Vigilância Sanitária fecha abrigo com idosos em condições precárias

Policiais da Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade (Deapti), em ação conjunta com a Vigilância Sanitária do Rio, resgataram, nessa quarta-feira (26), sete idosos em um abrigo que funcionava irregularmente em Paciência, na zona oeste da cidade. As vítimas foram encontradas sozinhas, vivendo em condições precárias e insalubres. O local foi interditado pela Vigilância Sanitária Municipal. O local não tinha autorização para funcionar como Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI). No momento da ação, não foi encontrada uma equipe de atendimento para realizar as atividades básicas. A residência estava em condições precárias e os alimentos estavam acondicionados de forma insalubre. Os responsáveis pelo instituto não estavam presentes, mas já foram identificados e devem responder por exercício irregular de atividade e exposição a risco da saúde de pessoas idosas. As vítimas passarão por avaliação médica, devendo ser encaminhados a outras instituições ou entregues aos familiares. O Instituto Municipal de Vigilância Sanitária participou da ação e constatou tratar-se de estabelecimento clandestino, com ausência de documentação adequada, incluindo a licença de funcionamento e condições sanitárias e estruturais insatisfatórias.
SES emite alerta sobre riscos das canetas emagrecedoras irregulares em Mato Grosso do Sul

A Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES) divulgou um alerta à população sobre os riscos associados ao uso de canetas emagrecedoras irregulares, que têm circulado de forma clandestina no Estado, especialmente devido ao fluxo na fronteira com o Paraguai. Segundo a pasta, o tratamento para perda de peso deve seguir protocolos clínicos reconhecidos, uma vez que medicamentos sem registro ou controle sanitário representam perigo real à saúde. Versões manipuladas, importadas sem receita ou comercializadas em clínicas, lojas on-line e redes sociais não passam por testes de qualidade e podem conter impurezas, toxinas e até bactérias. A Coordenação de Vigilância Sanitária Estadual (Cvisa) reforça que o uso desses produtos pode provocar reações adversas severas, intoxicações e até levar à morte.“Essas canetas importadas irregularmente não têm qualquer garantia de eficácia ou segurança. É fundamental que as pessoas busquem orientação médica e evitem produtos sem origem confiável”, destacou o farmacêutico da Vigilância Sanitária, Alexandre Tutes. A SES orienta ainda que denúncias sobre comercialização clandestina podem ser feitas pelo Disque Denúncia 181.
Receita Federal reforça ações na fronteira de MS após Anvisa vetar entrada de remédios para emagrecer

A Receita Federal intensificará a fiscalização nas fronteiras de Mato Grosso do Sul após a decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que proibiu a importação, venda e uso de diversos medicamentos destinados ao emagrecimento. A medida vale mesmo com receita médica, já que as resoluções da agência impedem qualquer forma de entrada desses produtos no país. Entre os remédios proibidos estão: Com grande movimento na fronteira, Mato Grosso do Sul está entre os estados que receberão atenção redobrada. O órgão afirma que o trabalho será baseado em análise de risco, inspeção de bagagens, conferência de veículos e apoio de forças de segurança. A Receita também estuda reforçar o efetivo e ampliar operações em áreas consideradas mais suscetíveis à entrada irregular dessas substâncias. Caso necessário, servidores poderão ser deslocados temporariamente para pontos críticos. A fronteira já é monitorada por operações permanentes, como a Fronteira Blindada, voltada ao combate ao contrabando, descaminho e entrada de medicamentos proibidos. Produtos vetados pela Anvisa encontrados em bagagens ou cargas serão apreendidos e destruídos, e os responsáveis poderão responder por contrabando ou crime contra a saúde pública. Segundo o órgão, as ações reforçadas visam proteger a população e assegurar o cumprimento das normas sanitárias e aduaneiras.
