Diante da comoção gerada pela tragédia no Rio Grande do Sul, uma iniciativa comunitária emergiu como resposta à necessidade urgente de apoio, na Capital. Todos os dias, nas redes sociais, a conversa girava em torno dos resgates e da devastação ocorrida. Diante desse cenário, muitos se perguntavam: como ajudar? Foi a partir desse questionamento que a iniciativa tomou forma.
Residente na região universitária de Campo Grande, o publicitário Pedro Henrique de Souza Martins percebeu que muitas pessoas tinham vontade de doar, porém havia dificuldades de locomoção e decidiu ajudar nesta logística. “Pensei que a maior dificuldade pensando nesse público é a locomoção, então decidi ajudar quem quer ajudar a levar todas as doações para o centro de distribuição”, explica o publicitário.
A estratégia de arrecadação está se mostrando eficaz e o engajamento da comunidade é evidente, com pessoas perguntando sobre o que doar e se ainda há tempo para contribuir. Participando ativamente como voluntário no CTG Tropeiros da Querência, o responsável pela iniciativa consegue informações precisas, além daquelas divulgadas nos canais tradicionais. Atualmente, já foram destinados ao Rio Grande do Sul 32 caminhões de doações, saindo diretamente do CTG.
Pedro também participa de um grupo de amigos que estão se organizando pela cidade, comunicando-se para agilizar a coleta e distribuição das doações. Os pontos de doação estão centralizados no CTG, localizado em Vilas Boas, mas as doações também estão sendo coletadas diretamente nas casas das pessoas, sem restrições de horário.
Todos são incentivados a participar, seja contribuindo com doações ou atuando como voluntário. A logística de transporte para o Rio Grande do Sul está sendo organizada pelo CTG, direcionando os recursos conforme a necessidade de cada região afetada.
De acordo com Pedro, a recepção de doações continuará enquanto houver demanda. No momento, o foco está em arrecadar itens essenciais, como roupas de frio, cobertores, alimentos e produtos de higiene. “Sabemos que depois que essa crise passar, vamos precisar ajudar para recuperar o lar e a vida dessas pessoas, então a ajuda não pode parar em hipótese alguma”, pontua o publicitário.
Pedro ressalta a importância da ajuda, seja qual for. “Não importa a forma que você acha certo ajudar, apenas ajude! Precisamos ser mais solidários e empáticos com toda essa situação. Agora não podemos ser separados por classes, cor, religião e afins precisamos ser um só em prol de um único objetivo que é ajudar o Rio Grande do Sul”, reafirma Pedro.