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Sarampo na Fronteira: Brasil envia vacinas à Bolívia e aciona alerta em MS

Com 119 casos confirmados de sarampo, a Bolívia decretou emergência nacional e acendeu o alerta em estados brasileiros que fazem fronteira, como Mato Grosso do Sul. Em resposta ao avanço da doença, o Brasil doou 600 mil doses da vacina ao país vizinho e reforçou a imunização em cidades fronteiriças. Em Corumbá (MS), onde a maioria das escolas públicas atende alunos bolivianos, a vacinação foi intensificada e passou a ser feita inclusive dentro das salas de aula. No total, mais de 12 mil doses foram distribuídas em Corumbá e Ladário para ampliar a cobertura vacinal. A Secretaria Estadual de Saúde de MS informou que nenhum caso de sarampo foi registrado até o momento no estado. Ainda assim, o reforço segue como estratégia de proteção, já que estados como Mato Grosso, Acre, Paraná e Rio Grande do Sul já emitiram alertas sobre a doença. 📌 Esquema de vacinação: O Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação, especialmente entre jovens e adultos, principais vetores da transmissão. Gestantes não devem tomar a vacina, pois ela contém vírus vivos atenuados.

Dólar sobe para R$ 5,58 com agravamento de tensões com EUA

Em um dia de tensões no Brasil e no exterior, o dólar aproximou-se de R$ 5,60 e fechou no valor mais alto em mais de um mês. A bolsa de valores caiu pela sexta vez seguida e alcançou o menor patamar em 35 dias. O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (14) vendido a R$ 5,584, com alta de R$ 0,036 (+0,65%). A cotação chegou a operar próxima da estabilidade durante a manhã, mas disparou após a abertura dos mercados norte-americanos. Na máxima do dia, por volta das 16h45, chegou a R$ 5,59. A moeda norte-americana está no nível mais alto desde 5 de junho. A divisa acumula alta de 2,76% em julho, mas cai 9,67% em 2025. O mercado de ações também teve um dia turbulento. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 135.299 pontos, com queda de 0,65%. O indicador está no menor patamar desde 9 de junho. Tanto fatores domésticos como internacionais contribuíram para a instabilidade no mercado financeiro. No Brasil, os investidores estão na expectativa para a audiência de conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF) que discutirá a validade do decreto que elevou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), prevista para esta terça-feira (15). No entanto, o fator que dominou o mercado financeiro global foi a escalada das ameaças do governo de Donald Trump em elevar as tarifas comerciais. No fim de semana, o presidente norte-americano anunciou a elevação para 30% das tarifas para produtos da União Europeia e do México a partir de 1º de agosto. Nesta segunda, Trump anunciou a intenção de aplicar tarifa de 50% sobre os produtos da Rússia, se o país não interromper os ataques à Ucrânia pelos próximos 50 dias. O dólar chegou ao maior valor em três semanas perante moedas de economias avançadas. Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil Foto:

