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Nova diretriz sobre obesidade e sobrepeso foca em risco cardiovascular

Uma nova diretriz brasileira determina que todos os pacientes adultos com sobrepeso ou obesidade devem ter sua condição cardiovascular avaliada e categorizada. O documento foi elaborado pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e Academia Brasileira do Sono (ABS). A Diretriz Brasileira Baseada em Evidências de 2025 para o Manejo da Obesidade e Prevenção de Doenças Cardiovasculares e Complicações Associadas à Obesidade prevê também que pacientes adultos com idade entre 30 e 79 anos com sobrepeso ou obesidade, sem doença cardiovascular prévia, devem ter sua condição cardiovascular avaliada por meio do escore Prevent – ferramenta que calcula a probabilidade de infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca ao longo dos dez anos seguintes. De acordo com o documento, profissionais de saúde devem categorizar o risco cardiovascular de pacientes com sobrepeso ou obesidade como risco baixo, moderado e alto, conforme descrito a seguir: – risco baixo: pessoas com sobrepeso ou obesidade, com Índice de Massa Corporal (IMC) menor que 40 e idade menor que 30 anos, que não apresentam nenhum fator de risco cardiovascular; pessoas com sobrepeso ou obesidade com idade maior ou igual a 30 anos, com risco cardiovascular calculado pelo escore Prevent como menor que 5% em 10 anos. – risco moderado: pessoas com sobrepeso ou obesidade, com IMC menor que 40, que nunca tiveram eventos cardiovasculares, com um ou mais fatores de risco; pessoas com sobrepeso ou obesidade, com IMC menor que 40, em prevenção primária, com risco cardiovascular calculado pelo escore Prevent como entre 5% e menor que 20% em dez anos. – risco alto: pessoas com doença coronariana crônica confirmada, infarto agudo do miocárdio, AVC isquêmico ou acidente isquêmico transitório, doença arterial obstrutiva periférica, revascularização em qualquer território arterial; pessoas em prevenção primária, com risco cardiovascular calculado pelo escore Prevent maior ou igual a 20% em dez anos; pessoas com diabetes tipo 2 há mais de dez anos; pessoas com doença renal crônica 3b; pessoas com escore de cálcio coronário maior que 100 sem diabetes ou maior que 10 com diabetes. Outra categoria definida pela diretriz trata de risco alto especificamente para insuficiência cardíaca, válido para pessoas com IMC maior que 40, mesmo assintomáticas; pessoas com obesidade, diabetes e hipertensão associados; pessoas com apneia obstrutiva do sono grave; pessoas com fibrilação atrial; pessoas com doença renal crônica grau 3b; pessoas com risco de insuficiência cardíaca calculado pelo escore Prevent igual ou maior que 20% para os dez anos seguintes; pessoas com doença aterosclerótica cardiovascular estabelecida; pessoas com sintomas sugestivos de insuficiência cardíaca. Canetas emagrecedoras A nova diretriz destaca ainda o papel de substâncias como a liraglutida e a semaglutida, princípios ativos de medicamentos agonistas GLP-1, popularmente conhecidos como canetas emagrecedoras, no combate ao sobrepeso e à obesidade. O documento recomenda, por exemplo, o uso da liraglutida para pacientes adultos com sobrepeso ou obesidade e risco cardiovascular moderado ou alto com o objetivo de perda de peso e de redução de risco cardiovascular. Outra recomendação inclui o tratamento com a semaglutida em pessoas com IMS maior ou igual a 27, sem diabetes e com doença cardiovascular estabelecida (prevenção secundária) com o objetivo de redução de risco de mortes relacionadas a doença cardiovascular, infarto agudo do miocárdio e AVC. O documento também recomenda a perda de peso para pessoas com obesidade e apneia obstrutiva do sono moderada a grave, com o objetivo de melhora ou remissão da apneia; para pessoas com obesidade e insuficiência cardíaca estabelecida com o objetivo de melhorar a qualidade de vida, a função cardíaca e a capacidade para o exercício físico.

