O vereador de Campo Grande, Landmark Rios (PT), confirmou que estará em Brasília na próxima terça-feira (6) para participar de reuniões com ministros e autoridades federais, levando pautas urgentes sobre a retomada da reforma agrária em Mato Grosso do Sul.
A articulação ocorre após encontros realizados no feriado de 1º de maio, Dia do Trabalhador, na sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Campo Grande. Pela manhã, Landmark participou da Plenária Final da Frente Agrária, com representantes do MST, UGT, Liga dos Camponeses, MPL e órgãos federais como o Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Ministério do Desenvolvimento Social.
“Nosso mandato é do lado do povo do campo. Vamos a Brasília levar a pauta da terra, da dignidade e da justiça social. Reforma agrária é uma dívida histórica que o Brasil precisa começar a pagar”, afirmou o parlamentar.
Durante o encontro, os movimentos entregaram um documento formal ao governo federal cobrando ações imediatas para destravar a política de reforma agrária prometida ainda durante a campanha do presidente Lula. Como gesto de confiança, os manifestantes decidiram desocupar a sede do Incra.
Próximas reuniões com ministros
Ao final do dia, uma reunião técnica foi realizada no gabinete do superintendente do Incra-MS, Paulo Roberto da Silva, com a presença da superintendente do MDA no Estado, Marina Nunes, da assessora da DEMCA/MD, Claudia Dadico, do assessor do ministro Paulo Teixeira (MDA), Alexandre da Conceição, além de lideranças do MPL.
Na ocasião, ficou confirmada uma audiência no dia 6 de maio com o ministro Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência da República), que contará com a presença de Landmark, do deputado federal Vander Loubet, da deputada Camila Jara e de lideranças sociais. Uma nova rodada de diálogos está agendada para o dia 19 de maio com o ministro Paulo Teixeira (MDA).
Há ainda a expectativa de envolvimento dos ministros Simone Tebet (Planejamento) e Fernando Haddad (Fazenda) para garantir orçamento às ações de assentamento e desenvolvimento no campo.
Cobrança por ações concretas
Landmark afirmou que a ocupação do Incra foi um ato legítimo de resistência e destacou a urgência da pauta. “Campo Grande e o interior do Estado têm milhares de famílias esperando por um pedaço de terra para produzir. Vamos lutar por uma reforma agrária que não fique só no discurso, mas que chegue com ação, com orçamento e com dignidade no campo”, declarou.