Exportações brasileiras para os EUA caíram pela metade desde 2001

Ao longo dos anos, os Estados Unidos perderam relevância na pauta de comércio do Brasil. De 2001 a 2024, a participação americana no total de exportações brasileiras regrediu de 24,4% para 12,2%, ou seja, caiu praticamente à metade. Os números que mostram esse comportamento fazem parte do Indicador de Comércio Exterior (Icomex), estudo mensal do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado nesta segunda-feira (14). Enquanto a participação americana nas nossas exportações caiu 51%, a da China, atualmente o principal parceiro comercial do Brasil, aumentou mais de oito vezes, indo de 3,3% para 28% no período de 2001 a 2024. A União Europeia com menos 44% e a América do Sul, menos 31%, também perderam espaço para o gigante asiático no intervalo de 23 anos. Mesmo com esses dois grupos de países perdendo participação, ainda ficam na frente dos Estados Unidos. Participação nas exportações brasileiras: O Ibre FGV elaborou o ranking com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). O Icomex faz análises sobre comércio exterior, como o comportamento da balança comercial, a diferença entre exportação e importação, e provê atenção especial nesta edição ao tarifaço prometido pelo presidente americano Donald Trump, que anunciou taxação de 50% de produtos brasileiros que entram nos Estados Unidos a partir de 1º de agosto. O levantamento aponta também a perda de relevância americana nas nossas importações. Em 2001, vinham dos Estados Unidos 22,7% do que o Brasil comprava de outros países. Em 2024, esse patamar foi reduzido a 15,5%. Essa diferença significa recuo de 32%. No mesmo período, a participação chinesa saltou mais de dez vezes, indo de 2,3% para 24,2%. A União Europeia viu a participação nas nossas importações cair 31% e a América do Sul, recuar 45%. Participação nas importações brasileiras: Exportações diversificadas O estudo aponta que as exportações para os americanos têm um perfil diversificado. Para efeito de comparação, quando se trata de China, apenas três produtos respondem por 96% do que o Brasil vende: petróleo, soja e minério de ferro. Já no caso dos Estados Unidos, 10 produtos representam 57% das exportações brasileiras. Participação dos principais produtos da pauta de exportação para os EUA: O Ibre/FGV aponta também que conjuntos de produtos siderúrgicos, aeronaves, sucos vegetais e escavadeiras seriam os mais atingidos pela ação americana, pois dependem bastante da maior economia do mundo: Busca por mercados A pesquisadora associada do Ibre/FGV Lia Valls, consultora do Icomex, avalia que alguns produtos brasileiros, como carnes e sucos, podem prospectar nossos destinos.  “Essa parte das commodities [produtos primários comercializados em grandes quantidades] pode ser que consiga”, acredita. No entanto, ela avalia que não é simples buscar novos países compradores de produtos que ficarão inviáveis para entrar nos Estados Unidos com o aumento de preço.“O país não consegue, em um prazo curto, desviar as exportações. Tem alguns tipos de produtos, principalmente da indústria de manufatura, muitos deles que são fabricados pelas multinacionais americanas, em que talvez já não seja tão simples colocar em outros mercados. Além do que, tem uma concorrência muito grande com a própria China”, explica. Trump O boletim da FGV lembra que o presidente americano já recuou algumas vezes sobre o tarifaço. O estudo mostra que no dia 2 de abril deste ano, que ficou conhecido como Liberation Day (Dia da Liberação), Trump ameaçou países parceiros com taxação. À época, a tarifa brasileira seria de 10%. Foi desencadeada uma guerra tarifária contra a China, na qual as tarifas chegariam a 145%. Após promessas mútuas de retaliação, os dois países chegaram a um acordo, reduzindo a 30%.Nos últimos meses, alguns países anunciaram acordos com os americanos, mas o Brasil foi surpreendido na semana passada com a taxa de 50%.  A FGV destaca que, diferentemente da ameaça de abril, quando o motivo para taxar itens brasileiros era puramente comercial, a intenção atual envolve questões políticas, incluindo processo no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe e decisão recente contra gigantes de tecnologia, as big techs. “Foi a única [carta] que explicitou motivações políticas, o que limita a margem de negociação do governo brasileiro por tratar de questões que são da alçada exclusiva do Estado brasileiro”, diz trecho do estudo. Apesar de a carta de Trump apontar déficit comercial – comprar mais do que vende – dos Estados Unidos no comércio com o Brasil, a FGV reforça o inverso, o Brasil não registra superávit com os Estados Unidos desde 2009. “No primeiro semestre de 2025, a balança bilateral Brasil-Estados Unidos foi de menos US$ 1,7 bilhão”, ou seja, nós compramos deles mais do que eles compraram do Brasil. O estudo avalia que há chance de o governo americano voltar atrás na taxação, seja pelo histórico de decisões de Trump, seja por pressão de empresas americanas também prejudicadas. “No momento, é esperar que negociações sejam possíveis, que Trump siga o comportamento Trump Always Chickens Out (Taco), que em tradução livre significa Trump amarela ou volta atrás”, escreve o Ibre. “Além disso, parte das exportações brasileiras para os Estados Unidos são de empresas multinacionais estadunidenses, que poderão pressionar o governo Trump, da mesma forma que empresas nos Estados Unidos que utilizam os bens intermediários [serão transformados em produtos finais] do Brasil na sua produção”, completa. Reações O governo brasileiro tem buscado caminhos para reverter a taxação americana. Além de negociação, o Brasil sinaliza com a Lei da Reciprocidade Econômica, que encareceria as importações dos Estados Unidos. Fora do governo, o próprio STF se manifestou, por meio de carta assinada pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso. O magistrado afirma que não há perseguição política no país, e que Trump teve como fundamento uma “compreensão imprecisa dos fatos”.