Câncer ocular infantil raro: como identificar sinais precoces e proteger a visão das crianças

Um dos tumores mais raros da infância, o retinoblastoma, exige atenção redobrada de pais e responsáveis. Apesar de pouco conhecido, ele pode comprometer a visão e até colocar a vida da criança em risco se não for diagnosticado a tempo. A oftalmologista Lídia Guedes, especialista em oncologia ocular do HOPE – Hospital de Olhos de Pernambuco, explica que os primeiros indícios podem passar despercebidos. “O reflexo branco na pupila, chamado leucocoria, costuma ser o sinal mais comum e pode ser notado em fotografias com flash. Também devemos ficar atentos a estrabismo e inflamações oculares frequentes”, orienta. A doença afeta principalmente crianças de zero a cinco anos. Por isso, o acompanhamento nos primeiros anos de vida é decisivo. O teste do olhinho, realizado ainda na maternidade, é uma triagem fundamental, mas não suficiente para descartar a doença. Conforme a médica, exames de imagem como mapeamento de retina, ultrassonografia ocular e ressonância magnética são ferramentas essenciais para confirmar o diagnóstico e verificar a extensão do tumor. Por ter origem genética, não há formas de prevenção primária. O que faz diferença, segundo Lídia, é o diagnóstico precoce. “Quando detectado nos estágios iniciais, o índice de cura é elevado e as chances de preservar o globo ocular e a visão aumentam consideravelmente.” O tratamento varia conforme a gravidade. Em fases iniciais, pode incluir quimioterapia associada a laser, crioterapia ou medicações intravítreas. Nos casos mais avançados, pode ser necessária a enucleação, procedimento cirúrgico de remoção do olho, medida extrema mas que garante a cura em muitos pacientes. A especialista reforça um alerta aos pais: “As crianças raramente relatam sintomas. Por isso, consultas oftalmológicas semestrais nos primeiros anos de vida são indispensáveis. Detectar cedo salva não apenas a visão, mas também vidas.”

Doação de órgãos: em MS, resistência das famílias ainda supera 60% apesar de avanços

Falar sobre a morte nunca é simples, mas pode ser decisivo para salvar vidas. Em Mato Grosso do Sul, a negativa das famílias para a doação de órgãos e tecidos continua sendo um dos principais obstáculos: mais de 60% dos entrevistados não autorizam o procedimento, mesmo quando existe viabilidade clínica. Segundo a Central Estadual de Transplantes da SES (Secretaria de Estado de Saúde), esse cenário convive com conquistas importantes. Entre janeiro e setembro de 2025, foram feitos 218 transplantes de córnea, 39 de fígado, 16 de rim e quatro de ossos, proporcionando uma nova oportunidade de vida a dezenas de pacientes. A coordenadora da CET, Claire Carmen Miozzo, lembra que a decisão depende da família, o que torna fundamental a conversa em vida. “A entrevista familiar é uma etapa decisiva e exige acolhimento e sensibilidade. Quando o desejo de ser doador é manifestado em vida, o processo de autorização se torna mais claro e respeita a vontade do paciente”, destacou. Mobilização pelo Setembro Verde Para ampliar o debate, o Setembro Verde traz ações de sensibilização. No domingo (21), acontece a 2ª Caminhada “Passos pela Vida”, no Parque dos Poderes, em Campo Grande. Já na segunda-feira (22), a Assembleia Legislativa promove sessão solene para a entrega do Diploma “Amigo do Transplante”, que homenageia pessoas e instituições que fortalecem a cultura da doação no estado. A legislação determina que apenas familiares até segundo grau, cônjuges ou companheiros podem autorizar a doação, com a presença de testemunhas. Por isso, além do preparo técnico das equipes, a orientação do cidadão em vida é essencial para que esse desejo não se perca em meio ao luto. MS em destaque nacional Apesar das dificuldades, Mato Grosso do Sul já se coloca entre os estados que mais avançam na área. Em menos de um ano após iniciar transplantes de fígado, o estado conquistou o 4º lugar no ranking nacional por milhão de habitantes, com taxa de 17,9 transplantes, segundo o Registro Brasileiro de Transplantes. Fica atrás apenas do Distrito Federal, Paraná e Ceará. Para o secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões Corrêa, esse é um reflexo do esforço das equipes locais. “A habilitação de profissionais e hospitais fez com que, em pouco tempo, alcançássemos um resultado expressivo e que coloca Mato Grosso do Sul em evidência no cenário nacional”, afirmou.

