Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Vacina contra dengue mantém proteção contra hospitalizações mesmo após sete anos, revela estudo

Um estudo internacional divulgado nesta segunda-feira (3) pela farmacêutica Takeda, responsável pela vacina Qdenga, apontou que o imunizante mantém alta eficácia contra internações por dengue mesmo sete anos após a vacinação. A pesquisa, conduzida com mais de 20 mil crianças e adolescentes em oito países endêmicos, confirmou que o esquema

Um estudo internacional divulgado nesta segunda-feira (3) pela farmacêutica Takeda, responsável pela vacina Qdenga, apontou que o imunizante mantém alta eficácia contra internações por dengue mesmo sete anos após a vacinação. A pesquisa, conduzida com mais de 20 mil crianças e adolescentes em oito países endêmicos, confirmou que o esquema de duas doses oferece proteção prolongada e abrangente contra os quatro sorotipos do vírus.

De acordo com os resultados, após 4,5 anos, a vacina apresentou eficácia de 61,2% na prevenção da dengue sintomática. Já uma dose de reforço aplicada nesse período elevou a eficácia para 74,3% dois anos depois. Mais importante, a Qdenga demonstrou 84,1% de eficácia na prevenção de hospitalizações relacionadas à doença, índice que subiu para 90,6% após o reforço.

O pesquisador Edson Moreira, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), destacou a relevância dos dados diante do avanço da dengue no país. “O Brasil está entre os países mais afetados pela doença, com aumento de casos graves e mortes. Isso reforça a importância de métodos de prevenção como a Qdenga”, afirmou. Segundo ele, a inclusão da vacina no programa público de imunização tem contribuído para reduzir significativamente os casos sintomáticos e as internações.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) indica a Qdenga para pessoas de 4 a 60 anos, com duas doses aplicadas em um intervalo de três meses. Diferente de vacinas anteriores, ela pode ser administrada mesmo em quem nunca teve contato prévio com o vírus.

O estudo TIDES, responsável pela análise, foi conduzido em países da América Latina — incluindo o Brasil — e da Ásia. Ele avaliou não apenas a eficácia e a segurança da vacina, mas também o desempenho a longo prazo, confirmando a durabilidade da resposta imunológica e a proteção contínua contra hospitalizações e formas graves da doença.

Os pesquisadores ressaltam que, além da imunização, o controle do mosquito Aedes aegypti continua sendo fundamental para conter a propagação do vírus. A combinação de vacinação, ações preventivas e conscientização da população é considerada o caminho mais eficaz para reduzir o impacto da dengue em regiões tropicais.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *