O projeto “Horta da Esperança”, em Campo Grande, oferece aos detentos uma nova oportunidade de ressocialização através do cultivo de alimentos. Realizado no Centro Penal Agroindustrial da Gameleira (CPAIG), o projeto nasceu de uma parceria entre o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, a Agepen/MS e o Senar/MS. Desde o início, o programa já produziu mais de sete toneladas de verduras, frutas e legumes, que são distribuídos para escolas estaduais na capital.
Além disso, com o apoio técnico do Senar/MS, os detentos aprendem as melhores práticas de cultivo. A assistência é contínua e inclui o uso de tecnologias, como fertirrigação e cultivo protegido. De acordo com o técnico Wellington Valadão, que acompanha o projeto desde o início, a assistência técnica é fundamental para garantir o sucesso da horta e melhorar a qualidade da produção. Ainda segundo Adiel Rodrigues, diretor do CPAIG, a iniciativa transformou o ambiente da penitenciária e os resultados são visíveis tanto na produção quanto na vida dos internos.
A cada ano de trabalho, os detentos podem reduzir 105 dias de sua pena. Além disso, eles recebem um salário-mínimo, que pode ser utilizado para ajudar suas famílias ou investir em estudos. Adiel destaca que o projeto não apenas ensina a cultivar a terra, mas também a esperança de um novo começo para os internos.
Quando a colheita é feita, os alimentos são entregues às escolas parceiras, como a Escola Estadual Sílvio Oliveira dos Santos. Leandro Pedrini, diretor da escola, ressalta que os alimentos têm impacto direto na saúde dos alunos. “Muitos deles não teriam acesso a uma alimentação tão saudável em casa”, afirma. A iniciativa, portanto, tem beneficiado diretamente muitas famílias, promovendo tanto saúde quanto educação.