 24% encontram-se no estágio R4, quando o grão está pastoso e ainda em formação, e nessa fase, uma geada pode provocar perdas de 25% a 40% no potencial produtivo. Isso ocorre porque o frio intenso compromete o enchimento adequado dos grãos e, consequentemente, a produtividade final”, afirma coordenador técnico da Aprosoja/MS, Gabriel Balta. O Departamento Técnico do Sistema Famasul também destaca o risco para outras culturas agrícolas. “Os episódios de frio exigem atenção imediata do setor agropecuário. Milho safrinha, feijão, hortaliças e frutíferas tropicais são os mais vulneráveis, podendo sofrer queima foliar, perda de área fotossintética e até abortamento de grãos”, detalha a analista da Famasul Lenise Castilho. Na pecuária, os prejuízos são mais imediatos. A geada queima a vegetação das pastagens tropicais, como a braquiária, comprometendo o valor nutricional da forragem e dificultando a alimentação do rebanho. Dados da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO) mostram que em 2024 foram registradas mais de três mil mortes de bovinos por hipotermia em 14 municípios do estado, superando os números de 2023. “Além da perda de peso e do estresse térmico, o frio intenso enfraquece o sistema imunológico dos animais, tornando-os mais suscetíveis a doenças respiratórias. Bezerros, vacas prenhes e animais idosos são os mais vulneráveis”, aponto o consultor da Famasul Diego Guidolin. Na suinocultura e na avicultura, os desafios também são relevantes. Apesar de essas cadeias produtivas contarem com maior tecnificação, o frio intenso exige cuidados redobrados com o ambiente, ventilação, aquecimento e fornecimento hídrico, especialmente nas pequenas propriedades, onde a infraestrutura pode ser mais limitada. A queda na temperatura ambiente, se não compensada por sistemas de aquecimento adequados, pode comprometer o desempenho zootécnico dos animais, afetando taxas de conversão alimentar, crescimento e produção de carne ou ovos. A exposição prolongada ao frio também eleva o risco de doenças respiratórias, exigindo atenção especial ao manejo sanitário e ao conforto térmico. Para reduzir os impactos, o Sistema Famasul orienta os produtores a reforçarem a suplementação alimentar, manterem fontes de abrigo naturais ou artificiais nas propriedades e ficarem atentos a sintomas de hipotermia. “A adoção rápida de boas práticas de manejo é essencial para preservar o bem-estar animal, evitar perdas econômicas e manter a resiliência da pecuária sul-mato-grossense frente às oscilações climáticas”, reforça Diego. Nas áreas em ponto de colheita e aguardando apenas a redução da umidade dos grãos, os efeitos da geada tendem a ser pontuais, impactando mais a qualidade do que a produtividade. Já nas áreas ainda em desenvolvimento, os riscos são maiores. Até o momento, não há previsão de novas geadas para os próximos dias. A chuva deve retornar a Mato Grosso do Sul entre quinta-feira (27) e sexta-feira (28), especialmente na região centro-sul. Com isso, espera-se aumento gradual das temperaturas no estado. O Sistema Famasul segue acompanhando as condições climáticas e reforça sua atuação junto aos sindicatos rurais e ao Senar/MS, mobilizando esforços para apoiar tecnicamente os produtores durante esse período crítico. “A adoção rápida de boas práticas de manejo é essencial para preservar o bem-estar animal, evitar perdas econômicas e manter a resiliência da pecuária sul-mato-grossense frente aos desafios impostos pelas oscilações climáticas”, finaliza a analista técnica Lenise Castilho. Assessoria de imprensa do Sistema Famasul – Ana Palma Com informações da Aprosoja/MS e Cemtec

CNMP julga nova denúncia de corrupção envolvendo procurador do MPMS

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) volta a colocar o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) no centro das atenções na próxima terça-feira (24), durante julgamento de mais uma denúncia de corrupção contra membros da instituição. É a segunda sessão consecutiva com casos envolvendo o órgão sul-mato-grossense. Desta vez, estará em pauta a reclamação disciplinar nº 1.01185/2024-72, que tem como alvo o procurador de Justiça Marcos Antônio Martins Sottoriva. A denúncia foi apresentada pela Corregedoria Nacional do MP e está relacionada à operação Última Ratio, da Polícia Federal, que apura suspeita de venda de decisões judiciais. Mensagens reveladoras Segundo investigação da PF, em março de 2020, Sottoriva teria encaminhado ao desembargador Marcos José de Britto, do TJMS, o número de um processo de agravo de instrumento no qual ele buscava reverter uma decisão que negava liminar em ação relacionada à compra de uma fazenda avaliada em R$ 5 milhões. Mensagens extraídas do celular do procurador mostram que o desembargador teria proferido liminar favorável sem analisar o mérito do caso, supostamente por deferência ao cargo ocupado por Sottoriva. O relatório da PF descreve o episódio como “fato grave, que evidencia favorecimento indevido”. Atualmente, Sottoriva está lotado na 5ª Procuradoria de Justiça Cível e já ocupou o cargo de corregedor-geral do MPMS. Sessão anterior: denúncias arquivadas e retiradas Na última reunião do CNMP, realizada em 10 de junho, o colegiado analisou duas outras denúncias envolvendo o MPMS. Uma foi arquivada (sobre pagamentos de auxílios), e a outra, que cobrava a convocação de aprovados em concurso de servidores, foi retirada de pauta. A sessão contou com a presença do procurador-geral de Justiça, Romão Ávila Milhan Júnior, e do presidente da ASMMP, promotor Fabrício Secafen Mingat. O conselheiro Paulo Cezar dos Passos, ex-PGJ do Estado, se posicionou pelo arquivamento da denúncia, acompanhado pela maioria dos membros do Conselho. Também está prevista para a sessão do dia 24 a análise de uma denúncia contra a 1ª Promotoria de Justiça de Ponta Porã, por tratamento discriminatório a moradores de determinados bairros do município.