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MS combate incêndios no Pantanal com ações por terra e ar

A área queimada no bioma já alcançou 576,1 mil hectares em 2024, sendo 430,1 mil hectares no Mato Grosso do Sul e 145,8 mil hectares no Mato Grosso

O governo do Mato Grosso do Sul está realizando um trabalho intensivo de combate aos incêndios no Pantanal com ações simultâneas por terra e ar. A área queimada no bioma já alcançou 576,1 mil hectares em 2024, sendo 430,1 mil hectares no Mato Grosso do Sul e 145,8 mil hectares no Mato Grosso, de acordo com dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (LASA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nos dias 22 e 23 de junho, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) registrou 256 focos de calor no Pantanal, com 248 desses focos em Mato Grosso do Sul.

Para combater os incêndios, o estado utiliza dois helicópteros e um avião do Grupamento de Operações Aéreas (GOA) do Corpo de Bombeiros. No sábado, 22 de junho, essas aeronaves atuaram na área conhecida como Bracinho, próxima ao Porto Geral de Corumbá. O capitão Jonatas Lucena do GOA explicou que a área foi escolhida devido à grande quantidade de fumaça que incomodava a população local. O trabalho aéreo incluiu o uso de helicópteros equipados com ‘bambi buckets’, que captam e lançam água sobre os focos de incêndio.

Por terra, equipes combatem o fogo tanto de dia quanto à noite. A diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros, Tatiana Inoue, explicou que o combate noturno é mais eficaz devido às condições atmosféricas mais favoráveis, como temperaturas mais baixas e menor velocidade dos ventos. Inoue destacou a necessidade de monitoramento contínuo após o controle dos focos para evitar a reativação do fogo.

O Sistema de Comando de Incidentes (SCI) coordena todas as operações de combate aos incêndios em Mato Grosso do Sul. O coronel Adriano Rampazo, subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros, enfatizou a importância da coordenação integrada entre as forças de segurança do estado e da união. O coronel Rosalino Gimenez, do CGPA, ressaltou que todas as aeronaves e brigadistas disponíveis estão mobilizados para o combate direto e monitoramento das queimadas.

Devido à gravidade da situação, o governo estadual solicitou apoio federal. A União enviou três aeronaves do ICMBio e quatro aeronaves de grande porte do Exército, além de 50 homens da Força Nacional para reforçar o combate aos incêndios. O governo do estado já investiu R$ 50 milhões na estrutura de combate, incluindo a instalação de 13 bases avançadas dos Bombeiros no Pantanal para reduzir o tempo de resposta. As queimadas nos primeiros seis meses de 2024 já superaram os números de 2020, ano recorde de queimadas no bioma, devido à antecipação da temporada de fogo e à seca severa na região.

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