Pressão de 12×8 passa a ser considerada pré-hipertensão em nova diretriz

A reclassificação acompanha a Sociedade Europeia de Cardiologia, que já define como pressão elevada valores entre 12×7 e 13×8. Pela referência, a hipertensão só é confirmada a partir de 14×9, mas quem apresenta pressão em torno de 12×8 já está em zona de risco. Com a mudança, a pressão considerada ideal passa a ser abaixo de 12×7. Isso porque pesquisas apontam que valores acima desse limite aumentam as chances de doenças cardiovasculares graves, como infarto e AVC. Para quem se enquadra na faixa de pré-hipertensão, os especialistas recomendam mudanças no estilo de vida: Segundo os cardiologistas, essas medidas podem prevenir a progressão da pressão arterial para níveis de hipertensão e proteger o coração a longo prazo.

Saúde orienta teste para detectar sinais de autismo em todas as crianças

O Ministério da Saúde lançou uma nova linha de cuidado para o Transtorno do Espectro Autista (TEA), com foco na triagem precoce. A principal orientação é que profissionais da atenção primária apliquem o teste M-Chat em todas as crianças de 16 a 30 meses, durante a rotina de acompanhamento do desenvolvimento infantil. Segundo a pasta, a estratégia busca estimular intervenções antes mesmo da confirmação do diagnóstico. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que o objetivo é “garantir o diagnóstico e os estímulos o mais cedo possível, apoiando também as famílias”. Além da triagem, o documento traz recomendações sobre encaminhamentos dentro da rede do SUS, até os Centros Especializados em Reabilitação (CERs), considerados essenciais no acompanhamento multiprofissional de pessoas com TEA e outras deficiências. A nova linha de cuidado também prevê planos terapêuticos individualizados, capacitação de profissionais e ações de orientação parental para fortalecer o vínculo entre saúde, família e escola. O Brasil estima que 1% da população viva com TEA, segundo o IBGE. Para ampliar o atendimento, o governo anunciou:

