Com status sanitário unificado, MS tem trânsito de bovinos liberado para todo o Brasil

O trânsito de bovinos entre Mato Grosso do Sul e outros estados brasileiros está oficialmente liberado. A medida ocorre após o reconhecimento internacional do Brasil como zona livre de febre aftosa sem vacinação, alcançado em maio deste ano. Com isso, todo o território nacional passa a compartilhar a mesma condição sanitária, eliminando as últimas barreiras interestaduais para a movimentação de animais suscetíveis à febre aftosa. A decisão foi formalizada por meio de ofício do Ministério da Agricultura e Pecuária, enviado a todas as superintendências do país. O documento autoriza o livre trânsito, desde que sejam respeitadas as normas sanitárias específicas de cada espécie e as exigências de fiscalização nos postos estaduais. Impacto para a pecuária A conquista representa um marco histórico para a agropecuária nacional, fortalecendo a imagem do Brasil como fornecedor seguro de proteína animal e abrindo portas para mercados internacionais mais exigentes, que priorizam países com status sanitário avançado. Com a unificação da condição sanitária, o artigo 4º da Portaria nº 665/2024, que anteriormente proibia o trânsito de bovinos de áreas ainda não reconhecidas, perde sua validade. Mato Grosso do Sul, um dos principais estados exportadores de carne bovina do país, deve ser um dos maiores beneficiados com a medida.
Produtor pantaneiro, prepare-se: programa de Pagamento por Serviços Ambientais será lançado em breve

O Governo do Estado está prestes a lançar o edital do Programa de Pagamento por Serviços Ambientais – Subprograma Conservação e Valorização da Biodiversidade. Essa importante política pública vai reconhecer financeiramente quem preserva a vegetação nativa no bioma pantaneiro. O edital do subprograma pretende oferecer pagamentos aos produtores rurais que mantiverem excedentes de vegetação nativa em seus imóveis rurais, em forma de pastagens nativas e áreas florestais. A gestão do PSA será feita pela Funar (Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural), entidade sem fins lucrativos vinculada à Famasul, com atuação voltada ao ensino, extensão e pesquisa nas áreas de ciências agrárias, humanas e tecnológicas. Criada para promover o desenvolvimento rural por meio da educação, da assistência técnica e da difusão de conhecimentos, a FUNAR foi escolhida por meio de edital como o agente-executor do programa, sendo responsável por coordenar a seleção dos participantes, o repasse dos valores e o acompanhamento técnico. Os recursos do subprograma virão do Fundo Clima Pantanal, criado para estimular ações de conservação ambiental aliadas à produção sustentável. O Sistema Famasul foi a primeira entidade a apoiar a iniciativa, com a doação de R$ 100 mil para contribuir com a preservação do bioma. O Governo do Estado prevê repasses anuais de R$ 40 milhões. Para orientar os produtores e evitar a perda de prazos importantes, a Famasul elaborou um material com perguntas e respostas sobre o PSA, explicando quem pode participar, como se inscrever e quais são os critérios exigidos. Quem pode participar? Produtores que: • Tenham propriedades inseridas no Bioma Pantanal; • Possuam excedente de vegetação nativa preservada; • Estejam com o CAR (Cadastro Ambiental Rural) regularizado; • Cumpram todas as exigências legais referentes à reserva legal, APPs e vegetação obrigatória; • Estejam em conformidade com a justiça estadual e federal, e demais órgãos de controle. Quanto será pago? O valor será de R$ 55,47 por hectare ao ano, com limite de até R$ 100 mil por propriedade (CPF ou CNPJ). Para aqueles que tiverem licença de supressão vegetal emitida, também receberão pela área licenciada se concordarem na extinção da licença. Quem terá prioridade? 