Chegou uma das épocas mais esperadas pelos campo-grandenses: a florada dos ipês. Com centenas de árvores desta espécie espalhadas pela ‘Cidade Árvore do Mundo’, basta desacelerar e contemplar esse espetáculo da natureza.
A florada dos ipês sempre acontece no início de junho e anuncia que as flores devem mudar de cores nas próximas semanas. A engenheira sanitarista ambiental, Andreliz Souza, explica que, normalmente, há uma sequência, que pode mudar de acordo com as condições climáticas. No ano passado, por exemplo, os rosas chegaram em julho.
“Primeiro vem o Ipê roxo, depois rosa, o amarelo e o branco. O tempo que determina as flores, são também conforme a quantidade das pétalas, nas flores. Apesar de toda semelhante há diferença”, destaca.
Apesar os ipês roxo e rosa serem os primeiros a florescer, existe a possibilidade de todas surgirem na mesma época, mas sempre entre o outono e inverno, período com pouca chuva no Centro-Oeste.
Desta vez o rosa chegou mais cedo, mas as flores caem muito rapidamente no caso deles, em dez dias. Por isso os tapetes pelos canteiros e calçadas. São 1,3 mil flores em média em cada ipê.
Em setembro, vem o ipê amarelo que traz para a gente o aviso do início da primavera. E, para finalizar, entre setembro e outubro, o ipê branco, que é o mais raro.
Na avenida ministro João Arinos há uma sequência de ipês floridos. São cerca de sete dias até que as flores comecem a cair. “Com as mudanças climáticas, está sendo cada mais difícil permanecer uma data específica para cada florescer”, acrescentou.
A florada dos ipês varia conforme a pouca concentração de água na atmosfera. As floradas vão de junho a outubro.
No caso do ipê amarelo, o período pode se estender por até 10 dias e tem duas edições, uma após a florada do ipê roxo, aproximadamente em julho, e outra em setembro, quando se anuncia a chegada da temporada das chuvas. Ao fim desse período as árvores produzem frutos secos, do tipo cápsula, que quando maduras liberam sementes com alas a longas distâncias.
A curiosidade é que o nome ipê é de origem tupi, significando “casca dura”, e também conhecido como pau d’arco, por se tratar de uma árvore que, durante muitos anos, foi utilizada por indígenas para fazer arcos e flechas.