Governo institui dias de prevenção ao suicídio e à automutilação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta semana, a Lei 15.199/2025 que define a realização da campanha Setembro Amarelo, anualmente, no mês de setembro, em todo o país, para a promoção da saúde mental e da conscientização sobre a prevenção da automutilação e do suicídio. Na prática, a mobilização nacional, idealizada no fim de 2014 por diversas entidades, passa a ter o status de política pública nacional com a nova legislação. No Brasil, em 2023, mais de 16,8 mil óbitos por suicídio foram notificados no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde (MS). Publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (9), o texto define que a campanha Setembro Amarelo deve ser voltada a informar sobre riscos, oferecer orientação sobre recursos disponíveis de apoio e tratamento e fortalecer o acolhimento às pessoas que enfrentam desafios relacionados à automutilação e a pensamentos ou à intenção de tirar a própria vida, chamada tecnicamente de “ideação suicida”. Pela publicação, também ficam instituídos o dia 10 de setembro como o Dia Nacional de Prevenção do Suicídio e o dia 17 de setembro como o Dia Nacional de Prevenção da Automutilação. A critério dos gestores estaduais, poderão ser veiculadas campanhas na mídia, prédios públicos poderão ser iluminados com luzes de cor amarela, entre outras ações. Setembro amarelo A campanha do Setembro Amarelo teve sua primeira edição em 2015, organizada pela sociedade civil e entidades representativas de classe. Atualmente, estão à frente do Setembro Amarelo o Centro de Valorização da Vida (CVV), a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM). Em 2025, a campanha do Setembro Amarelo tem o tema “Conversar pode mudar vidas”. O foco é reforçar que o diálogo é uma ferramenta poderosa para acolher quem sofre em silêncio e, por isso, o objetivo é promover a conversa sobre a prevenção do suicídio. Prevenção Como medida de prevenção ao suicídio do Setembro Amarelo, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) lançou, nesta quarta-feira (10), a Cartilha Amarela – Prevenção e combate ao assédio, a outras formas de violências e ao suicídio relacionado ao trabalho. O documento trata o suicídio como um grave problema de saúde pública e alerta para os impactos de práticas abusivas e ambientes de trabalho hostis à saúde física e mental de trabalhadores. A cartilha relaciona os principais alvos do assédio moral: mulheres, pessoas com deficiência (PCD), com idade avançada, população LGBTQIAPN+, pessoas de outra região do país, de outras nacionalidade ou culturas, além de doentes ou acidentados. O material ainda ajuda identificar formas de assédio e violência relacionados ao trabalho que podem gerar sofrimento e adoecimento da pessoa assediada. Acesse aqui a Cartilha Amarela. Apoio e tratamento Entre os recursos públicos disponíveis para apoio e tratamento à saúde mental estão os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), em todas unidades da federal. A rede oferece serviços com profissionais especializados para atender as necessidades da comunidade. Nos Caps, as equipes multiprofissionais contam com médicos, enfermeiros, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e técnicos de enfermagem. Outra modalidade assistência gratuita é o Centro de Valorização da Vida (CVV) que oferece canais de atendimento disponíveis 24 horas por dia, todos os dias da semana, inclusive aos fins de semana e feriados para prestar apoio emocional e prevenção do suicídio a todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob anonimato. O CVV atende no telefone Ligue 188, no chat e por e-mail. Em qualquer caso de urgência ou emergência, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) pode ser acionado imediatamente pelo telefone 192 e a Polícia Militar do estado, no telefone 190. Mitos x realidade A questão do suicídio ainda é vista como tabu por diversos setores da sociedade brasileira. Por isso, a cartilha lançada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) ainda lista os mitos mais comuns sobre o tema e como devem ser abordados para reduzir estigmas. O material esclarece, entre outros, que: ·  falar sobre o suicídio não aumenta o risco de uma pessoa se matar. Ao contrário, protege, porque pode aliviar a angústia e tensão e pode quebrar tabus; ·  a maioria dos suicidas fala ou dá sinais de seu desejo de se matar. Por isso, o indivíduo que fala sobre a intenção de tirar a própria vida ou sobre um plano suicida deve ser levado a sério; ·  pessoas nesta situação, muitas vezes, já relataram ou deram pistas destes pensamentos a uma ou mais pessoa e experimentam sentimentos ambivalentes sobre o suicídio, ou seja, ficam em dúvida se devem fazê-lo, considerando motivos para morrer e para viver; ·  a imprensa não é proibida de abordar o suicídio. É o oposto: a mídia deve informar a população sobre o assunto de saúde pública e divulgar onde e como os interessados devem buscar ajuda. Saúde pública Em média, mais de 720 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos, em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2021, o suicídio foi a terceira principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. No Brasil, o número de suicídios da população em geral e de pessoas indígenas somados aumentou 66,47% em uma década (2013-2023). O Atlas da Violência 2025, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), revela que, em 2023, foram mais de 16,8 mil casos: em média, 46 pessoas cometem suicídio por dia no país. Um dos compromissos assumidos pelo Brasil, em acordo com a meta 3.4 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), é a redução desse número em um terço até 2030. Esta meta aborda a redução da mortalidade prematura por doenças não transmissíveis via prevenção e tratamento, e promoção da saúde mental e do bem-estar.

MS terá fim de semana com baixa umidade e sol forte

O calor promete dominar o fim de semana em Mato Grosso do Sul. De acordo com a Climatempo, o estado enfrentará temperaturas elevadas e tempo seco, com destaque para Campo Grande, onde os termômetros podem chegar aos 38 °C e a umidade relativa do ar cair para 18%. Embora tenha chovido de forma isolada no extremo sul do estado na quinta (11), a previsão para os próximos dias é de tempo firme, com possibilidade de chuva fraca apenas no extremo sul na manhã de sexta (12). A volta das chuvas é esperada somente na terça-feira (16), e restrita às regiões centro-noroeste e extremo oeste. 📍 Previsão do tempo para Campo Grande: Sexta-feira (12):☀ Sol o dia todo, céu limpo. Aumento de nuvens à noite, sem chuva.🌡 22 °C a 36 °C | 💧 Umidade: 21% Sábado (13):☀ Sol com aumento de nuvens à tarde. Tempo seco.🌡 25 °C a 37 °C | 💧 Umidade: 21% Domingo (14):☀ Sol e calor intenso. Céu com poucas nuvens.🌡 24 °C a 38 °C | 💧 Umidade: 18% As autoridades alertam para os cuidados com a saúde durante esse período de baixa umidade, como hidratação constante e evitar exposição prolongada ao sol.