Camila Jara pede investigação de Bolsonaro e Eduardo por risco à soberania nacional

A deputada federal Camila Jara (PT/MS), junto com os demais deputados federeais Dorinaldo Malafaia (PDT/AP), Duarte Jr (PSB/MA) e Duda Salabert (PDT/MG), protocolou uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro. O grupo acusa os dois de atentarem contra a soberania nacional ao atuarem em articulações que resultaram na imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos, sob decisão do ex-presidente Donald Trump. A denúncia é embasada tanto no Código Penal Militar quanto no Código Penal Comum, apontando possíveis crimes como provocação a país estrangeiro, entendimento para gerar conflito internacional e tentativa de submeter o Brasil à influência externa. Os parlamentares afirmam que as ações configuram ameaça grave às instituições brasileiras e não podem ser toleradas. Segundo Camila Jara, “é inadmissível que pessoas usufruam do estado para prejudicar o Brasil, especialmente políticos que se diziam patriotas. A tarifa de 50% imposta por Donald Trump é uma tentativa explícita de interferência em nosso país, uma afronta ao Judiciário e ao povo brasileiro. Nossa economia, as exportações e o poder de compra das famílias serão diretamente impactados por esse capricho político dos bolsonaristas”. Além da ação na PGR, os parlamentares enviaram também um ofício ao Ministério das Relações Exteriores, cobrando uma resposta diplomática à investida dos Estados Unidos — motivada, segundo eles, por pressões de brasileiros no exterior ligados ao bolsonarismo. O próprio Eduardo Bolsonaro admitiu, em declarações públicas, que se mudou para os EUA com o objetivo de buscar sanções contra ministros do STF, o que já está sob investigação no Supremo, no âmbito do Inquérito 4995. A ofensiva internacional ganhou força após a carta enviada por Donald Trump ao presidente Lula, oficializando a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e exigindo o fim dos processos contra Jair Bolsonaro. Para Camila, trata-se de um movimento perigoso para o país. “Bolsonaro, que se autoproclamava defensor da pátria, age de forma oposta: em vez de proteger os interesses nacionais, está sacrificando o agronegócio e outros setores estratégicos para atender aos seus próprios interesses egoístas”.

Após dedetização, Casa da Mulher Brasileira reabriu no último domingo em Campo Grande

A Casa da Mulher Brasileira, em Campo Grande (MS), reabriu ao público no último domingo (13), após ser fechada para dedetização preventiva no sábado (12). De acordo com a Secretaria Executiva da Mulher (Semu), a paralisação dos atendimentos foi planejada para o fim de semana, com o objetivo de minimizar os impactos aos usuários. Durante o período de fechamento, um servidor permaneceu na unidade para orientar quem buscasse apoio. Os atendimentos de emergência foram direcionados à Depac Centro, na Rua Padre João Crippa, que funciona 24 horas. A Casa da Mulher Brasileira é referência no acolhimento a mulheres em situação de violência e conta com serviços integrados como Delegacia Especializada, Defensoria Pública, Ministério Público, apoio psicológico e assistência social.

Imasul leva apoio e cidadania às margens do rio Paraguai em ação do ‘Povo das Águas’ no Alto Pantanal

Em uma jornada de cuidados com a população pantaneira, o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) integrou, mais uma vez, a comitiva da 4ª edição da ação itinerante ‘Povo das Águas’, realizada entre os dias 5 e 11, em Corumbá. A iniciativa, organizada pela prefeitura do município, levou atendimento essencial a comunidades ribeirinhas isoladas no Alto Pantanal, levando dignidade e presença do Estado até onde o acesso é difícil muitas vezes chegar. Por meio de barcos e muito empenho, a ação percorreu localidades como Domingos Ramos, Castelo, Paraguai-Mirim, Bonfim, Chané, Amolar, Barra do São Lourenço, Rio São Lourenço, Porto Formigueiro, Porto da Manga, Porto Esperança e Forte Coimbra — comunidades onde o acesso é limitado, mas onde o compromisso com a cidadania falou mais alto. O Imasul levou um atendimento especializado aos pescadores da região, com foco na legalização da atividade pesqueira, principal fonte de sustento de muitas famílias pantaneiras. Desde 2024, o Instituto é parceiro dessa ação, oferecendo orientações e promovendo a regularização ambiental com a emissão das Autorizações Ambientais para Pesca Comercial (AAPCs). “Estar presente nessas comunidades é mais do que uma ação técnica. É um ato de respeito, de escuta e de valorização das pessoas que vivem do Pantanal e pelo Pantanal. O Imasul cumpre seu papel de promover o desenvolvimento sustentável, mas também de garantir que esses trabalhadores tenham acesso a seus direitos”, destaca Mariana Maciera, representante do Instituto na ação. Nesta edição, 137 pessoas foram atendidas em atividades voltadas à pesca comercial e amadora. Foram formalizados 40 processos de AAPC, além de diversos atendimentos com orientações sobre normas e legislação pesqueira vigente. Os pescadores com documentação adequada foram cadastrados no Sistema de Registros e Informações Estratégicas do Meio Ambiente (SIRIEMA), o que garante segurança jurídica e acesso a políticas públicas futuras. “O que posso dizer é que muitos pescadores das comunidades ribeirinhas estão sendo beneficiados ao regularizarem sua atividade como profissionais. Isso não só garante direitos e benefícios para eles, como também mostra que é possível trabalhar dentro da legalidade, respeitando as normas ambientais”, explicou a técnica da área de pesca do Imasul, Fânia Campos. A participação do Imasul na ação ‘Povo das Águas’ reafirma o compromisso com a inclusão social e a preservação ambiental. Em meio à imensidão do Pantanal, cada orientação, cada atendimento e cada documento emitido são passos concretos para uma convivência mais harmônica entre homem e meio ambiente. Gustavo Escobar, Comunicação Imasul