Vacina contra dengue mantém proteção contra hospitalizações mesmo após sete anos, revela estudo

Um estudo internacional divulgado nesta segunda-feira (3) pela farmacêutica Takeda, responsável pela vacina Qdenga, apontou que o imunizante mantém alta eficácia contra internações por dengue mesmo sete anos após a vacinação. A pesquisa, conduzida com mais de 20 mil crianças e adolescentes em oito países endêmicos, confirmou que o esquema de duas doses oferece proteção prolongada e abrangente contra os quatro sorotipos do vírus. De acordo com os resultados, após 4,5 anos, a vacina apresentou eficácia de 61,2% na prevenção da dengue sintomática. Já uma dose de reforço aplicada nesse período elevou a eficácia para 74,3% dois anos depois. Mais importante, a Qdenga demonstrou 84,1% de eficácia na prevenção de hospitalizações relacionadas à doença, índice que subiu para 90,6% após o reforço. O pesquisador Edson Moreira, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), destacou a relevância dos dados diante do avanço da dengue no país. “O Brasil está entre os países mais afetados pela doença, com aumento de casos graves e mortes. Isso reforça a importância de métodos de prevenção como a Qdenga”, afirmou. Segundo ele, a inclusão da vacina no programa público de imunização tem contribuído para reduzir significativamente os casos sintomáticos e as internações. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) indica a Qdenga para pessoas de 4 a 60 anos, com duas doses aplicadas em um intervalo de três meses. Diferente de vacinas anteriores, ela pode ser administrada mesmo em quem nunca teve contato prévio com o vírus. O estudo TIDES, responsável pela análise, foi conduzido em países da América Latina — incluindo o Brasil — e da Ásia. Ele avaliou não apenas a eficácia e a segurança da vacina, mas também o desempenho a longo prazo, confirmando a durabilidade da resposta imunológica e a proteção contínua contra hospitalizações e formas graves da doença. Os pesquisadores ressaltam que, além da imunização, o controle do mosquito Aedes aegypti continua sendo fundamental para conter a propagação do vírus. A combinação de vacinação, ações preventivas e conscientização da população é considerada o caminho mais eficaz para reduzir o impacto da dengue em regiões tropicais.
Uso prolongado de melatonina pode aumentar riscos cardíacos, indica novo estudo

Um novo estudo apresentado na Scientific Sessions 2025 da American Heart Association acendeu o alerta sobre os possíveis efeitos do uso prolongado de suplementos de melatonina na saúde do coração. A pesquisa analisou registros médicos de milhares de pessoas com insônia crônica e encontrou um aumento de 90% no risco de insuficiência cardíaca entre aqueles que tomaram o hormônio do sono por um ano ou mais, em comparação com quem não usava o suplemento. Os usuários também apresentaram três vezes mais hospitalizações por insuficiência cardíaca e duas vezes mais mortes por qualquer causa ao longo de cinco anos. O estudo, liderado pelo médico Ekenedilichukwu Nnadi, do SUNY Downstate/Kings County Primary Care, em Nova York, ainda não foi revisado por pares, e os especialistas pedem cautela na interpretação dos resultados. “Embora a associação que encontramos levante preocupações sobre a segurança deste suplemento amplamente utilizado, nosso estudo não pode provar uma relação direta de causa e efeito”, explicou Nnadi, ressaltando que mais pesquisas serão necessárias antes de qualquer conclusão definitiva. A melatonina, produzida naturalmente pela glândula pineal em resposta à escuridão, ajuda o corpo a se preparar para o sono. No entanto, os suplementos vendidos no mercado — produzidos sinteticamente ou extraídos de glândulas animais — podem conter doses superiores às recomendadas e até aditivos prejudiciais, já que, nos Estados Unidos, não passam pelo mesmo controle de qualidade exigido pela FDA (Food and Drug Administration) para medicamentos. No Brasil, a Anvisa autoriza a venda apenas para adultos a partir de 19 anos, limitando a dosagem diária a 0,21 mg. Mesmo assim, o uso indiscriminado vem crescendo, impulsionado pela popularidade da melatonina como alternativa “natural” para tratar a insônia. Segundo o médico espanhol Carlos Egea, presidente da Federação Espanhola de Sociedades de Medicina do Sono, é importante considerar que o estudo avaliou pessoas com insônia crônica — condição que, por si só, já está ligada a maior risco de doenças cardíacas e derrames. Ele lembra que a gravidade da insônia e fatores como estresse e doenças mentais não foram detalhados na análise. Pesquisas anteriores, inclusive uma publicada em março deste ano, apontaram o oposto: que a melatonina poderia melhorar a função cardíaca e reduzir o estresse oxidativo por atuar como antioxidante. Essa divergência reforça a necessidade de mais evidências científicas antes de qualquer recomendação. A médica Marie-Pierre St-Onge, da Universidade Columbia, orienta que a suplementação não deve ser feita de forma crônica e sem diagnóstico adequado. “Antes de recorrer à melatonina, é fundamental investigar as causas do distúrbio do sono e considerar alternativas comportamentais e terapias específicas”, explicou. Ela reforça que o uso prolongado pode causar tontura, dores de cabeça, náusea, sonolência diurna, confusão e até depressão leve. Para quem enfrenta dificuldades para dormir, os especialistas recomendam práticas de higiene do sono, como reduzir o tempo de tela à noite, manter o quarto escuro e fresco e evitar refeições pesadas antes de dormir. A melatonina, quando necessária, deve ser prescrita por um profissional de saúde e utilizada por tempo limitado.
Omeprazol pode causar demência? Entenda o que dizem os especialistas

O omeprazol, um dos medicamentos mais prescritos para refluxo e gastrite, voltou ao centro do debate após estudos sugerirem uma possível ligação com o risco de demência. No entanto, especialistas afirmam: não há comprovação científica de que o uso de omeprazol cause Alzheimer ou outras formas de demência. 💊 De onde vem essa preocupação Os medicamentos conhecidos como inibidores de bomba de prótons (IBPs) — grupo que inclui omeprazol, pantoprazol, esomeprazol e lansoprazol — atuam reduzindo a acidez estomacal.Um estudo alemão publicado em 2014 no JAMA Neurology observou uma associação estatística entre o uso prolongado desses fármacos e uma maior incidência de demência em idosos.Contudo, a pesquisa não comprovou relação de causa e efeito, apenas uma correlação — ou seja, não significa que o medicamento cause a doença. “Esses estudos mostraram associação, não causa. A maioria dos pacientes avaliados já tinha outros fatores de risco para demência, como idade avançada, diabetes e hipertensão”, explica Dr. Diogo Haddad, neurologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. 🧩 Por que o omeprazol pode afetar a cognição indiretamenteA hipótese mais aceita entre os médicos é que o uso prolongado do omeprazol pode reduzir a absorção de vitamina B12, importante para a saúde do sistema nervoso.A deficiência crônica dessa vitamina está relacionada a problemas de memória, atenção e até neuropatia, o que poderia confundir os diagnósticos. “O uso diário por muitos anos pode estar associado a pior desempenho de memória, principalmente em idosos, que costumam tomar vários remédios ao mesmo tempo — o que também afeta a cognição”, observa a endocrinologista Alessandra Rascovski, diretora médica da Atma Soma. ⚠️ Riscos reais do uso prolongado Embora o risco de demência não seja comprovado, o uso contínuo de IBPs pode trazer outros efeitos adversos, como: Segundo o cirurgião do aparelho digestivo Dr. Lucas Nacif, da clínica Hepatoclin, o segredo está na duração e na supervisão médica: “Quando o uso é bem indicado e acompanhado, os riscos são mínimos. O problema está na automedicação e no uso contínuo sem necessidade clínica.” 🍽️ Como reduzir riscos Usar sob prescrição médica. Evite tomar omeprazol por conta própria. “Apesar de seguro, o omeprazol deve ser usado com responsabilidade. A medicação é um apoio, não uma solução permanente”, reforça Nacif. 📲 Resumo prático ✅ Omeprazol não causa demência comprovadamente.⚠️ O uso prolongado pode levar à deficiência de B12 e afetar a cognição indiretamente.💊 Use sob orientação médica e, se possível, sob demanda.🥗 Adote mudanças no estilo de vida para tratar a causa do refluxo.