Hospital Regional abre inscrições para Residências Multiprofissional e Uniprofissional em Saúde

A Funsau (Fundação Serviços de Saúde de Mato Grosso do Sul), por meio da Coremu (Comissão de Residência Multiprofissional), está com inscrições abertas para o Processo Seletivo 2026-2028 dos Programas de Residência Multiprofissional e Uniprofissional em Saúde do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul). As vagas são destinadas a profissionais das áreas de Biomedicina, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia e Serviço Social. O programa, com duração de dois anos e carga horária de 60 horas semanais, garante bolsa mensal de R$ 4.106,09. O processo seletivo será realizado em duas etapas: prova objetiva (22/11/2025) e análise curricular. As inscrições devem ser feitas exclusivamente pelo site www.fundatec.org.br até 17 de outubro de 2025, mediante pagamento da taxa de R$ 379. O resultado final está previsto para 21 de janeiro de 2026, e as atividades terão início em 2 de março de 2026 no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul. Áreas contempladas Documentação e requisitos Podem participar profissionais graduados em instituições reconhecidas pelo MEC, com registro no respectivo conselho de classe. Candidatos formados no exterior devem apresentar diploma revalidado no Brasil. A matrícula exige documentação completa, incluindo diploma ou declaração de conclusão, carteira profissional, RG, CPF, comprovante de residência, título de eleitor, certificado de reservista (para homens), carteira de vacinação atualizada, entre outros.Informações adicionais O edital completo está disponível nos sites www.fundatec.org.br e www.hospitalregional.ms.gov.br. Dúvidas podem ser esclarecidas junto à COREMU/HRMS pelo telefone (67) 3378-2909, de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h e das 13h às 16h. Patrícia Belarmino, Comunicação HRMS

