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Taxação dos EUA ameaça exportações de MS e acende alerta no setor produtivo

Carne bovina e celulose estão entre os produtos mais afetados pela tarifa de 50%, que entra em vigor em agosto O setor produtivo de Mato Grosso do Sul está em alerta após os Estados Unidos anunciarem uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, válida a partir de 1º de agosto.

Carne bovina e celulose estão entre os produtos mais afetados pela tarifa de 50%, que entra em vigor em agosto

O setor produtivo de Mato Grosso do Sul está em alerta após os Estados Unidos anunciarem uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, válida a partir de 1º de agosto. A medida atinge em cheio as exportações de carne bovina, celulose e ferro fundido — produtos que representaram mais de 80% do que o estado vendeu aos EUA só em 2025.

De acordo com a Federação das Indústrias de MS (FIEMS), os EUA foram o segundo principal destino das exportações sul-mato-grossenses no primeiro semestre do ano, com US$ 315,9 milhões em produtos exportados, um crescimento de 11% em relação a 2024.

A carne bovina desossada e congelada lidera a lista, com US$ 142 milhões, o equivalente a 45,2% das exportações para os norte-americanos. A indústria de celulose também vive momento de preocupação: as vendas de pasta química de madeira para os EUA somaram US$ 1,7 bilhão no semestre, crescimento de 65%.

Impactos econômicos

O analista de comércio exterior Aldo Barigosse alerta para impactos em cadeia: com a perda de competitividade nos EUA, empresas locais podem redirecionar a produção a outros mercados, provocando queda nos preços internos, retração de investimentos e demissões.

“A indústria perde mercado, para de contratar e investe menos. É um reflexo que atinge toda a cadeia produtiva”, afirma Barigosse.

Negociações urgentes

Representantes da indústria e da agropecuária cobram reação imediata do governo federal. O presidente da Famasul, Marcelo Bertoni, classifica a taxa como “infundada” e já observa efeitos imediatos:

“Os frigoríficos já saíram das compras. O mercado deve reabrir com preços muito abaixo dos praticados”, lamenta.

A expectativa é que a pressão empresarial leve o Brasil a acelerar as negociações com Washington. Até agora, apenas o Reino Unido e o Vietnã conseguiram acordos para reverter a taxação.

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