Câncer de mama: verdades e mentiras que toda mulher precisa saber

Mitos sobre anticoncepcionais, sutiã apertado e nódulos ainda confundem muitas mulheres. Mastologista esclarece o que é fato e o que é boato quando o assunto é câncer de mama. Outubro está terminando, mas a conscientização sobre o câncer de mama deve ser constante, isso porque mesmo com informações acessíveis, ainda há muitas dúvidas sobre o assunto: Será que o uso de anticoncepcional aumenta o risco da doença? Pancadas no seio podem causar câncer? E quem não tem casos na família, precisa se preocupar? Para esclarecer o que é verdade e o que é mentira, a mastologista a mastologista da Unimed Campo Grande, Dra. Thais Regina Daltoe respondeu às principais perguntas sobre o tema. Quem não tem casos de câncer na família não precisa se preocupar Mentira. A maior parte, na verdade, em torno de 90% dos cânceres de mama, são aleatórios, causados por hábitos de vida e não por relação com a família. Os casos de mutação genética giram em torno de 10%, de acordo com a maior parte dos estudos. Então, pelo contrário, a população inteira precisa se cuidar e quem tem casos de câncer na família tem que se cuidar mais do que os outros. Reposição hormonal durante a menopausa pode causar câncer de mama Raramente. A reposição hormonal durante a menopausa é associada com um pequeníssimo aumento do risco de câncer de mama. No entanto, esse risco é muito baixo, principalmente nos primeiros anos. O principal problema é que esse risco é cumulativo, ou seja, a cada ano de uso ele se soma e, com isso, a partir de 5 a 7 anos pode aumentar um pouco mais o risco. Nos primeiros anos, quando a maioria das mulheres precisa da reposição para combater os sintomas da menopausa, o risco é muito baixo. A reposição pode ser usada com tranquilidade, mas deve ter início e fim definidos pelo médico. Todo nódulo no seio é sinal de câncer de mama Mentira. A maior parte dos nódulos dos seios é benigna. Porém, para diferenciar corretamente, é necessário realizar os exames indicados e a consulta com um mastologista. Sobrepeso e obesidade são considerados fatores de risco Verdade. O sobrepeso e a obesidade estão cada vez mais relacionados a um risco aumentado da doença. Manter-se mais magra, principalmente após a menopausa, aliado à prática regular de atividade física e alimentação saudável, é protetor. A gordura corporal produz hormônios que estimulam o tecido mamário, o que aumenta o risco de câncer, especialmente após a menopausa. Sutiã apertado e pancadas no seio podem causar câncer de mama Mentira. Estudos já mostraram que sutiãs mais ou menos apertados, com aro ou sem aro não interferem no risco da doença. Da mesma forma, pancadas nos seios não causam câncer de mama. O que pode acontecer é a mulher dar mais atenção após a pancada e perceber um nódulo que já estava lá antes. O uso do anticoncepcional oral pode causar câncer de mama Raramente. Estudos populacionais fora do Brasil citam nas estatísticas que quem já utilizou algum método anticoncepcional hormonal, em algum momento da vida, tem o risco levemente aumentado em relação a quem nunca utilizou nenhum método hormonal de anticoncepção. Por isso, o uso de anticoncepcional oral, injetável ou DIU com hormônio aumenta minimamente o risco de desenvolver a doença e esse aumento mínimo pode ser facilmente combatido com atividade física regular e hábitos de vida mais saudáveis. Fazer autoexame nas mamas descarta a necessidade da mamografia Mentira. O autoexame serve como ferramenta de autoconhecimento e para detectar alterações entre as mamografias de rotina. Ele não substitui o exame, mas ajuda a identificar mudanças precoces, o que facilita o diagnóstico. Lembrando que ao notar um nódulo é preciso procurar um médico o mais rápido possível. Homens também podem desenvolver câncer de mama Verdade. Embora seja raro, o câncer de mama também pode atingir homens. No entanto, a incidência é muito mais rara e, geralmente, tem associação com mutações genéticas. Como é menos comum, o autoexame é suficiente para detectar alterações, qualquer nódulo, mesmo pequeno, é palpável. Neste caso, é preciso procurar um médico para confirmar o diagnóstico. Hábitos saudáveis podem reduzir o risco de desenvolver câncer de mama Verdade. Alimentação equilibrada, prática de atividade física (pelo menos 150 minutos por semana, o equivalente a pelo menos 30 minutos 5 dias por semana), ingestão adequada de água, evitar álcool e cigarro. Todos esses hábitos reduzem ativamente o risco de câncer de mama. A prática regular de exercícios, inclusive, pode diminuir o risco em até 30%, mesmo em mulheres com alto risco ou que já trataram a doença.
