Gripe é a principal causa de mortes por SRAG em idosos, alerta Fiocruz

O boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quinta-feira (15) faz uma alerta sobre o vírus da influenza A, causador da gripe, que se tornou a principal causa de mortalidade por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em idosos e uma das três principais causas de óbitos entre as crianças. Foi registrado também um aumento nas hospitalizações por influenza A em diversas partes do país, com níveis moderados a altos de incidência em estados do Centro-Sul e nas regiões do Norte e Nordeste. Em alguns estados das regiões Centro-Oeste e Sudeste, o número de casos de SRAG em crianças pequenas, associado ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR) vem apresentando sinais de desaceleração ou até de reversão. “Apesar disso, ainda não é o momento de relaxar os cuidados nessas regiões, já que a incidência de casos continua alta ou moderada”, avalia a pesquisadora do InfoGripe Tatiana Portella. A especialista chama a atenção que a mortalidade por SRAG nas crianças pequenas se aproxima da observada nos idosos. A principal causa de mortalidade por SRAG nos idosos é o vírus da influenza A, seguida pela Covid-19. Já nas crianças, o VSR permanece como a principal causa de mortalidade por SRAG, seguido pelo rinovírus e pela influenza A. Tatiana Portella orienta que as pessoas dos grupos mais vulneráveis se vacinem contra o vírus da influenza o quanto antes. Os pesquisadores do InfoGripe reforçam que a vacina é a ação mais eficaz para prevenir hospitalizações e mortes causadas pela doença. “Além disso, reforçamos a importância do uso de máscaras em unidades de saúde, locais com maior aglomeração de pessoas e, principalmente, em caso de aparecimento de sintomas de gripe ou resfriado”, alertou a pesquisadora. Casos de SRAG O boletim mostra sinal de aumento de casos de SRAG em diversos estados, tanto nas tendências de longo prazo (últimas 6 semanas) quanto nas de curto prazo (últimas 3 semanas). Esse cenário se deve ao crescimento de SRAG nas crianças pequenas, associado principalmente ao VSR, e na população de jovens, adultos e idosos, associado ao vírus da influenza A. O VSR mantém uma incidência expressiva tanto de incidência quanto de mortalidade por SRAG em crianças pequenas. Outros vírus de destaque nessa faixa etária são o rinovírus e a influenza A. A influenza A, além de ser a principal causa de mortalidade por SRAG entre os idosos, é uma das três principais razões de óbitos por SRAG em crianças pequenas. Estados Ao todo, 15 das 27 unidades da federação apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco, com sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Outros oito estados também apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco, porém sem sinal de crescimento de longo prazo: Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Pará, Sergipe e Rio Grande do Norte.
Congresso sobre coluna vertebral coloca Campo Grande no centro do debate sobre medicina de alta tecnologia

Durante entrevista à Rádio Massa FM, o ortopedista Dr. Ricardo Miranda, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Coluna Médica em Mato Grosso do Sul, confirmou a realização do 8º Congresso Regional Centro-Oeste da SBC, que acontece nos dias 27 e 28 de junho, em Campo Grande. O evento vai reunir especialistas de todo o país para discutir os avanços tecnológicos e científicos no tratamento da coluna vertebral. 🧠 Tecnologia, ciência e reabilitação no centro do país Após mais de uma década, a capital sul-mato-grossense volta a ser palco de um dos encontros mais importantes da área, com formato ampliado e presença de palestrantes de renome nacional. “Campo Grande entra de vez no circuito nacional da medicina de ponta. A cidade não fica atrás de polos como São Paulo e Curitiba”, destacou Dr. Ricardo Miranda, que também é um dos organizadores do congresso. 🤖 Cirurgia robótica e tratamento sem bisturi Entre os temas centrais do evento está a cirurgia robótica da coluna vertebral, uma técnica que vem ganhando espaço na medicina por sua precisão e abordagem minimamente invasiva. Também estarão em pauta métodos não cirúrgicos de reabilitação, voltados a condições como hérnias de disco, lombalgias e estenoses. “É um evento técnico, mas com impacto direto na vida de quem sofre com dor. Vamos mostrar que tratar a coluna não é sinônimo de operar”, explicou o ortopedista. 🎓 Participação ampliada e foco na formação O congresso será voltado a ortopedistas, neurocirurgiões, fisioterapeutas, fisiatras e outros profissionais da saúde, além de oferecer condições especiais para acadêmicos de Medicina e Fisioterapia, incentivando a participação de estudantes e jovens profissionais. A organização estima que o congresso reúna centenas de participantes, vindos de vários estados. Profissionais da saúde e estudantes podem se inscrever pelo portal Sympla. Faça sua inscrição.
Campo Grande oferece exames gratuitos de mamografia entre 13 e 16 de maio

Mulheres de 40 a 69 anos poderão realizar mamografias gratuitas em Campo Grande entre os dias 13 e 16 de maio, das 8h às 17h, por meio de uma parceria entre o Pátio Central Shopping e o Hospital do Amor. A ação contará com uma unidade móvel de saúde que ficará estacionada no pátio do shopping, equipada para realizar 60 atendimentos por dia — sendo 30 pela manhã e 30 à tarde. O serviço será prestado por ordem de chegada, sem necessidade de agendamento prévio. O objetivo da campanha é facilitar o acesso à prevenção e ao diagnóstico precoce do câncer de mama, um dos tipos mais comuns entre as mulheres brasileiras. A mamografia é considerada o exame mais eficaz para detecção precoce da doença, aumentando significativamente as chances de cura quando realizada de forma periódica e nos estágios iniciais da enfermidade. 📍 Serviço📅 Data: 13 a 16 de maio (terça a sexta)🕗 Horário: 8h às 17h📌 Local: Estacionamento do Pátio Central Shopping📊 Vagas: 60 por dia (30 pela manhã e 30 à tarde)📋 Público-alvo: Mulheres de 40 a 69 anos✅ Atendimento por ordem de chegada
Programa Saúde no Campo começa em Mato Grosso do Sul com atendimento direto nas propriedades rurais

O Senar/MS deu início, neste mês de maio, ao Programa Saúde no Campo, uma iniciativa do Sistema CNA/Senar que oferece atendimento domiciliar gratuito voltado à saúde e bem-estar de produtores e trabalhadores rurais assistidos pela Assistência Técnica e Gerencial (ATeG). Nesta fase inicial, serão contemplados nove municípios da região da Capital: Campo Grande, Rochedo, Corguinho, Terenos, Dois Irmãos do Buriti, Sidrolândia, Ribas do Rio Pardo, Jaraguari e Bandeirantes. O programa leva uma equipe de profissionais de enfermagem diretamente às propriedades, com visitas mensais que promovem o acompanhamento contínuo da saúde das famílias do campo. A proposta é identificar necessidades específicas, planejar intervenções e facilitar o acesso a serviços especializados por meio da articulação com Sindicatos Rurais, prefeituras e instituições de saúde parceiras. “A proposta é levar a saúde até onde o produtor está. Sabemos das dificuldades que muitas vezes impedem o acesso aos serviços básicos, seja pela distância ou pela rotina no campo. Com esse programa, promovemos cuidado, prevenção e bem-estar diretamente nas propriedades rurais”, afirma Lucas Gottardi, responsável pelos programas de saúde do Senar/MS. A atuação das equipes segue o modelo já consolidado da ATeG. Cada propriedade contemplada receberá uma visita mensal durante um período de 24 meses, com atendimentos que duram entre duas e quatro horas. Nesses encontros, são realizados procedimentos como controle da pressão arterial, glicemia, acompanhamento de gestantes, crianças, pacientes acamados, entre outras ações educativas e de prevenção. Também estão previstas orientações sobre uso correto de medicamentos e encaminhamentos quando necessário. Nesta fase inicial, o programa conta com uma equipe composta por 15 técnicos de saúde rural e um supervisor, todos com formação técnica ou superior em enfermagem. A meta do Senar/MS é atender 450 propriedades e alcançar mais de 2 mil pessoas em 2025. Além de ampliar o acesso a cuidados básicos, o Saúde no Campo busca fortalecer a inclusão digital e o uso do telessaúde nas comunidades atendidas, garantindo mais agilidade e proximidade com os serviços públicos de saúde. A adesão ao programa é feita em parceria com sindicatos rurais e prefeituras, que auxiliam na mobilização local e no encaminhamento dos casos mais complexos. A expectativa no MS é de que os resultados colaborem para a melhoria da qualidade de vida no campo e também para o fortalecimento da produção rural por meio de um olhar mais atento à saúde do produtor. Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul – Ana Palma
Milagre da vida: após dias em coma, Janaina renasceu e celebrará o Dia das Mães junto dos quatro filhos

