O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu Silvio Almeida do cargo de ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania após denúncias de assédio sexual e moral. A decisão foi anunciada na sexta-feira, 6, após a divulgação das acusações pelo movimento Me Too Brasil. Uma das vítimas das supostas agressões seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. O governo afirmou que a permanência de Silvio Almeida no cargo se tornou “insustentável” devido à gravidade das acusações.
Em resposta, Silvio Almeida negou as acusações, classificando-as como “absurdas” e uma tentativa de destruir sua reputação. Ele também afirmou que irá solicitar esclarecimentos sobre as investigações conduzidas pelo Me Too Brasil, exigindo que a organização explique os procedimentos adotados em 48 horas. Além disso, a Comissão de Ética Pública da Presidência e a Polícia Federal abriram investigações para apurar os fatos.
Até que um novo ministro seja escolhido, Esther Dweck assumirá interinamente o comando do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. O governo Lula reafirmou seu compromisso com os direitos humanos e garantiu que não tolerará nenhuma forma de violência contra as mulheres.