Anvisa proíbe duas substâncias utilizadas em unhas em gel

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a utilização de duas substâncias que podem estar presentes em produtos usados para fazer unhas ou esmaltação em gel, que precisam ser expostos à luz ultravioleta ou LED. As substâncias são o TPO (óxido de difenil [2,4,6-trimetilbenzol] fosfina) e o DMPT (N,N-dimetil-p-toluidina), também conhecido como dimetiltolilamina (DMTA). A resolução foi aprovada nesta quarta-feira (29). O objetivo é proteger a saúde das pessoas que utilizam esses produtos e principalmente dos profissionais que trabalham com eles. Segundo a Anvisa, o DMPT pode causar câncer em humanos e o TPO é tóxico para a reprodução e pode prejudicar a fertilidade. “Com a decisão, o Brasil se alinha aos padrões de segurança da União Europeia, que também baniu recentemente esses ingredientes. A medida impede que produtos considerados inseguros em outros países sejam comercializados aqui. A proibição das duas substâncias se aplica a qualquer produto cosmético”, diz a agência em nota. Segundo a resolução, a fabricação, a importação e a concessão de novos registros ou notificações para produtos que contenham TPO ou DMPT estão proibidas imediatamente. No comércio, as empresas e estabelecimentos têm 90 dias para parar de vender ou utilizar os produtos que já estão no mercado. Após esse prazo, todos os registros e notificações desses produtos serão cancelados pela Anvisa. As empresas responsáveis deverão realizar o recolhimento daqueles que ainda estiverem em lojas e distribuidoras. “Ainda que o risco ocupacional seja mais intenso, usuárias e usuários também estão sujeitos aos efeitos nocivos decorrentes da exposição, reforçando sua dimensão social. Diante desse cenário, é dever do Estado atuar preventivamente, evitando a perpetuação de risco sabidamente evitável”, afirmou a relatora da norma, a diretora Daniela Marreco. Ela reforçou ainda que os eventos adversos dessas substâncias estão, em geral, associados a exposições repetidas e prolongadas, de modo que contatos ocasionais ou pouco frequentes representam risco significativamente menor. “Contudo, não afasta a necessidade de uma medida tempestiva de proibição dessas substâncias, cumprindo nosso papel de proteção da saúde com a edição da medida de precaução ora proposta”, disse.
