Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Exército restringe atos perto de quartéis

Comando Militar reforça medidas de segurança em meio a julgamento de Bolsonaro e generais acusados de tentativa de golpe de Estado O Exército brasileiro determinou tolerância zero com aglomerações nas imediações de quartéis a partir desta semana, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) inicia o julgamento de parte central do

Comando Militar reforça medidas de segurança em meio a julgamento de Bolsonaro e generais acusados de tentativa de golpe de Estado

O Exército brasileiro determinou tolerância zero com aglomerações nas imediações de quartéis a partir desta semana, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) inicia o julgamento de parte central do chamado plano golpista que envolveu integrantes das Forças Armadas e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A medida inclui repressão a manifestações no entorno de unidades militares, especialmente durante o feriado de 7 de Setembro, e foi reforçada por meio de orientações enviadas aos comandos de área. O Comando Militar do Planalto (CMP) e a Secretaria de Segurança Pública do DF mantêm reuniões estratégicas para acompanhar possíveis atos e reforçar a segurança nas datas críticas.

Em Brasília, os protestos devem se concentrar na área da Torre de TV, afastada tanto das sedes dos Três Poderes quanto dos quartéis.

Sensibilidade militar

O julgamento é delicado para o Exército e para as Forças Armadas como um todo. Estão no banco dos réus Bolsonaro (capitão reformado do Exército), o tenente-coronel Mauro Cid (seu ex-ajudante de ordens e delator do caso), além de três generais de quatro estrelas — Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto — e o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha.

Apesar do impacto institucional, a cúpula militar tem reiterado o posicionamento de que é necessário “separar o CPF do CNPJ”: ou seja, responsabilizar os indivíduos envolvidos sem comprometer a imagem das instituições.

Reflexo de 8 de Janeiro

As ações de segurança também são uma resposta ao histórico recente: após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acampamentos bolsonaristas foram mantidos em frente a quartéis pedindo intervenção militar — inclusive em Brasília, de onde grupos saíram em 8 de janeiro de 2023 para atacar o STF, o Congresso e o Palácio do Planalto.

Integrantes da alta cúpula do Exército reconhecem que foi um erro permitir a permanência desses grupos por tanto tempo, mas alegam que o cenário político da época — ainda sob comando de Bolsonaro — limitava as possibilidades de intervenção.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *