A gestão da prefeita Adriane Lopes (PP), em Campo Grande, está sob escrutínio do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS), após o Ministério Público de Contas (MPC-MS) solicitar uma fiscalização sobre possíveis irregularidades no fornecimento de fraldas e dietas especiais a pacientes do SUS. A investigação foi aberta com base em um inquérito do Ministério Público Estadual (MPE).
Segundo o documento encaminhado ao TCE, foram identificadas falhas recorrentes nas entregas, como produtos divergentes dos contratados, quantidades insuficientes e atrasos motivados por entraves burocráticos entre fornecedores e o setor de compras da prefeitura. O relatório ainda aponta suspeitas de fraudes e possível envolvimento de empresas fantasmas.
“Quando falamos do fornecimento de fraldas e dietas, estamos lidando com necessidades básicas e com a dignidade de pessoas em situação de vulnerabilidade. O descumprimento reiterado de ordens judiciais e os indícios de fraude exigem uma atuação imediata”, afirmou o procurador Matheus Henrique Pleutim de Miranda.
A apuração, solicitada em 22 de abril, foi assinada também pelo procurador-geral João Antônio de Oliveira Martins Júnior. A fiscalização deve apurar a legalidade dos contratos, a veracidade das informações fornecidas pelas empresas e a regularidade das entregas.
A investigação destaca o descumprimento de decisões judiciais anteriores, que determinavam a entrega dos insumos a pacientes do Sistema Único de Saúde. A conduta da prefeitura é considerada gravemente lesiva à população, especialmente para quem depende diretamente de produtos essenciais para sobrevivência e qualidade de vida.
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