Paralisada há mais de uma década, a reforma agrária em Mato Grosso do Sul enfrenta desafios para atender 11.601 famílias espalhadas por 82 acampamentos. O Incra projeta a entrega de novos lotes no primeiro semestre de 2025, com o primeiro assentamento previsto em Cassilândia, abrangendo 730 hectares e capacidade para abrigar 80 famílias.
Além disso, está prevista a ampliação do assentamento Esperança, em Anaurilândia, que contará com 2 mil hectares para atender 130 famílias. Segundo Paulo Roberto da Silva, superintendente do Incra no Estado, as áreas disponíveis incluem terras devolutas da União e propriedades retomadas pelo Banco do Brasil, totalizando um potencial de 30 mil hectares para distribuição.
Os critérios para acesso às terras incluem renda máxima de três salários mínimos e a ausência de vínculo com o serviço público. Em fevereiro, 300 títulos de lotes devem ser entregues no assentamento Itamarati, em Ponta Porã. Enquanto isso, movimentos como o MST e a Liga Camponesa Urbana continuam organizando acampamentos e cultivando alimentos para subsistência.
Foto: Antonio Bispo