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MP investiga ambulâncias novas paradas enquanto prefeitura mantém aluguel no Samu

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) abriu investigação para apurar por que a Prefeitura de Campo Grande mantém contratos de aluguel de ambulâncias para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mesmo após o recebimento de 12 veículos novos do Ministério da Saúde. Segundo o órgão,

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) abriu investigação para apurar por que a Prefeitura de Campo Grande mantém contratos de aluguel de ambulâncias para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mesmo após o recebimento de 12 veículos novos do Ministério da Saúde. Segundo o órgão, o município gasta cerca de R$ 70 mil por mês com cinco viaturas locadas.

🚑 Ambulâncias paradas e vistoria do MPMS

Conforme a investigação, seis ambulâncias novas — entregues em duas remessas, uma em dezembro de 2024 e outra em abril de 2025 — permanecem sem uso na base do Samu. Durante uma vistoria técnica, o MP constatou que os veículos estão estacionados e fora de operação, mesmo com a prefeitura mantendo o contrato de locação ativo.

O Ministério Público questiona a justificativa apresentada pela prefeitura de que faltam equipes para ativar as novas viaturas. O órgão argumenta que os mesmos profissionais que hoje operam as ambulâncias alugadas poderiam ser realocados para os veículos próprios, o que reduziria despesas públicas e garantiria o uso adequado da frota.

Para o MPMS, a situação contraria os princípios da economicidade e da eficiência na administração pública, além de representar risco de deterioração dos veículos novos, que permanecem parados há meses.

🏛️ Prefeitura alega medida emergencial

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) afirmou que o aluguel das ambulâncias foi uma ação emergencial para evitar desassistência à população enquanto aguardava a chegada das novas unidades do Ministério da Saúde.
Segundo a pasta, metade das viaturas alugadas já foi devolvida, e as novas ambulâncias estão sendo gradualmente integradas ao serviço, à medida que novas equipes são formadas.

A prefeitura explicou que as viaturas doadas destinam-se à ampliação da frota de suporte básico, e não à reposição direta das antigas. “As unidades já estão devidamente documentadas e asseguradas. Elas entrarão em operação assim que as novas equipes forem integradas”, informou a Sesau.

Ainda conforme a secretaria, o Samu enfrentou um colapso operacional em 2021, quando oito ambulâncias doadas anteriormente precisaram ser desativadas por desgaste e falta de peças. A contratação emergencial teria sido a alternativa encontrada para garantir a continuidade dos atendimentos.

⚖️ Próximos passos da investigação

O MPMS deve analisar os contratos de locação, relatórios de manutenção e escalas de trabalho das equipes do Samu. Caso sejam confirmadas irregularidades, o município poderá ser responsabilizado por mau uso de recursos públicos e improbidade administrativa.

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