A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul realizou nesta terça-feira (1º), no plenário Júlio Maia, a sessão solene “Diversidade e Cidadania: trajetórias profissionais que transformam histórias e constroem o futuro”, homenageando 21 profissionais LGBTQIAPN+ por suas contribuições em áreas como saúde, educação, cultura, segurança pública e políticas sociais.
📌 A iniciativa é do deputado estadual Pedro Kemp (PT) e integra a agenda oficial de julho, mês dedicado à valorização da diversidade e ao enfrentamento da LGBTfobia.
“É um reconhecimento do papel fundamental dessas pessoas na construção de um Mato Grosso do Sul mais justo, onde a formação e o exercício profissional se tornam ferramentas de cidadania e inclusão”, destacou Kemp.
Profissionais que constroem novos caminhos
Entre os homenageados estão médicos, professores, advogados, artistas e servidores públicos que atuam na linha de frente da inclusão, enfrentando preconceitos e construindo espaços de acolhimento e transformação social em diversas regiões do Estado.
🔹 Veja alguns dos homenageados:
- Guilherme Rodrigues Passamani – Antropólogo, doutor pela Unicamp, professor da UFMS e pesquisador sobre envelhecimento da população LGBT no Pantanal.
- Cleberson da Silva Alves – Psicólogo e gerente de Direitos Humanos da SAS/PMCG; atua em políticas de proteção à população em situação de rua.
- Gabrielly Antonietta Lima da Silva – Psicóloga, coordenadora do Centro Estadual de Cidadania LGBT+ e ativista pela saúde mental e diversidade.
- Cleide Martins Queiroz – Educadora, conselheira de saúde, ativista por equidade e redução de danos e liderança no acampamento Ercília Ozório.
- Giulia Rita Barbosa Scorsin – Médica travesti, atua na Rede de Urgência e Emergência da SESAU, com foco na saúde da população trans.
- Vagner Campos – Filósofo, educador, assessor parlamentar e coordenador de programas sociais voltados à diversidade sexual.
- Claudia Rosa de Assunção Pompeu – Coordenadora de políticas de diversidade em Dourados, ativista desde 2005 e referência no combate à homofobia.
- Pamella Yule – Artista visual, professora, DJ, atriz premiada internacionalmente e produtora cultural engajada nas lutas por identidade e inclusão.
- Diogenes Egidio Cariaga – Antropólogo, professor da UEMS, militante de direitos indígenas e ex-assessor parlamentar com atuação em direitos humanos.
- Bel Silva – Assistente social, presidenta do Conselho Estadual LGBT, gestora do CEREST e especialista em saúde da família.
- Marco Aurélio de Almeida Soares – Educador, pós-doutor em Antropologia e orientador da residência multiprofissional da SESAU/FIOCRUZ.
- Mateus Augusto Sutana e Silva – Defensor Público, mestrando em Antropologia, ativista por direitos humanos e políticas para diversidade.
- Samantha Terena – Liderança indígena trans da Aldeia Tarumã, militante LGBTQIA+ indígena e membra dos coletivos Tybyra e Terena LGBT+.
- Marina Cangussu de Melo – Advogada e assessora da Defensoria Pública no NUDEDH, com foco em retificação de nome e gênero.
- Guilherme Costa Garcia Tommaselli – Professor do IFMS, doutor em Educação, ativista negro e LGBTQIA+, autor e pesquisador em cidadania.
- Róger Taveira Ribeiro da Silva – Professor, gestor público, militante LGBTQIAPN+ e presidente do Conselho de Cultura de Ribas do Rio Pardo.
- Cris Stefanny – Líder comunitária, fundadora da ATTMS, idealizadora da Parada LGBT de MS e acadêmica de Direito.
- Jéssica Alves de Assis – Fisioterapeuta intensivista com atuação em hospitais de referência durante a pandemia de COVID-19.
- Gilberto Artero Ramos Filho – Escrivão da Polícia Civil, fundador da AEPJ-MS, ex-presidente do Conselho Estadual LGBTQIA+ e ativista antifascismo.
- Luan Henrique da Silva Souza – Administrador, homem trans, ex-secretário do IBRAT/MS e coordenador de políticas públicas LGBTQIA+.
- Cláudio Eduardo Soares Braga – Gerente de Políticas Públicas LGBT de Corumbá, líder comunitário e promotor de eventos de inclusão social.
A lista inclui profissionais de diferentes origens e áreas, todos com atuação reconhecida em prol dos direitos humanos, do combate à discriminação e da promoção da diversidade.
📍 A sessão contou com a presença de familiares, lideranças comunitárias e representantes da sociedade civil organizada.
“É mais que um ato simbólico. É uma reafirmação de que essas pessoas existem, resistem e são essenciais na construção de um futuro mais plural”, concluiu o deputado Pedro Kemp.