Assistência ao parto avança no Brasil, mas pré-natal ainda preocupa

Dados da maior pesquisa sobre parto e nascimento no Brasil mostram avanços expressivos na prática hospitalar. A realização de episiotomia, o corte do canal vaginal com bisturi, para supostamente aumentar a via de passagem do bebê, caiu de 47% para 7% nos partos vaginais ocorridos no Sistema Único de Saúde (SUS), em cerca de dez anos. Queda semelhante (de 36% para 9%) foi observada na realização da manobra de Kristeller, quando o profissional de saúde sobe sobre a gestante ou empurra a sua barriga com força, para acelerar o nascimento. No sistema privado, a redução foi ainda mais expressiva: apenas 2% das mulheres que tiveram parto vaginal relataram ter passado pela manobra, que é considerada uma forma de violência obstétrica e traz risco para a parturiente e o bebê. Os dados fazem parte da Pesquisa Nascer no Brasil 2, realizada pela Fiocruz, que coletou dados de mais de 22 mil mulheres entre 2021 e 2023. Nessa quinta-feira (4), os pesquisadores divulgaram as informações referentes ao estado do Rio de Janeiro e adiantaram algumas informações nacionais, para comparação. Eles mostram que aumentou a quantidade de mulheres que puderam se alimentar e se movimentar durante o parto e que quase todas que pariram no Rio de Janeiro, tanto no Sistema Único de Saúde (SUS), quanto em unidades particulares, optaram por posições verticalizadas, que favorecem a saída do bebê.   “É uma adesão enorme às boas práticas e uma eliminação de intervenções desnecessárias. No Rio, não tem mais aquela forma de parir, em litotomia, em que a mulher fica com as pernas pra cima, , sem poder fazer força. Acabou. Isso é lindo! É uma mudança de cultura que estamos vendo. Não está perfeito, mas é uma mudança enorme na atenção ao parto, fruto de políticas públicas”, afirmou a coordenadora-geral da pesquisa, Maria do Carmo Leal. Por outro lado, a proporção daquelas que tiveram acesso à analgesia, para reduzir as dores das contrações, caiu de 7% para 2% no SUS em todo o Brasil, e apenas 1% no Rio de Janeiro. Nos serviços privados, a queda nacional foi de 42% para 33%, chegando a 30% no estado. “Entre as mulheres que entraram em trabalho de parto no Rio de Janeiro, caminhou melhor para o parto vaginal quem fez uso de analgesia, mostrando que talvez tenhamos aqui um aliado. Foi quase seis vezes maior a chance de terminar em um parto vaginal”, acrescentou Maria do Carmo. A pesquisa também mostra que os índices de parto normal e cesarianas permanecem um grande desafio no país. A quantidade de mulheres que passaram pela cirurgia no SUS aumentou de 43% para 48%, comparando com a primeira edição do levantamento, divulgado em 2014. A coordenadora-geral da pesquisa ressalva que, ao menos, a maior parte desse aumento se refere a cesarianas intraparto, ou seja, realizadas após a mulher entrar em trabalho de parto, que totalizaram 13% no Brasil. Os partos vaginais no SUS somaram 52% no Brasil e 50% no estado. Já a proporção de cesáreas no sistema privado foi de 81% no país e 86% no Rio de Janeiro, e apenas 9% e 7%, respectivamente, foram feitas após o início do trabalho de parto. Ainda assim, houve ligeiro aumento na quantidade de partos vaginais no Brasil, de 12% para 19%. A recomendação da Organização Mundial da Saúde é que as cirurgias sejam feitas apenas em casos de necessidade e o índice do país não passe de 15%. O cenário sobre o pré-natal mostrado pela pesquisa, no entanto, não é tão positivo. Apesar de 98,5% das mulheres do Rio de Janeiro terem recebido o acompanhamento, apenas um terço apresentava registro completo de aferição de pressão arterial e exames de glicemia. Esses exames são essenciais para detectar e controlar as duas complicações mais comuns e perigosas da gestação: a hipertensão e o diabetes. Menos de 34% tiveram prescrição registrada de ácido fólico, substância essencial para o desenvolvimento neurológico do feto, e apenas 31,6% foram vacinadas contra o tétano e a hepatite B, dois dos principais imunizantes que devem ser tomados na gestação. Maria do Carmo Leal destaca outras lacunas importantes no cuidado das gestantes de alto risco, ou seja, que já tinham alguma condição diagnosticada no momento do parto.  “Setenta e cinco por cento delas nunca fizeram uma consulta com especialista, só na atenção básica. Tem alguma coisa errada aqui. Trinta e seis por cento dessas mulheres disseram que a pressão arterial delas não foi medida em todas as consultas e também não tinham exame de glicemia, como o recomendado. São mulheres que peregrinaram mais (até serem admitidas para o parto), porque não tinha vaga, mas principalmente porque eram de alto risco e deveriam procurar uma unidade adequada. Peregrinar na hora do parto é tudo que elas não tinham que fazer”.

MS intensifica vacinação contra sarampo após surto em regiões de fronteira

Diante do aumento de casos de sarampo em países vizinhos, a Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES) lançou a campanha “MS Vacina Mais: Sarampo”, com ações intensificadas de vacinação em todos os 79 municípios do estado. A campanha segue até 31 de agosto, com o “Dia D” de mobilização marcado para 30 de agosto. A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira (28) e visa prevenir a reintrodução do vírus em território sul-mato-grossense, especialmente diante da situação de alerta nos países da fronteira. De acordo com a resolução, será oferecida a dose zero da vacina contra sarampo para crianças de 6 a 11 meses e realizada a vacinação seletiva de pessoas entre 12 meses e 59 anos, conforme histórico vacinal. A intensificação leva em conta a declaração de emergência de saúde pública na Bolívia, que já confirmou 269 casos da doença até 8 de agosto, além de notificações no Paraguai. A nota técnica do Programa Nacional de Imunizações ainda destaca os riscos representados pelo aumento de surtos na Argentina e nos Estados Unidos, países com alto fluxo de viajantes para o Brasil. Em Mato Grosso do Sul, até a semana epidemiológica 32, foram notificados 29 casos suspeitos, dos quais 25 foram descartados e 4 seguem em investigação. A SES determinou que os municípios elaborem cronogramas de vacinação e entreguem os relatórios consolidados até 12 de setembro, reforçando o compromisso com a prevenção e o bloqueio do sarampo, doença considerada eliminada no Brasil até sua reintrodução em 2018.