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Declínio de 95% da vida selvagem na América Latina evidencia crise ambiental global

A organização alerta que essa queda catastrófica está diretamente ligada à ação humana, como a destruição de habitats e a exploração desenfreada dos recursos naturais.

Um relatório da WWF, divulgado nesta quinta-feira (10), revela que a América Latina e o Caribe perderam 95% de suas populações de vida selvagem nos últimos 50 anos. A organização alerta que essa queda catastrófica está diretamente ligada à ação humana, como a destruição de habitats e a exploração desenfreada dos recursos naturais. Segundo o relatório, os próximos cinco anos serão cruciais para determinar o futuro da biodiversidade na Terra.

O estudo mostra que o impacto vai além da América Latina. No cenário global, a perda média das populações de vida selvagem foi de 73%, com ecossistemas de água doce sofrendo uma redução de 85%. A Amazônia, considerada um dos ecossistemas mais importantes, está próxima de um ponto crítico de inflexão, que pode resultar em colapso ambiental e acelerar o aquecimento global. Espécies como o boto cor-de-rosa e os elefantes africanos estão entre os mais afetados.

Além da Amazônia, a degradação ambiental na Antártida também preocupa. A pesca excessiva de krill, combinado com o derretimento das calotas polares, tem causado a diminuição das colônias de pinguins, o que coloca ainda mais em risco o equilíbrio desse frágil ecossistema. A caça ilegal na África também continua a ameaçar as populações de elefantes, especialmente no Gabão e em Camarões.

A WWF destaca que a perda de biodiversidade não afeta apenas o meio ambiente, mas também os seres humanos. O declínio dos ecossistemas prejudica o fornecimento de serviços essenciais, como ar limpo e água potável. A organização pede ações imediatas e coletivas para frear essa destruição e evitar consequências irreversíveis para o planeta e para a humanidade.

Matéria: Bruna Querino

Foto: Alessandro Vieira/Secretaria do Desenvolvimento Sustentável do Paraná

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