Mesmo com apenas 1% de chance de sobreviver, equipe médica não desistiu e com trabalho coordenado, fez tudo para salvar sua vida. Junto, uma corrente de oração se manteve firme durante todos os dias de sua internação Neste Dia das Mães, há muitas histórias para contar, mas a de Janaina Vargas Corrente Bonfá, 38 anos, é sobre maternidade em sua forma mais pura: amor, sacrifício, entrega e renascimento. Um verdadeiro testemunho sobre o milagre da vida que, às vezes, acontece da maneira mais improvável e quando menos se espera. Ela e o esposo João, casados há 19 anos, já eram pais de três filhos: João Vitor (18), Lorenzo (13) e Maria Clara (10), mas Deus, segundo ela, que tem a vida guiada pela fé, mostrou que eles teriam mais um. “Decidimos nos abrir à vida, ao que Deus havia colocado em nossos corações, e logo veio a gestação da Ana”, conta. A gestação começou tranquila, mas, às 12 semanas, veio o primeiro susto: um descolamento de placenta, hemorragia e hematomas que significavam riscos sérios. Mas a pequena Ana seguiu firme, crescendo saudável em seu ventre, sob o cuidado da mãe, que passou meses em repouso absoluto. Já no fim da gravidez, o diagnóstico de placenta prévia total, condição que impedia o parto normal fez sua obstetra optar pela cesariana com toda a estrutura de suporte, no Hospital Unimed Campo Grande. No dia 28 de fevereiro, Ana nasceu. Forte, saudável, com 37 semanas e 4 dias. Mas, quando tudo parecia bem, começou a luta pela vida de Janaina. “Ao mesmo tempo que dei à luz a uma vida, começou a minha luta pela minha vida”. Complicações graves no pós-parto levaram Janaina à Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Mais hemorragias, quatro cirurgias, sendo uma histerectomia de emergência e, no total, 13 dias de intubação, em coma. O caso era gravíssimo. Os médicos, junto à equipe assistencial, faziam de tudo para salvá-la. Aliada à medicina, uma corrente de oração se formou pela sua vida durante os dias de internação. Amigos, familiares e até desconhecidos se revezavam, 24 horas por dia e, todos os dias, à noite, também se reuniam no estacionamento do hospital, pedindo pela vida dela e pelos outros pacientes. “Mesmo quando via apenas 1% de vida em mim, a equipe médica não desistiu e junto dela, pessoas oravam a todo tempo por mim. Isso me emociona profundamente até hoje”, lembra Janaina. No dia 10 de março, uma segunda-feira, Janaina despertou do coma. Estava lúcida, reconhecendo a todos ao redor — um verdadeiro milagre, reconhecido pela própria equipe de saúde. “Foi lindo ver a alegria dos médicos, do Dr. João Ricardo, Dr. Alexandre Cabral, minha obstetra, Dra. Meire do Rosário, e tantos outros que também cuidaram de mim junto com enfermeiros, técnicos. Então a gente sabe que foi um milagre sair dali com vida e sem nenhuma sequela”, relembra bastante emocionada. “Esse foi um caso muito desafiador, do ponto de vista técnico. Um caso gravíssimo, com chance de sobrevivência muito baixa, que exigiu um trabalho em conjunto com outros médicos, de forma coordenada. E ver ela viva foi um momento de muita alegria e de esperança renovada, porque no fim das contas esse é o nosso propósito: cuidar das pessoas, trazer saúde, devolver aos seus entes queridos, e a Janaina é reflexo de tudo o que nos esforçamos todos os dias para entregar aos nossos pacientes”, ponderou emocionado, Dr. Alexandre Cabral, nefrologista da Unimed Campo Grande. Depois de 21 dias, Janaina e a filha, enfim, se reencontraram. Um momento carregado de emoção e gratidão. Ana, uma menina linda, saudável, com olhos que transmitem alegria, como quem veio ao mundo para trazer ainda mais força e amor à sua mamãe. Ao todo, foram 25 dias de internação. Hoje, cercada pelos filhos e pelo marido, ainda se cuidando depois de tanta luta, Janaina vai celebrar este Dia das Mães com uma nova perspectiva. “Sou grata a Deus por estar viva, com saúde, cuidando da minha família, da minha bebê. Esse Dia das Mães representa o dom da vida, o amor de Deus, a força que uma mãe tem. Esse ano é ainda mais especial, pelo privilégio de estar aqui contando a minha história”.
