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Câncer ocular infantil raro: como identificar sinais precoces e proteger a visão das crianças

Um dos tumores mais raros da infância, o retinoblastoma, exige atenção redobrada de pais e responsáveis. Apesar de pouco conhecido, ele pode comprometer a visão e até colocar a vida da criança em risco se não for diagnosticado a tempo. A oftalmologista Lídia Guedes, especialista em oncologia ocular do HOPE

Um dos tumores mais raros da infância, o retinoblastoma, exige atenção redobrada de pais e responsáveis. Apesar de pouco conhecido, ele pode comprometer a visão e até colocar a vida da criança em risco se não for diagnosticado a tempo.

A oftalmologista Lídia Guedes, especialista em oncologia ocular do HOPE – Hospital de Olhos de Pernambuco, explica que os primeiros indícios podem passar despercebidos. “O reflexo branco na pupila, chamado leucocoria, costuma ser o sinal mais comum e pode ser notado em fotografias com flash. Também devemos ficar atentos a estrabismo e inflamações oculares frequentes”, orienta.

A doença afeta principalmente crianças de zero a cinco anos. Por isso, o acompanhamento nos primeiros anos de vida é decisivo. O teste do olhinho, realizado ainda na maternidade, é uma triagem fundamental, mas não suficiente para descartar a doença. Conforme a médica, exames de imagem como mapeamento de retina, ultrassonografia ocular e ressonância magnética são ferramentas essenciais para confirmar o diagnóstico e verificar a extensão do tumor.

Por ter origem genética, não há formas de prevenção primária. O que faz diferença, segundo Lídia, é o diagnóstico precoce. “Quando detectado nos estágios iniciais, o índice de cura é elevado e as chances de preservar o globo ocular e a visão aumentam consideravelmente.”

O tratamento varia conforme a gravidade. Em fases iniciais, pode incluir quimioterapia associada a laser, crioterapia ou medicações intravítreas. Nos casos mais avançados, pode ser necessária a enucleação, procedimento cirúrgico de remoção do olho, medida extrema mas que garante a cura em muitos pacientes.

A especialista reforça um alerta aos pais: “As crianças raramente relatam sintomas. Por isso, consultas oftalmológicas semestrais nos primeiros anos de vida são indispensáveis. Detectar cedo salva não apenas a visão, mas também vidas.”

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