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Negociações travadas: contrato entre Prefeitura e Santa Casa segue sem definição em Campo Grande

As tratativas para um novo contrato entre a Prefeitura de Campo Grande e a Santa Casa continuam sem avanço. Segundo a prefeita Adriane Lopes (PP), ainda não há previsão para a formalização de um novo acordo com o hospital filantrópico. Durante a abertura do evento Delas Day, na noite de

As tratativas para um novo contrato entre a Prefeitura de Campo Grande e a Santa Casa continuam sem avanço. Segundo a prefeita Adriane Lopes (PP), ainda não há previsão para a formalização de um novo acordo com o hospital filantrópico. Durante a abertura do evento Delas Day, na noite de terça-feira (26), a gestora municipal afirmou que o impasse persiste, mesmo com o diálogo mantido entre as equipes técnicas da administração pública e da instituição hospitalar.

Adriane reconheceu que houve progresso em outras áreas da saúde, mas destacou que o processo de contratualização com a Santa Casa permanece estagnado. “A entidade afirma que houve uma diminuição de repasses, mas isso não condiz com os dados da Prefeitura. Houve um contrato firmado com recursos de emenda parlamentar, mas, com o fim do repasse, o serviço foi encerrado”, explicou a prefeita ao Campo Grande News.

Diante da sobrecarga enfrentada pelo sistema de saúde da capital, a prefeita adiantou que uma nova reunião entre representantes da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) e da Santa Casa será realizada para discutir o que a instituição pode oferecer ao município neste momento.

O contrato com a Santa Casa costumava ser renovado anualmente entre julho e agosto. No entanto, desde 2021, o ajuste tem sido feito apenas por meio de aditivos contratuais, sem a inclusão de reajustes significativos. Nesta semana, a administração da Santa Casa alegou que o município optou por manter recursos em caixa ao invés de aplicá-los integralmente na saúde. A entidade obteve na Justiça uma liminar que obriga a Prefeitura a repassar R$ 46 milhões, com o argumento de que apenas 84,97% do orçamento destinado a hospitais e clínicas foi executado em 2024.

Segundo a direção do hospital, a retenção de verbas do Ministério da Saúde agravou ainda mais a crise financeira da instituição, resultando em atrasos no pagamento de médicos e fornecedores. A dívida acumulada, de acordo com a Santa Casa, já chega a R$ 59,2 milhões.

Em nota oficial, a Sesau reafirmou que os repasses estão sendo realizados regularmente e garantiu que mantém diálogo permanente com a Santa Casa e outras unidades para assegurar a continuidade dos atendimentos hospitalares. A pasta também informou que ativou um Plano de Contingência para redistribuir os fluxos de pacientes e ampliar a capacidade de atendimento, principalmente diante da alta demanda por doenças respiratórias.

Apesar da crise, a secretaria assegurou que os atendimentos de alta complexidade, como casos de politrauma e neurocirurgia, continuarão sendo realizados na Santa Casa. Já os atendimentos de menor complexidade deverão ser redirecionados para outras unidades da rede municipal, conforme a capacidade de cada hospital.

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