Lula sanciona lei que obriga cirurgia de lábio leporino no SUS

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que obriga a oferta de cirurgia reconstrutiva de lábio leporino ou fenda palatina no Sistema Único de Saúde (SUS). O texto, publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira (7), prevê ainda o tratamento pós-cirúrgico, abrangendo serviços de fonoaudiologia, psicologia, ortodontia e outros necessárias para a recuperação integral do paciente. A nova lei também ampara os recém-nascidos. “Quando o lábio leporino for diagnosticado no pré-natal ou após o nascimento, o recém-nascido será encaminhado tempestivamente a centro especializado para iniciar o acompanhamento clínico e para programar a cirurgia reparadora”, diz a Lei nº 15.133/2025. Caso o paciente necessite de reeducação oral, deverá ser disponibilizado, gratuitamente, fonoaudiólogo para auxiliá-lo nos exercícios de sucção e de mastigação e no desenvolvimento da fala. Além disso, ele poderá ser assistido, sem custos, por um ortodontista, a quem caberá decidir sobre implante dentário e adoção de aparelhos ortodônticos no tratamento. O projeto de lei foi aprovado pelo Congresso no início de abril. Na ocasião, o relator do texto na Câmara, deputado Dr. Ismael Alexandrino (PSD-GO), lembrou que cerca de 15 crianças nascem, por dia, com essa malformação no Brasil. “Quanto mais tarde a criança demora para operar, mais problemas acarreta do ponto de vista de desenvolvimento, alimentação, infecções e bullying”, afirmou. Para Alexandrino, embora o tratamento possa ser interpretado como já garantido pela Constituição, a nova lei explicita e fortalece esse direito. Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Unimed Campo Grande celebra 52 anos de contribuições para a saúde de Mato Grosso do Sul

Neste mês, a Unimed Campo Grande celebra 52 anos de história. Uma história marcada pelo compromisso contínuo com a saúde e o bem-estar da população de Mato Grosso do Sul. Reconhecida como o maior e melhor plano de saúde do estado, a cooperativa médica celebra mais de cinco décadas focada no atendimento de excelência e no constante aprimoramento dos seus serviços. Fundada em 1973, a cooperativa nasceu com a missão de promover acesso à saúde de qualidade para todos os sul-mato-grossenses. Ao longo dos anos, tem expandido seus serviços, sempre com inovação e infraestrutura de ponta, além de investir em recursos próprios, como o Hospital Unimed Campo Grande, o Laboratório Unimed CG – unidades 1 e Zahran, e sua rede credenciada, conquistando a confiança dos quase 130 mil beneficiários, assim como a de médicos cooperados e parceiros. A operadora também se tornou destaque em ações sociais, com programas preventivos, parcerias e iniciativas educativas que contribuem para a melhoria da saúde e da qualidade de vida de pessoas de todas as idades e classes sociais. Em sua trajetória, a Unimed Campo Grande ainda se consolidou como uma referência em cooperativismo, com um modelo de gestão que valoriza tanto os médicos cooperados quanto seus colaboradores e beneficiários, sempre pautada na ética e na transparência como valores fundamentais, criando um ambiente de confiança que tem sido crucial para o seu crescimento e sucesso. “Nesses 52 anos de trajetória, a Unimed Campo Grande permanece firme em seu compromisso de expandir, inovar e transformar o sistema de saúde de Mato Grosso do Sul, sempre com a missão de cuidar de cada vida com respeito, dignidade e carinho. Para nós, é uma honra fazer parte dessa história e acompanhar o seu crescimento exponencial, mas é também um desafio manter a excelência em tudo que nos propomos a oferecer, mesmo frente às adversidades da saúde suplementar”, destacou Dr. Eduardo Kawano, presidente do Conselho de Administração. Ao celebrar seus 52 anos, na próxima segunda-feira (12/5), a Unimed Campo Grande reafirma seu compromisso com a construção de um futuro cada vez mais saudável e acessível para todos. Com base na confiança, ética e inovação, segue como um pilar fundamental para a saúde de Mato Grosso do Sul.