Lula diz que Brics seguirá discutindo alternativas ao dólar

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, na noite desta quinta-feira (10), que o Brics, fórum que reúne grandes países do chamado Sul Global, seguirá discutindo mecanismos mais autônomos para impulsionar as relações comerciais. As declarações de Lula, concedidas em duas entrevistas a canais de televisão, ocorre em meio à escalada de tensões com os Estados Unidos, desde que o presidente Donald Trump anunciou tarifa comercial de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados.     “O Brics é um fórum que ocupa metade da população mundial e quase 30% do PIB mundial. E 10 países do Brics participam do G20 [incluindo o Brasil], onde o senhor Trump participa [pelos EUA]”, destacou o presidente em entrevista exibida pelo Jornal Nacional, da TV Globo. “Nós cansamos de ser subordinados ao Norte. Queremos ter independência nas nossas políticas, queremos fazer comércio mais livre e as coisas estão acontecendo de forma maravilhosa. Nós estamos discutindo, inclusive, a possibilidade de ter uma moeda própria, ou quem sabe com as moedas de cada país a gente fazer comércio sem precisar usar o dólar”, acrescentou Lula. Discussão civilizada Em outra entrevista, exibida pelo Jornal da Record, da Record TV, Lula também reforçou que a ação de Trump contra o Brasil mostra a insatisfação dele com o protagonismo mundial do Brics. “Eu não sou obrigado a comprar dólar para fazer relação comercial com a Venezuela, com a Bolívia, com o Chile, com a Suécia, com a União Europeia, com a China. A gente pode fazer nas nossas moedas. Por que eu sou obrigado a ficar lastreado pelo dólar, que eu não controlo? Quem tem uma máquina de produzir dólar são os EUA, não nós”, criticou. O presidente enfatizou que qualquer discordância deveria ser discutida em uma mesa de negociação, e não com ataques comerciais e à soberania dos países. “Se ele [Trump] tivesse divergência, o correto seria numa reunião do G20 ele levantar o problema, vamos fazer uma discussão civilizada, nos convença, vamos discutir. O que ele não pode é agir como se fosse dono dos outros”. Ao Jornal Nacional, Lula explicou que, no momento, não pretende ligar para Trump, mas que vai sair em defesa do setor produtivo brasileiro com a abertura de novos mercados. O presidente observou que o tom de abordagem do norte-americano é desrespeitoso e que não aceitará esse tipo de comportamento. “Ele, por exemplo, poderia ter ligado para o Brasil para dizer a medida que ele vai tomar. Ele não mandou nenhuma carta, nós não recebemos carta. Ele publicou no site dele, numa total falta de respeito, que é um comportamento dele com todo mundo. E eu não sou obrigado a aceitar esse comportamento desrespeitoso entre relações de chefe de Estado, de relações humanas”. Manutenção do  IOF Ainda na entrevista para a TV Record, Lula anunciou que vai insistir no aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Segundo o presidente, se o governo tiver de cortar R$ 10 bilhões em despesas, como está sendo projetado, o corte também vai afetar as emendas parlamentares. “O deputado sabe que, se eu tiver que cortar R$ 10 bilhões, eu vou cortar das emendas dele também. Como eles sabem e eu sei, é importante a gente chegar num ponto de acordo. Eu posso antecipar para você: eu vou manter o IOF. Se tiver um item no IOF que esteja errado, a gente tira aquele item, mas o IOF vai continuar”, declarou o presidente. “Fazer decreto é responsabilidade do presidente da República. E os parlamentares podem fazer um decreto-lei para eles, se tiver cometido algum erro constitucional, coisa que não cometi”, completou. Na semana passada, após uma derrota histórica do governo no Legislativo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, suspendeu tanto os decretos do Executivo que elevam o IOF quanto o decreto que foi aprovado pelo Congresso Nacional e que derruba essa medida. Para resolver o impasse, Moraes determinou a realização de uma audiência de conciliação entre o governo federal e o Congresso Nacional sobre o tema para o próximo dia 15 de julho, em Brasília.

