A Meta anunciou o fim do sistema de checagem de fatos em suas plataformas, gerando preocupações sobre o aumento da desinformação e a vulnerabilidade dos usuários. Especialistas em tecnologia alertam que a decisão pode comprometer ainda mais o debate público e tornar as redes sociais um ambiente de conflitos e inverdades.
João Brant, secretário de Políticas Digitais do governo federal, afirmou que a declaração de Mark Zuckerberg, que acusou tribunais da América Latina de falta de transparência, reforça uma aliança da empresa com interesses contrários a regulações em países como o Brasil. Para ele, as medidas anunciadas mostram resistência da Meta à soberania dos países sobre o ambiente digital.
O Supremo Tribunal Federal (STF) tem debatido a responsabilização das redes sociais em casos de conteúdos falsos ou ofensivos, com votos preliminares defendendo maior controle das plataformas. O julgamento deve ser retomado em 2025.
Especialistas ressaltam que a ausência de checagem nas plataformas da Meta pode agravar a disseminação de fake news. Pedro Dória, jornalista especializado em tecnologia, destacou que a decisão da empresa pode transformar as redes sociais em espaços mais polarizados e menos confiáveis, impactando diretamente a democracia.