Região Norte do Brasil registra casos de mpox

Entre 1º de janeiro e 30 de abril, o estado do Amazonas registrou 63 notificações de mpox, sendo 33 casos confirmados e 29 descartados. A Secretaria de Saúde do Amazonas informou que, até o momento, não há registro de óbito causado pelo vírus. Em nota, o órgão reforçou que pessoas que apresentarem sintomas suspeitos, incluindo febre, lesões na pele ou cansaço extremo, devem procurar atendimento médico em uma unidade básica de saúde (UBS), além de seguir orientações de isolamento. As orientações indicadas pela pasta para reduzir o risco de infecção são: No Pará, de 1º de janeiro à 23 de abril, foram confirmados 19 casos de mpox, sendo 14 apenas na capital, Belém. As demais infecções foram confirmadas nos municípios de Ananindeua e Marituba, além de um caso importado de outro estado. Também em comunicado, a Secretaria de Saúde do Pará nega surto no estado e destaca alinhamento e comprometimento para fortalecer medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença. “É fundamental que os profissionais dos municípios estejam atentos com os fluxos de notificação e diagnóstico que já estão bem estabelecidos pela secretaria, que segue as diretrizes do Ministério da Saúde para que a doença não se propague.” Nova cepa Em março, o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de infecção pela cepa 1b da mpox no Brasil. A paciente, uma mulher de 29 anos que mora na região metropolitana de São Paulo, teve contato com um familiar que esteve na República Democrática do Congo, país que enfrenta surto da doença. Em nota, o ministério informou que o caso no Brasil foi confirmado laboratorialmente, por meio da realização de sequenciamento para caracterizar o agente infeccioso. O exame permitiu a obtenção do genoma completo que, segundo a pasta, é muito próximo aos de casos detectados em outros países. “Até o presente momento, não foram identificados casos secundários. A equipe de vigilância municipal mantém o rastreamento de possíveis contatos”, destacou o comunicado. Ainda de acordo com o ministério, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi informada sobre o caso e a pasta, junto às secretarias estadual e municipal de Saúde, solicitou o reforço da rede de vigilância epidemiológica e o acompanhamento da busca ativa de pessoas que tiveram contato com a paciente. Doença Causada pelo vírus Monkeypox, a doença pode se espalhar entre pessoas e, ocasionalmente, do ambiente para pessoas, por meio de objetos e superfícies que foram tocados por um paciente infectado. Em regiões onde o vírus está presente entre animais selvagens, a mpox também pode ser transmitida para humanos que tenham contato com os animais infectados. A infecção pode causar uma série de sinais e sintomas. Embora algumas pessoas apresentem sintomas menos graves, outras podem desenvolver quadros mais sérios e necessitar de atendimento em unidades de saúde. O sintoma mais comum é a erupção na pele, semelhante a bolhas ou feridas, que pode durar de duas a quatro semanas. O quadro pode começar com ou ser seguido de febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, apatia e gânglios inchados. A erupção cutânea pode afetar o rosto, as palmas das mãos, as solas dos pés, a virilha, as regiões genitais e/ou anal. Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil Foto: Reuters/Dado Ruvic
Saúde Mental Materna: Chamado para o Cuidado e o Respeito no Maio Furta-Cor