No podcast da ACP, prefeita garante convocar aprovados da educação especial até 1º de agosto

A Prefeita Adriane Lopes (PP) garantiu que a convocação dos aprovados no processo de seleção para profissionais da Educação Especial deve ocorrer até 1º de agosto.  A fala aconteceu durante o podcast ‘Pod Prô’, promovido pelo Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP) na tarde desta 5ª.feira (10.jul.25).  “Queremos iniciar o mês de agosto com todos os professores da Educação Especial lotados nas salas de aula… Vamos chegar em agosto com a lotação feita, completa, pra que esses professores também possam iniciar um trabalho de qualidade”, disse a prefeita de Campo Grande. A convocação citada pela gestora municipal, em conversa com o presidente da ACP, professor Gilvano Bronzoni, diz respeito ao Edital nº 08/2025-01, que selecionou profissionais para o cargo de Assistente Educacional Inclusivo, os quais devem apoiar os professores regentes quando houver alunos da Educação Especial nas escolas da Rede Municipal de Ensino (REME).

Atrativo em Bonito é reaberto após ataques de peixes: Praia da Figueira recebe aval total do Imasul

A Praia da Figueira, atrativo turístico em Bonito (MS), voltou a funcionar integralmente após interdição provocada por ataques de peixes da espécie tambaqui. O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) restabeleceu a licença ambiental da lagoa artificial nesta quinta-feira (10), após a adoção de uma série de medidas de prevenção. O espaço havia sido parcialmente liberado em abril, com a instalação de grades de contenção para impedir a entrada de peixes médios e grandes na área de banho, bar molhado e tirolesa. A reabertura completa agora inclui todos os espaços da lagoa. Segundo o Imasul, a decisão considerou a implantação de ações educativas, estruturais e de monitoramento ambiental que garantem a segurança dos visitantes e a sustentabilidade do atrativo. Ataques e investigação De acordo com dados do próprio atrativo e levantamentos do g1, em 2025 já foram registrados 30 ataques, e em 2024 foram 64 ocorrências. Só entre janeiro e março deste ano, 14 turistas foram mordidos por peixes no local, o que gerou ampla repercussão nacional. A situação levou à fiscalização conjunta do Ibama e do Ministério Público, com foco na identificação de espécies exóticas no balneário — o que é regulado pela Lei Federal nº 140/2011, que proíbe a introdução de animais não nativos no ecossistema brasileiro sem autorização oficial.

Taxação dos EUA ameaça exportações de MS e acende alerta no setor produtivo

Carne bovina e celulose estão entre os produtos mais afetados pela tarifa de 50%, que entra em vigor em agosto O setor produtivo de Mato Grosso do Sul está em alerta após os Estados Unidos anunciarem uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, válida a partir de 1º de agosto. A medida atinge em cheio as exportações de carne bovina, celulose e ferro fundido — produtos que representaram mais de 80% do que o estado vendeu aos EUA só em 2025. De acordo com a Federação das Indústrias de MS (FIEMS), os EUA foram o segundo principal destino das exportações sul-mato-grossenses no primeiro semestre do ano, com US$ 315,9 milhões em produtos exportados, um crescimento de 11% em relação a 2024. A carne bovina desossada e congelada lidera a lista, com US$ 142 milhões, o equivalente a 45,2% das exportações para os norte-americanos. A indústria de celulose também vive momento de preocupação: as vendas de pasta química de madeira para os EUA somaram US$ 1,7 bilhão no semestre, crescimento de 65%. Impactos econômicos O analista de comércio exterior Aldo Barigosse alerta para impactos em cadeia: com a perda de competitividade nos EUA, empresas locais podem redirecionar a produção a outros mercados, provocando queda nos preços internos, retração de investimentos e demissões. “A indústria perde mercado, para de contratar e investe menos. É um reflexo que atinge toda a cadeia produtiva”, afirma Barigosse. Negociações urgentes Representantes da indústria e da agropecuária cobram reação imediata do governo federal. O presidente da Famasul, Marcelo Bertoni, classifica a taxa como “infundada” e já observa efeitos imediatos: “Os frigoríficos já saíram das compras. O mercado deve reabrir com preços muito abaixo dos praticados”, lamenta. A expectativa é que a pressão empresarial leve o Brasil a acelerar as negociações com Washington. Até agora, apenas o Reino Unido e o Vietnã conseguiram acordos para reverter a taxação.