A Azul (AZUL3) está perto de um acordo para levantar cerca de US$ 400 milhões (R$ 2,2 bilhões), segundo fontes ouvidas pela Reuters. A companhia pretende emitir dívida para aliviar a pressão financeira, dando continuidade ao acordo fechado no início de outubro, que renegociou 92% das suas dívidas com arrendadores e fornecedores. Na época, os débitos foram convertidos em novas ações, somando US$ 550 milhões (R$ 3,08 bilhões).
A empresa está considerando duas alternativas: firmar um novo acordo de financiamento com detentores de títulos de dívida, possivelmente convertendo parte dela em ações no futuro, ou captar recursos adicionais por meio do banco Jefferies, com a emissão de “bonds” conversíveis. Não está claro se a Azul ainda planeja usar a Azul Cargo como garantia para essa operação.
O cenário de crise para as companhias aéreas se intensificou nos últimos anos, com o impacto da pandemia e a valorização do dólar, pressionando os custos operacionais. No caso da Azul, as ações despencaram mais de 60% em 2024, refletindo os desafios enfrentados.
A dívida bruta da companhia chegou a R$ 28,4 bilhões no segundo trimestre de 2024, um aumento de 15% em relação ao início do ano. Além disso, a empresa reverteu o lucro para um prejuízo líquido de R$ 3,8 bilhões no mesmo período.