A sociedade costuma idealizar a mãe como uma figura sempre amorosa, paciente e realizada. Quando demonstra cansaço, tristeza, dúvidas e ansiedade, a mulher é muitas vezes julgada como descontrolada, surtada, exagerada ou fraca, já que foge do ideal enraizado pelo machismo e pelas pressões culturais. Todo este estigma impede que milhares de mães recebam o cuidado necessário. Dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostram que cerca de 1 em cada 4 mulheres desenvolve sintomas de ansiedade ou depressão no período gestacional ou pós-parto. Muitas jamais são diagnosticadas. Outras até desconfiam, mas preferem se calar para não serem vistas como “loucas”. Foi o que aconteceu com A.P, ao dar à luz ao primeiro filho. “Quando meu bebê tinha seis meses, percebi que havia algo errado. Eu estava prostrada e cansada. Dava de mamar, fazia arrotar e ninava no automático. Quando tomava banho, chorava muito. Tinha vergonha de me abrir com alguém e ser julgada. Tinha uma culpa enorme por sentir uma tristeza profunda. Hoje, lembrando esses momentos, percebo o quanto é cruel o silêncio que cerca a saúde mental das mães”, disse. O relato de A.P. ecoa o de tantas outras que enfrentam batalhas invisíveis. A pressão para corresponder a um ideal de maternidade inalcançável, tem calado as dores e isolado mães em um sofrimento que poderia ser tratado. “Muitas mulheres acabam desenvolvendo quadros depressivos e acham que os sintomas são típicos do período do puerpério. Sem conseguir fazer o autocuidado, ela pode ter raiva do bebê ou não consegue oferecer os cuidados básicos dessa criança. Em casos mais graves, chega até mesmo a ter quadros de psicose. É preciso ficar atenta a qualquer sinal que possa ser de quadro depressivo”, destacou a médica psiquiatra Carolina Gomes da Silva. Campanha Maio Furta-Cor Diante de tantos silêncios e diagnósticos tardios, tornou-se urgente romper com a ideia de que o sofrimento faz parte da maternidade e, mais do que isso, garantir que essas mulheres sejam vistas, acolhidas e cuidadas. Foi com esse propósito que nasceu a Campanha Maio Furta-Cor, instituída oficialmente em Mato Grosso do Sul pela Lei 6.121 de 2023. A norma, de autoria do deputado Pedro Kemp (PT), prevê a realização de palestras, cursos, oficinas, seminários, distribuição de material informativo como forma de conscientização da população sobre a saúde mental materna. “A campanha visa dar visibilidade às diferentes nuances da maternidade que, assim como a cor que lhe dá nome, muda de acordo com a luz. Ser mãe é uma experiência intensa e merece ser tratada com empatia e responsabilidade”.
Pessoas que usam medicamento preventivo contra HIV terão vacina contra hepatite A no SUS

O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira (2) que usuários da PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), medicamento usado na prevenção ao HIV, passarão a receber gratuitamente a vacina contra hepatite A pelo SUS. A medida tem como objetivo conter surtos da doença, especialmente entre adultos, público que registra maior gravidade nos casos. A decisão leva em conta o novo perfil epidemiológico da hepatite A no país. A vacinação infantil já reduziu em 95% os casos entre crianças, mas o número de infecções em adultos cresceu — especialmente entre pessoas com práticas sexuais de maior risco, como homens que fazem sexo com homens (HSH). “Vamos conseguir reduzir riscos de internação, casos graves e óbitos por hepatite A no SUS, protegendo a população”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Como será a vacinação? Atualmente, mais de 120 mil pessoas fazem uso da PrEP no Brasil. A meta do governo é vacinar 80% desse público. Hepatite A: o que é e como se transmiteTrata-se de uma inflamação no fígado causada por um vírus. A forma mais comum de transmissão é fecal-oral (água ou alimentos contaminados), mas a partir de 2016 a OMS passou a observar surtos relacionados a práticas sexuais, inclusive em países com baixos índices da doença. No Brasil, o primeiro caso de transmissão sexual foi registrado em São Paulo em 2017. Desde então, 786 casos foram diagnosticados, com duas mortes confirmadas. A maior parte dos surtos foi controlada com campanhas de vacinação.