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Março pode ter a semana mais quente da história, segundo especialistas

A semana que começou neste domingo (2 de março) tem o potencial de se tornar uma das mais quentes já registradas para o mês de março no Brasil, conforme análise da MetSul Meteorologia. Uma intensa onda de calor, que já afeta boa parte do país, deve se intensificar nos próximos

A semana que começou neste domingo (2 de março) tem o potencial de se tornar uma das mais quentes já registradas para o mês de março no Brasil, conforme análise da MetSul Meteorologia. Uma intensa onda de calor, que já afeta boa parte do país, deve se intensificar nos próximos dias, com termômetros registrando acima de 40ºC diariamente em diversas regiões.

No Rio Grande do Sul, por exemplo, as temperaturas durante as tardes devem superar em 5 a 10ºC os valores históricos do mês, que costumam variar entre 28ºC e 30ºC. “Uma semana inteira com máximas próximas ou superiores a 40ºC no Rio Grande do Sul é algo extremamente incomum para março,” destacou a MetSul em comunicado. Esse cenário atípico contrasta com os padrões mais frequentes de calor registrados em janeiro e fevereiro.

Especialistas atribuem esse fenômeno a uma “bolha de calor” instalada nas latitudes médias da América do Sul, gerando desvios significativos na temperatura média, especialmente entre Argentina, Uruguai e o RS. A Climatempo aponta que, neste início de março, um bloqueio atmosférico está impondo uma nova onda de calor, que deverá se manter até pelo menos quarta-feira (5 de março). Estados vizinhos, como Santa Catarina e Paraná, também devem enfrentar altas temperaturas, com máximas acima de 35ºC em diversas localidades.

No Sudeste, o calor persiste, mas as temperaturas não devem ser tão extremas. Em São Paulo, por exemplo, a capital deve registrar máximas entre 29ºC e 32ºC, enquanto o interior alcançará entre 35ºC e 38ºC. O mesmo padrão se repete no Rio de Janeiro, onde a escassez de chuvas mantém a situação de calor por períodos prolongados.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um aviso laranja para áreas de Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, alertando que os termômetros podem ficar até 5ºC acima da média, o que representa riscos à saúde, especialmente se o calor persistir por três a cinco dias consecutivos. Conforme definido pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma onda de calor ocorre quando as temperaturas máximas diárias superam a média mensal em 5ºC ou mais, por pelo menos cinco dias seguidos em uma área extensa.

Esta é a terceira onda de calor que o país enfrenta desde o início de 2025, com episódios anteriores ocorridos entre 17 e 23 de janeiro e de 2 a 12 de fevereiro, ambos no Rio Grande do Sul. Embora tenha havido previsões de uma nova onda para a segunda quinzena de março no Sudeste, o Inmet descartou essa possibilidade, apontando que o bloqueio atmosférico só deve se romper após o dia 10 de março, permitindo que áreas de baixa pressão se formem e tragam instabilidade climática para o interior do Brasil.

Outro fator relevante é o enfraquecimento gradual do fenômeno La Niña, evidenciado pelo aquecimento na porção equatorial do Pacífico próximo ao litoral do Peru. Esse aquecimento sugere uma mudança no padrão climático global, que poderá atenuar, a médio prazo, as condições extremas observadas até agora.

Em síntese, março está se mostrando um mês atípico e desafiador para o clima no Brasil, principalmente para o Rio Grande do Sul, onde os registros podem ultrapassar os limites históricos para o período. Essa situação reforça a necessidade de medidas preventivas por parte das autoridades e de atenção redobrada da população para os riscos de saúde associados a temperaturas tão elevadas.

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