1. Produtores com licença de supressão vegetal vigente; 2. Produtores tradicionais pantaneiros (segundo índice da IAGRO); 3. Demais interessados, conforme índice de sustentabilidade ambiental a ser calculado pelo agente-executor. Como participar? A adesão ao Subprograma PSA Pantanal será realizada por meio de edital de chamada pública divulgado pela Semadesc e agente-executor, nos quais estarão descritos todos os critérios, documentos exigidos, etapas do processo e regras de participação. A expectativa é que o primeiro edital seja lançado em breve. Por isso, produtor rural, fique atento e acompanhe os canais oficiais do Sistema Famasul e prepare-se para não perder essa oportunidade. “O PSA Pantanal é uma conquista significativa para o setor produtivo pantaneiro, que há 300 anos adota práticas sustentáveis, mesmo sem receber por isso. Com o PSA, o produtor será finalmente valorizado por preservar e produzir com qualidade”, destaca o presidente da Famasul, Marcelo Bertoni. Para mais informações, entre em contato com a FUNAR pelo e-mail psapantanal@funar.org.br
Após acordo, movimentos desocupam sede do Incra em MS após quase uma semana de protestos

Depois de seis dias de manifestações, os movimentos sociais que lutam pela reforma agrária desocuparam, nesta quinta-feira (1º), as sedes da Superintendência Regional do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e da Superintendência Federal do Desenvolvimento Agrário em Mato Grosso do Sul. A mobilização teve início no último sábado (26) e incluiu bloqueios de rodovias em diversas regiões do estado, além da ocupação de prédios públicos. De acordo com o Incra, os manifestantes alegam que as ações do governo federal até o momento são insuficientes para atender às principais demandas dos trabalhadores rurais sem terra. Um dos principais pedidos é o agendamento de reuniões com ministros, a fim de debater políticas públicas mais efetivas para a reforma agrária no país.
Casal encontra nos queijos artesanais a oportunidade para recomeçar no campo

Ao trocar a cidade pelo campo, Demian Gabriel e Ângela Portolan encontraram mais do que uma nova rotina: descobriram no leite e na produção de queijos artesanais uma forma de prosperar. Com o apoio da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar/MS, o casal transformou o pequeno Sítio Bom Princípio, em Guia Lopes da Laguna, em um negócio em expansão. O casal, que vivia em Maracaju, viu a oportunidade de recomeçar quando Demian perdeu o emprego e o sogro ofereceu a propriedade para que eles pudessem reconstruir sua vida. Com apoio do Senar/MS, a escolha resultou em uma verdadeira revolução. A quantidade ordenhada do rebanho aumentou e os dois estão perto de obter a autorização para a fabricação formalizada dos queijos. “Nós víamos que isso aqui dava dinheiro, mas não pensávamos que poderíamos focar em uma atividade e viver dela. Conforme o Senar foi nos mostrando e orientando, nós conseguimos tirar nossa renda do leite e vimos que é possível viver de um sítio pequeno”, relembra o produtor rural. Essa é a história do Transformando Vidas de hoje: O início foi desafiador: com ordenha manual e produção de apenas cinco litros de leite por dia. Demian colocava o produto em uma garrafa de água mineral e entregava à vizinha para que ela produzisse queijos. Com o tempo, o casal decidiu dedicar todo o leite ordenhado para fabricar os próprios produtos. “Nesse tempo, fomos corajosos na nossa decisão. A produção era muito modesta, apenas um ou dois queijos por dia. Mesmo assim continuamos porque eu me encontrei fazendo queijos, é minha terapia”, relembra Ângela. A grande mudança na trajetória do casal aconteceu quando um problema com uma vaca levou Demian a conhecer Ana Karina, veterinária e técnica de campo do Senar/MS. “Era um sábado. O animal teve uma complicação no parto e eu não encontrava nenhum profissional disponível para atendimento. Um amigo me indicou ela e em cerca de 40 minutos, ela já estava aqui para ajudar e salvar a vaca”, relata. Após o atendimento, a veterinária apresentou a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar/MS aos produtores e, a partir daí, o Sítio Bom Princípio iniciou uma parceria de sucesso com a instituição. “Recebemos suporte para o melhoramento nutricional dos animais, a introdução do capiaçu na alimentação das vacas e o curumi para os