Pesquisadores analisaram núcleos de gelo da Antártida, cobrindo dois mil anos, para entender a relação entre CO2 e temperatura global. Esses núcleos, contendo bolhas de ar antigas, revelam como o CO2 aumentou ao longo dos milênios. A pesquisa, publicada na “Nature Geoscience”, sugere que o aquecimento global pode ter alcançado 1,5°C até o final de 2023, considerando temperaturas antes de 1700.
O estudo destaca que desde 1850, há uma relação linear entre CO2 e aumento de temperatura. Dados de gelo são considerados mais precisos que medições antigas. Os pesquisadores estimam que o aquecimento humano atingiu cerca de 1,49°C em 2023, próximo ao limite de 1,5°C.
O observatório Copernicus prevê que 2024 poderá ser o primeiro ano a ultrapassar 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. No entanto, eles não consideram dados dos núcleos de gelo. Forster, autor do estudo, alerta para a urgência de políticas fortes para controlar e minimizar impactos climáticos.