O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou oficialmente, nesta quinta-feira (5), a maior fábrica de celulose em linha única do mundo, localizada em Ribas do Rio Pardo, Mato Grosso do Sul. A planta, que começou a operar em julho, teve um investimento de R$ 22,2 bilhões e tem capacidade para produzir 2,55 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano. O evento simbolizou uma nova era para o município, que passou de um modelo econômico baseado na pecuária para se tornar um dos polos industriais mais modernos do Brasil.
A fábrica, da empresa Suzano, é considerada um marco de industrialização sustentável. Durante a cerimônia, o presidente do Conselho de Administração da Suzano, David Feffer, destacou a importância do projeto, que já empregou mais de 45 mil pessoas desde sua construção e atualmente mantém cerca de 3 mil trabalhadores. A obra foi descrita como uma revolução para a economia local, trazendo desenvolvimento socioeconômico e ambiental com práticas de bioeconomia e sustentabilidade.
Ribas do Rio Pardo, que antes dependia da pecuária, vivenciou uma rápida transformação com a chegada da fábrica. A valorização imobiliária, o crescimento populacional e as mudanças na matriz econômica foram alguns dos reflexos sentidos pela cidade. Este movimento teve início com a expansão do plantio de eucalipto, iniciado na década de 70, mas consolidado apenas nas últimas décadas com a retomada do setor florestal e industrial.
Durante o evento, histórias de superação também ganharam destaque. Paloma da Silva, a primeira mulher contratada para a equipe industrial da fábrica, relatou a importância de inclusão e diversidade no mercado de trabalho. Ela e outras mulheres têm representado uma nova realidade dentro de uma indústria historicamente dominada por homens, reforçando o impacto social positivo do projeto.
Com o investimento bilionário, a planta de Ribas do Rio Pardo reforça a posição de Mato Grosso do Sul como um dos principais exportadores de celulose do mundo. Além de gerar empregos e renda, a fábrica simboliza o avanço em direção a uma economia sustentável e moderna, conectando o estado ao mercado global.
Foto: Rafaela Moreira