Identificar os sinais de AVC e procurar ajuda imediata pode salvar vidas

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) continua sendo uma das principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo. Ele ocorre quando a circulação de sangue no cérebro é interrompida e, quanto mais tempo o órgão fica sem oxigênio, maior o risco de sequelas graves. Segundo o neurologista Dr. Gabriel Pereira Braga, coordenador do Serviço de Neurologia do Hospital Unimed Campo Grande, o AVC pode atingir qualquer faixa etária, de crianças a idosos, embora seja mais comum a partir dos 60 anos. “O que chama atenção é o aumento dos casos entre pessoas mais jovens e economicamente ativas. Isso se deve, principalmente, à obesidade, ao mau controle de fatores de risco, ao consumo de álcool e drogas e ao uso de terapias hormonais sem orientação médica”, explica o especialista. O tipo mais frequente é o AVC isquêmico, responsável por cerca de 85% dos casos. Ele acontece quando uma artéria cerebral é bloqueada, impedindo o fluxo de sangue e levando à morte de células cerebrais. Já o AVC hemorrágico ocorre quando há o rompimento de um vaso sanguíneo, provocando sangramento dentro do cérebro. “Cada tipo de AVC tem um tempo específico para tratamento. Quanto mais rápido o paciente receber atendimento, melhor será o prognóstico e menores as chances de sequelas”, reforça Dr. Gabriel. O Hospital Unimed Campo Grande conta com um Serviço de Neurologia preparado para o acolhimento rápido e seguro de pacientes com suspeita de AVC. A equipe é composta por neurologistas e neurocirurgião disponíveis para atendimento emergencial, seguindo protocolos da ONA e do Angels, programa internacional que certifica hospitais com excelência em atendimento neurológico de urgência. Sinais de alerta do AVC Os sintomas podem ser reconhecidos facilmente e exigem ação imediata: Fraqueza ou dormência em um lado do corpo; Dificuldade para falar ou compreender; Alterações na visão; Dor de cabeça súbita e intensa; Tontura ou perda de equilíbrio. “Muitas vezes, as pessoas confundem os sintomas com epilepsia, rebaixamento de consciência ou até infecções. Por isso, é fundamental reconhecer os sinais e acionar o serviço de emergência o mais rápido possível”, orienta o neurologista. Alguns fatores aumentam as chances de sofrer um AVC, como hipertensão arterial, fibrilação atrial, diabetes, tabagismo, obesidade, sedentarismo, consumo excessivo de álcool, depressão e ansiedade. O AVC pode ser evitado com cuidados simples. Manter hábitos saudáveis e fazer acompanhamento médico regular são atitudes essenciais. Entre as principais medidas estão: reduzir o consumo de sal, praticar atividade física por pelo menos 30 minutos, cinco vezes por semana, evitar bebidas alcoólicas, controlar doenças crônicas e seguir corretamente o tratamento para fibrilação atrial, quando houver indicação médica.
Casos de Covid-19 voltam a crescer e elevam registros de síndrome respiratória em cinco estados, aponta Fiocruz

O Boletim InfoGripe, divulgado pela Fiocruz nesta quinta-feira (16), mostra aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) provocados pela Covid-19 em cinco estados brasileiros: Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. O levantamento, que considera dados da Semana Epidemiológica 41 (de 5 a 11 de outubro), também indica crescimento de casos de SRAG por influenza A em Goiás e São Paulo, embora sem impacto relevante nas taxas de hospitalização. De acordo com a Fiocruz, as crianças de até dois anos continuam sendo o grupo mais afetado pela SRAG, enquanto a mortalidade segue mais alta entre idosos. O Espírito Santo é o único estado onde o número de casos entre pessoas mais velhas se mantém estável, embora ainda em patamar elevado. Com o aumento de notificações, o Ministério da Saúde realiza neste sábado (18) o Dia D de mobilização nacional pela vacinação, reforçando a importância da imunização para conter os casos graves. A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz, alerta que grupos de risco devem manter a vacinação em dia: “Idosos precisam tomar doses de reforço a cada seis meses, e pessoas imunocomprometidas devem atualizar a vacina uma vez por ano”, destacou. Nas últimas quatro semanas, o rinovírus foi o mais identificado entre os casos de SRAG (39,8%), seguido por influenza A (20,1%) e Covid-19 (16,2%). Já entre os óbitos, a Covid-19 aparece como principal causa (51,5%), à frente do rinovírus (21,4%) e da influenza A (15,5%). No acumulado de 2025, o vírus sincicial respiratório (VSR) lidera as detecções entre os casos positivos (42,1%), seguido por rinovírus (27,4%) e influenza A (23,3%). O ano já soma mais de 11 mil mortes, sendo que 51,6% tiveram confirmação laboratorial para algum vírus respiratório. 📊 Dados principais (Fiocruz – SE 41/2025) Vírus Casos (%) Óbitos (%) Rinovírus 39,8 21,4 Influenza A 20,1 15,5 Covid-19 16,2 51,5 VSR 9,1 6,8 Influenza B 2,0 2,9