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MP pede até 260 anos de prisão para prefeito de Terenos em esquema de corrupção

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) apresentou denúncia contra o prefeito de Terenos, Henrique Wancura Budke (PSDB), acusado de comandar um esquema de corrupção que teria desviado recursos públicos por meio de licitações fraudulentas. O gestor, preso desde a deflagração da Operação Spotless pelo Gaeco, pode enfrentar

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) apresentou denúncia contra o prefeito de Terenos, Henrique Wancura Budke (PSDB), acusado de comandar um esquema de corrupção que teria desviado recursos públicos por meio de licitações fraudulentas. O gestor, preso desde a deflagração da Operação Spotless pelo Gaeco, pode enfrentar uma pena de até 260 anos de prisão.

Segundo a denúncia, Budke responde por corrupção passiva, organização criminosa, fraude em licitação e lavagem de dinheiro. Os crimes foram denunciados em concurso material, ou seja, as penas podem ser somadas. Ao menos dez episódios de corrupção, dez de corrupção passiva e quatro de lavagem de dinheiro foram atribuídos ao prefeito.

O esquema, descrito em mais de 600 páginas assinadas pelo procurador-geral de Justiça, Romão Ávila Milhan Júnior, detalha como a administração municipal teria se transformado em um “balcão de negócios”. Contratos que ultrapassaram R$ 16,5 milhões entre 2021 e 2025 foram direcionados a empresas ligadas ao grupo, que simulavam concorrência em licitações e repassavam parte dos valores ao prefeito.

Em apenas um caso, referente à reforma da Escola Rosa Idalina Braga Barboza, o prefeito teria recebido R$ 60 mil em propina. O Gaeco identificou repasses diretos de mais de R$ 500 mil a Budke, além de aumento patrimonial suspeito: sua fortuna declarada cresceu 318% entre 2020 e 2024, alcançando R$ 2,4 milhões.

Entre os 25 denunciados estão empresários, servidores municipais e até um policial militar do Batalhão de Choque, acusado de usar empresa em nome da esposa para fraudar uma licitação. A denúncia também pede a condenação de todos os envolvidos, perda dos ganhos ilícitos e indenização coletiva de R$ 10 milhões.

O MPMS destaca que 94% das tomadas de preço realizadas no período foram vencidas por empresas ligadas à organização. Em muitos casos, apenas as companhias do grupo disputavam, com valores previamente combinados.

Além das penas de prisão, o Ministério Público pede a inabilitação de Budke e de outros denunciados para o exercício de cargos públicos.

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