Na comparação de outubro, Campo Grande teve a maior alta percentual no valor da cesta básica entre 17 capitais analisadas, conforme o Dieese. O aumento foi de 5,10%, colocando a cidade em quinto lugar no ranking de preços mais altos. Em doze meses, o custo subiu 9,97%, destacando-se entre as capitais com maiores variações.
A média nacional para compra de uma cesta básica em outubro foi de 105 horas e 14 minutos de trabalho. Em Campo Grande, esse número é ainda maior: 117 horas, devido ao aumento no preço de produtos como tomate (17,21%), carne bovina (8,62%) e café (4,65%). O campo-grandense precisou dedicar mais horas que a média nacional para suprir as necessidades básicas alimentares.
O Dieese calcula que o salário mínimo ideal para cobrir as despesas essenciais deveria ser de R$ 6.769,87, quase cinco vezes o valor vigente de R$ 1.412,00. Em comparação ao mínimo necessário há um ano, o poder de compra deteriorou-se, evidenciando o impacto da inflação sobre os alimentos e o custo de vida.