bezerros. A inseminação artificial e o planejamento reprodutivo também foram incorporados à gestão da propriedade, garantindo um fluxo constante de vacas em lactação”, explica o produtor. De um processo produtivo mínimo de dez litros diários, hoje o casal passou a ordenhar cerca de 90 litros por dia, com automação no processo. A fabricação de queijos também se multiplicou. Agora, a escala de fabricação saltou para mais de dez queijos por dia, atendendo uma demanda crescente. A ATeG em Bovinocultura de Leite abriu caminho para que os produtores conhecessem também o atendimento em Agroindústria. Os dois estão próximos de formalizar a produção e obter autorização de comercialização. “Temos um espaço que está em construção onde será nossa queijaria. Me emociono só de pensar nela pronta, toda branquinha, garantindo higiene. Quero que visitem nosso sítio e vejam que ali, meus queijos são feitos corretamente”, conta Ângela. Histórias como a de Demian e Ângela demonstram o impacto positivo da educação e do conhecimento no desenvolvimento rural. O Senar/MS segue comprometido em transformar vidas no campo, levando capacitação e oportunidades para quem decide apostar na produção rural. ATeG – A Assistência Técnica e Gerencial, ferramenta de melhoria da gestão do negócio, produtividade e sustentabilidade das propriedades rurais de Mato Grosso do Sul. Com a aplicação da metodologia proposta em conjunto com o produtor, o Senar/MS difunde conhecimento e tecnologias que permitem o crescimento de empresas rurais em várias cadeias produtivas do agronegócio. Para saber mais procure o Sindicato Rural do seu município. Transformando Vidas – Toda sexta-feira o Sistema Famasul divulga uma reportagem sobre a atuação do Senar/MS e as suas transformações no campo. Confira outras histórias de sucesso no canal do Youtube e no site. Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul – Michael Franco
Famasul Conecta e Funar oferecem vagas de emprego e estágio na Expogrande

Quem busca emprego ou estágio terá uma chance especial na Expogrande. Nos dias 7 e 8, das 8h às 17h, a Famasul Conecta e a Fundação Educacional de Desenvolvimento Rural (Funar) estarão com um balcão de oportunidades para receber currículos e cadastrar candidatos, no estande do Senar/MS. Empresas também podem divulgar vagas gratuitamente. A plataforma Famasul Conecta facilita o encontro entre empregadores e profissionais, além de oferecer estágios. O cadastro pode ser feito em famasulconecta.com.br. No ano passado, 230 pessoas foram inseridas no mercado de trabalho por meio da plataforma, e 87 empresas aderiram ao serviço. Já a Funar preencheu 44 vagas de estágio apenas no início do ano e espera dobrar o total de 150 ocupadas em 2023. Para Everton Ferraz, coordenador de arrecadação do Senar/MS e responsável pela Famasul Conecta, a iniciativa amplia o acesso ao mercado de trabalho. “Nosso objetivo é conectar candidatos e empresas, oferecendo suporte para cadastros e recolocações. O balcão será uma grande oportunidade para quem busca uma nova colocação profissional.” Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul – Suelem Fonseca
Rastreabilidade de bovinos e búfalos avança e pecuaristas têm até 2032 para se adaptar

A rastreabilidade de bovinos e búfalos no Brasil avançou para uma nova etapa com o lançamento do Plano Nacional de Identificação Individual (PNIB), que será implementado gradualmente até 2032. Em uma reunião estratégica realizada nessa semana, durante a Dinapec 2025, a Comissão Nacional de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) discutiu as implicações dessa iniciativa para a cadeia produtiva da carne bovina, com a participação da Famasul e outras nove federações, além de especialistas e entidades representativas. O encontro teve como um dos principais temas o avanço da rastreabilidade individual dos rebanhos, um movimento que visa atender à crescente demanda global por maior transparência e segurança alimentar. De acordo com Francisco de Castro, presidente da comissão, a rastreabilidade será um diferencial para garantir o controle sanitário e a sustentabilidade da pecuária brasileira, especialmente em face das exigências internacionais. “O período até 2026 é uma fase de transição, de testes e aperfeiçoamento das ações de rastreabilidade. Nosso objetivo é garantir que, quando essa exigência entrar em vigor, os pecuaristas estejam preparados, com um sistema eficiente e adaptado à realidade da nossa pecuária. Essa medida é uma oportunidade de agregar ainda mais valor ao nosso produto, garantindo qualidade ao que chega à mesa do consumidor e fortalecendo nossa competitividade no mercado internacional”, afirma Francisco. O plano, anunciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), visa monitorar a movimentação e a sanidade dos animais, estabelecendo um sistema informatizado que permitirá acompanhar o rebanho de forma detalhada. Para os pecuaristas de Mato Grosso do Sul, o projeto é uma oportunidade estratégica, já que o estado se destaca pela certificação internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação, prevista para maio de 2025. Mariana Urt, diretora-técnica da Famasul, destaca que a rastreabilidade será fundamental para garantir a integridade dessa certificação e além de colocar o Brasil como referência em sanidade e sustentabilidade, abrindo novas portas para a pecuária. “O PNIB fortalece a vigilância sanitária ao permitir um controle mais preciso da movimentação dos animais, o que reduz riscos e garante maior segurança à produção. Além disso, a certificação internacional eleva a credibilidade do estado, possibilitando uma melhor valorização da carne sul-mato-grossense no mercado global”, pontua. Para Rafael Gratão, presidente da Novilho Precoce MS e vice-presidente da comissão, a implementação da rastreabilidade pode gerar custos com tecnologias como brincos eletrônicos, sistemas de monitoramento e softwares de gestão. No entanto, a modernização da pecuária, aliada à evolução da gestão, pode compensar esses gastos, tornando a atividade mais eficiente e ampliando o acesso a mercados premium. “Em sete anos, a rastreabilidade será uma exigência para todos, e é fundamental enxergar esse monitoramento como uma oportunidade. Quem se preparar desde agora terá um diferencial competitivo, agregando valor ao seu produto e garantindo mais segurança e qualidade ao consumidor. Seguiremos atentos às movimentações do mercado e trabalhando para que os pecuaristas tenham a melhor informação e as melhores oportunidades para se adequarem às mudanças”, destaca Gratão. A implementação será gradual e ocorrerá ao longo dos próximos sete anos. Até 2026, será construída a base de dados nacional. Entre 2027 e 2029, terá início a identificação individual dos animais, com a previsão de atingir todo o rebanho até 2032. Além da rastreabilidade, outros dois temas de grande impacto para a pecuária foram discutidos. Um deles foi a atualização das regulamentações da União Europeia (UE) sobre o uso de antimicrobianos. As novas regras estabelecem restrições mais rígidas quanto ao uso desses medicamentos em animais destinados à exportação, o que exige atenção dos pecuaristas brasileiros para garantir conformidade com as exigências sanitárias internacionais. Essas mudanças reforçam a necessidade de uma produção cada vez mais sustentável e alinhada às demandas globais. Outro ponto abordado foi a investigação iniciada pelo Ministério do Comércio da China sobre a importação de carne bovina. O país asiático está analisando o impacto do aumento das importações em seu mercado interno e pode adotar medidas como tarifas adicionais ou cotas. Essa movimentação exige um monitoramento constante, e a CNA segue acompanhando o processo para defender os interesses da pecuária brasileira e preservar a competitividade no principal destino da carne bovina brasileira. Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul – Ana Palma
Senar/MS tem centro de formação técnica de excelência voltada ao Agronegócio

