A atual onda de calor no Brasil, a quarta registrada este ano, deverá persistir até a segunda semana de maio, segundo previsões da Climatempo. Inicialmente esperado para terminar esta semana, o fenômeno foi prolongado devido a condições climáticas que mantêm as temperaturas acima da média em várias partes do país.
Extensão e impacto da onda de calor
O centro-sul do Brasil está enfrentando as maiores elevações, com estados como Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, sul de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, sul de Goiás, e sul do Mato Grosso, experimentando temperaturas mais de 5°C acima do habitual.
Esta onda de calor, que começou em 22 de abril, é impulsionada por uma forte área de alta pressão que impede o avanço das frentes frias para as regiões Sudeste e Centro-Oeste, resultando em condições secas e mais quentes que o normal.
Efeitos nas capitais
Várias capitais têm registrado temperaturas significativamente altas. No Rio de Janeiro, por exemplo, os termômetros atingiram marcas acima de 38°C, liderando as temperaturas mais altas do país no último domingo, conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Previsões de picos de calor
Está previsto que o país experimente dois picos de calor durante a extensão do fenômeno. As temperaturas nos dias de pico podem ser até 7°C mais altas do que a média, afetando diversas capitais:
Belo Horizonte: Previsão de 32°C em 03/05.
Brasília: 30°C em 30/04.
Campo Grande: 34°C em 06/05.
Cuiabá: 36°C em 07/05.
Curitiba: 32°C em 02/05 e 08/05.
Florianópolis: 32°C em 07/05.
Goiânia: 36°C em 07/05.
Porto Alegre: 33°C em 07/05.
Rio de Janeiro: 35°C em 03/05.
São Paulo: 32°C em 02/05 e 08/05.
Vitória: 33°C em 03/05.
Explicação científica
Maria Clara Sassaki, especialista em meteorologia, explica que as ondas de calor ocorrem quando massas de ar quente e seco são reforçadas por bloqueios atmosféricos, que são padrões de ventos na alta atmosfera que impedem o avanço de frentes frias, desviando-as para o oceano. Isso resulta na intensificação da massa de ar quente sobre o continente.
Este prolongamento da onda de calor serve como um lembrete crítico dos efeitos das mudanças climáticas e da necessidade de preparação adequada para enfrentar temperaturas extremas.