O dólar atingiu a marca histórica de R$ 6,00 nesta quinta-feira (28), a maior cotação desde sua introdução em 1994. A moeda norte-americana disparou após a divulgação do pacote fiscal detalhado pelo governo federal, que prevê uma economia de R$ 71,9 bilhões entre 2025 e 2026, e uma inesperada reforma no Imposto de Renda (IR).
O mercado reagiu negativamente à elevação da faixa de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil mensais, com compensação pela taxação de rendimentos superiores a R$ 50 mil. A medida aumentou preocupações sobre o equilíbrio das contas públicas. O dólar, que havia fechado em R$ 5,91 na quarta-feira, já vinha refletindo esse pessimismo.
Na máxima do dia, a moeda alcançou R$ 6,003, marcando alta de 1,52%. O Banco Central interveio com um leilão de até 15 mil contratos de swap cambial tradicional para amenizar os impactos da volatilidade cambial.
A repercussão das novas medidas fiscais aponta para uma pressão adicional no cenário econômico, que enfrenta desafios em manter a estabilidade diante de ajustes tributários e a necessidade de controle de gastos públicos.