A jornada de Thayslla Danchen no universo agropecuário começou de maneira inusitada. Sem qualquer ligação prévia com o setor rural, ela exercia a profissão de manicure quando seu irmão, engenheiro agrônomo, a convidou a explorar novos horizontes. Foi então que ela descobriu o Centro de Excelência em Bovinocultura de Corte do Senar/MS, em Campo Grande. Hoje, formada pela instituição, comemora uma conquista: a contratação como auxiliar de campo e laboratório na Embrapa Gado de Corte. “Talvez eu continuaria sendo manicure se não fosse o Centro de Excelência. Nem pensava em trabalhar no Agro, não tinha relação nenhuma. O convite do meu irmão me fez descobrir esse mundo novo. Hoje não sou mais a mesma do passado, sou literalmente do agro e faço parte disso. Tive a vida toda transformada”, comenta Thayslla. A dedicação e entusiasmo de Thayslla não passaram despercebidos. Logo após concluir o curso, surgiu a oportunidade de integrar a equipe da Embrapa Gado de Corte como auxiliar de campo e laboratório em uma pesquisa sobre melhoramento de pastagens. “É uma realização tremenda. Hoje auxilio um dos doutores nesse estudo que busca melhorar a nutrição dos animais, por meio de novas braquiárias que serão colocadas no mercado. Sei que tudo que trabalhar ali dentro pode ajudar os produtores”, celebra. Durante os dois anos de curso, Thayslla se viu encantada pelo Agro nos grupos de estudo e atividades práticas. “Eu tinha dificuldade com o conhecimento no campo e ter a oportunidade de estar em grupos que permitiam trabalhar com os animais despertou meu encanto e me fez entender de maneira reforçada o que era trabalhado em sala de aula e laboratórios”, relembra. Hoje, entusiasta do Agro, ela faz questão de compartilhar sua experiência com quem busca uma nova carreira. “Tenho orgulho de ser técnica em agropecuária formada pelo Centro de Excelência. Ter isso no currículo agrega muito no mercado de trabalho. Sempre que posso, recomendo a instituição para quem deseja ingressar no setor”, conclui. Centro de Excelência – Inaugurado em 2018, o Centro de Excelência em Bovinocultura de Corte (CEBC) do Senar/MS, localizado em Campo Grande, oferece cursos técnicos e programas de capacitação que combinam teoria e prática, preparando profissionais para atender às demandas do mercado e contribuir para o desenvolvimento sustentável do Agronegócio. Além das salas de aula, a instituição conta com laboratórios especializados e áreas experimentais que proporcionam aos alunos vivências práticas essenciais para sua formação. O CEBC também é responsável por toda a educação formal oferecida pelo Senar/MS em 15 polos distribuídos por todo estado. A educação formal do Senar/MS, que existe desde 2015, já formou mais de mil profissionais nas áreas de agronegócio, florestas, fruticultura e agropecuária. Com a inauguração do Centro de Excelência em Bovinocultura de Corte, as oportunidades na formação em agropecuária foram ampliadas, beneficiando somente nessa área específica, 265 formados. Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul – Michael Franco
Governo suspende aumento da mistura de Biodiesel no Diesel para conter inflação

O governo federal desistiu temporariamente de aumentar o percentual de biodiesel na composição do diesel, medida que estava prevista para entrar em vigor nos próximos meses. A decisão foi tomada como uma estratégia para evitar impactos diretos no preço dos combustíveis e, consequentemente, na inflação. O plano inicial era elevar a mistura de 14% para 15% em março, e depois para 16% em novembro, dentro da política de incentivo à produção de combustíveis renováveis. Entretanto, a equipe econômica avaliou que esse aumento poderia elevar o custo final do diesel, afetando setores como transporte e agronegócio. A medida gerou reações no setor de biocombustíveis. A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e outras entidades do setor criticaram a decisão, alegando que pode prejudicar produtores e desacelerar os avanços na substituição de combustíveis fósseis. O governo, por sua vez, destacou que a suspensão é temporária e que segue monitorando os impactos no mercado antes de definir um novo cronograma para a ampliação do uso de biodiesel.
