Sete famílias francesas acionaram o TikTok na justiça, nesta segunda-feira (4), acusando a rede social de expor seus filhos a conteúdos que incentivam suicídio, automutilação e distúrbios alimentares. O processo foi registrado no tribunal de Créteil, em Paris, e representa o primeiro caso do tipo na Europa. Os pais criaram o coletivo Algos Victima para defender seus filhos, todos adolescentes, e argumentam que o algoritmo do TikTok coloca os jovens em risco.
A advogada Laure Boutron-Marmion, que representa as famílias, destacou que o objetivo é responsabilizar a plataforma pelo impacto na saúde física e mental dos jovens. Entre os casos, duas adolescentes tiraram a própria vida aos 15 anos, quatro tentaram suicídio, e uma desenvolveu anorexia. Os pais pedem que o TikTok seja mais rigoroso na moderação desses conteúdos.
Com mais de 1,2 bilhão de usuários no mundo, o TikTok afirma promover um ambiente seguro, mas os pais alegam que, após buscarem temas sobre autoimagem, os adolescentes foram expostos a vídeos negativos e violentos. Uma mãe relatou que sua filha, ao buscar apoio na plataforma, foi bombardeada com conteúdo depressivo e de automutilação.
As famílias também criticam o TikTok por não alertar sobre o caráter viciante do aplicativo e não adotar mecanismos eficazes de moderação. Segundo elas, a falta de controle no algoritmo levou à deterioração da saúde mental dos jovens, que acabaram vítimas de conteúdos prejudiciais.