Um estudo recente da University College London sugere que a dificuldade de navegação espacial pode ser um dos primeiros sinais de Alzheimer, aparecendo décadas antes dos sintomas mais conhecidos, como a perda de memória. Esse sintoma, detectado em pessoas a partir dos 40 anos, pode indicar um risco aumentado para a doença, especialmente em indivíduos com predisposição genética.
A pesquisa envolveu voluntários que utilizaram óculos de realidade virtual para realizar tarefas de geolocalização em um labirinto virtual. Os participantes que tinham o gene APOE4, associado ao Alzheimer, apresentaram dificuldades significativas em encontrar o caminho, mesmo quando os demais testes cognitivos não indicavam problemas. Isso sugere que o comprometimento na navegação espacial pode ocorrer muito antes dos sintomas clássicos, como a confusão mental e a perda de memória.
Mas o que isso significa na prática?
A dificuldade de navegação espacial pode se manifestar na vida cotidiana de diferentes maneiras. Por exemplo, pessoas que começam a se perder em lugares familiares ou que têm dificuldades em seguir direções simples podem estar mostrando sinais precoces de declínio cognitivo. Essa descoberta é particularmente importante porque oferece uma nova forma de detectar a doença em seus estágios iniciais, o que pode permitir intervenções mais eficazes.
Os pesquisadores ressaltam que identificar esses sinais antecipadamente pode abrir portas para tratamentos que retardem o progresso do Alzheimer. Assim, as pessoas devem estar atentas a essas dificuldades, especialmente se houver histórico familiar da doença, e buscar orientação médica ao notar qualquer mudança.
Com essa nova compreensão, a ciência pode avançar no desenvolvimento de exames e terapias que visem esses sintomas precoces, oferecendo uma melhor qualidade de vida para os pacientes.