Bracell anuncia megafábrica de celulose em Bataguassu com investimento bilionário

A Bracell, empresa do grupo indonésio Royal Golden Eagle (RGE), confirmou a construção de sua sexta megafábrica de celulose no Brasil, escolhendo o município de Bataguassu (MS) para abrigar o novo empreendimento. O investimento, estimado em US$ 4 bilhões (cerca de R$ 25 bilhões), promete transformar a região em um hub estratégico da indústria de celulose no país. Com foco na produção de celulose solúvel especial, a nova unidade terá capacidade de produzir 2,8 milhões de toneladas por ano. Além do impacto econômico, o projeto trará grandes oportunidades de emprego, com a geração de 10 mil vagas durante a fase de construção e 3 mil postos de trabalho permanentes após o início da operação. O complexo industrial será instalado a 15 quilômetros do perímetro urbano de Bataguassu, e os trâmites para o licenciamento ambiental já estão em andamento, com previsão de conclusão até fevereiro de 2025. Investimento fortalece economia e sustentabilidade do Estado O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, destacou a importância da iniciativa para o desenvolvimento do estado. Segundo ele, a nova fábrica reforça o compromisso do governo em atrair investimentos que impulsionem a economia local de maneira sustentável. “Estivemos no Fórum Empresarial Brasil-Indonésia, onde alinhamos detalhes estratégicos para viabilizar esse projeto. Esse investimento consolidará ainda mais Mato Grosso do Sul como um grande polo da celulose”, afirmou. O ex-prefeito de Bataguassu, Akira Otsubo, foi um dos principais articuladores do projeto, recebendo representantes da empresa em setembro de 2024 para tratar da instalação da nova planta. Ele ressaltou que a cidade se beneficiará diretamente da iniciativa, consolidando-se como um dos maiores geradores de empregos da história da região. “Bataguassu está em um ponto estratégico e faz parte da Rota Bioceânica, o que fortalece ainda mais sua atratividade para grandes investimentos”, explicou. Mato Grosso do Sul se consolida como referência no setor de celulose A Bracell reforçou, em nota, que Mato Grosso do Sul desempenha um papel estratégico em sua expansão de negócios no Brasil. A empresa também destacou que segue avaliando novas possibilidades de investimento no estado, além da já anunciada unidade de Água Clara (MS). Com a nova fábrica, Mato Grosso do Sul se fortalece ainda mais como referência no setor de celulose, ampliando sua participação no mercado global e contribuindo para o crescimento da economia regional. Foto: Divulgação/Bracell
Programa Despertando do Senar/MS alfabetiza e amplia oportunidades para o homem do campo

Desde 2022, o Programa Despertando, do Senar/MS, tem transformado a vida de produtores e trabalhadores rurais por meio da alfabetização. Com 35 turmas formadas e 389 participantes beneficiados, a iniciativa vem proporcionando mais autonomia e inclusão social para quem vive e trabalha no campo. Até julho de 2025, mais oito novas turmas serão certificadas, ampliando ainda mais o impacto do programa no estado. Segundo a coordenadora do programa, Arilaine Pessoa, a alfabetização representa mais do que apenas aprender a ler e escrever: “A formação proporciona autonomia e verdadeira liberdade, permitindo que os participantes possam exercer sua cidadania sem precisar de outra pessoa para ler ou escrever por eles”, destaca. Histórias de transformação no Campo O programa tem beneficiado pessoas de todas as idades, incluindo aqueles que acreditavam que já não poderiam mais estudar. A produtora rural Irene Vasconcelos, de 60 anos, moradora da área rural de Corumbá, concluiu o curso em dezembro de 2024 e celebra a oportunidade: “Eu achava que, por causa da idade, não poderia mais aprender. Antes, só sabia assinar meu nome. Hoje, aprendi matemática e muito mais, graças aos professores que me incentivaram. Sou muito grata ao Senar”, conta. Já o produtor Antônio Sodré, de 61 anos, também de Corumbá, superou dificuldades com a escrita: “Eu sabia ler, mas escrever era um grande desafio. Com o curso, aprendi muito e tive uma experiência incrível com uma professora atenciosa. Esse programa do Senar é maravilhoso e me ajudou bastante”, relata. Como funciona o Programa? O Despertando é estruturado em duas etapas, de acordo com o nível de escolaridade dos participantes: 📌 Primeira etapa – voltada para adultos sem escolaridade formal, mas que possuem alguma noção de leitura e cálculo básico.📌 Segunda etapa – destinada a quem tem Ensino Fundamental incompleto e deseja aprimorar seus conhecimentos. Para se inscrever, os interessados devem procurar o Sindicato Rural de seu município e apresentar RG e CPF. Educação no Campo: Um compromisso do Senar/MS O Senar/MS reforça seu compromisso com a educação e inclusão social no meio rural, levando conhecimento para trabalhadores que, muitas vezes, vivem em áreas de difícil acesso. O Programa Despertando segue ampliando oportunidades e promovendo transformação na vida de centenas de produtores e trabalhadores sul-mato-grossenses, mostrando que nunca é tarde para aprender.