Brigadistas de Mato Grosso do Sul registraram um incêndio de grandes proporções às margens do Rio Xingu, na divisa entre Mato Grosso e Pará. Os focos de queimadas, que se multiplicam na região, representam uma séria ameaça às terras indígenas e ao meio ambiente local.
Lideranças indígenas, como o cacique Kayapó Megaron Txucarramãe, expressam preocupação com a devastação. Segundo ele, o impacto do fogo é devastador, podendo levar até 30 anos para a vegetação se recuperar completamente. Brigadistas atuam na linha de frente para proteger recursos essenciais das aldeias, como coqueiros usados na construção de casas e árvores de cumaru, cuja madeira é uma fonte de renda importante.
Enquanto isso, na Terra Indígena Kayapó, no Pará, a situação é igualmente crítica. De acordo com o Ibama, o fogo na região tem origem criminosa, sendo utilizado por invasores para desmatamento. A operação para combater o garimpo ilegal resultou na destruição de máquinas e vilas estruturadas. Organizações como o Greenpeace alertam para a importância de proteger esses territórios que são vitais para a conservação dos ecossistemas.
Além dos danos ambientais, as queimadas e atividades ilegais intensificam a insegurança nas terras indígenas, dificultando o trabalho de combate às chamas e expondo as comunidades a riscos crescentes. As operações de fiscalização são essenciais, mas enfrentam desafios constantes diante do avanço de invasores e da necessidade de garantir a proteção efetiva dessas áreas.
Foto: Reprodução/TV Globo