Neste 11 de setembro, o Dia do Cerrado reforça a importância da preservação de um dos biomas mais ricos e ameaçados do Brasil. Em 2024, o Cerrado enfrenta um aumento preocupante no número de queimadas, com 2.400 focos registrados apenas nesta semana. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o bioma é o segundo mais afetado por incêndios no país, ficando atrás apenas da Amazônia.
As condições climáticas adversas, como o fenômeno El Niño, altas temperaturas e baixa umidade, têm contribuído para o agravamento dos incêndios. Esse cenário de seca extrema e calor intenso deixa o Cerrado ainda mais vulnerável. O aumento dos focos de incêndio ameaça a fauna e a flora locais, que abrigam uma grande diversidade de espécies de aves, mamíferos, anfíbios e répteis.
O Cerrado é fundamental para o equilíbrio ambiental do Brasil, cobrindo cerca de um quarto do território nacional. Ele abriga nascentes de oito bacias hidrográficas importantes, que são essenciais para o abastecimento de água de milhões de brasileiros. Por isso, o avanço das queimadas traz riscos tanto para a biodiversidade quanto para a segurança hídrica do país.
Diante desse cenário, especialistas pedem políticas públicas mais eficazes e um aumento na fiscalização para controlar os incêndios e proteger o bioma. A criação de novas medidas, como a Autoridade Climática Nacional, está em discussão, mas ambientalistas reforçam a importância de fortalecer os órgãos já existentes, como o Ibama, para uma resposta mais rápida e eficiente ao problema.