Nas últimas semanas, a Apple tem intensificado a publicidade sobre privacidade e segurança do Safari, visando destacar esses atributos para seus usuários. A campanha ocorre globalmente, com destaque em mídia externa.
A Apple busca atrair usuários que ainda preferem o Google Chrome como navegador. Atualmente, cerca de 30% dos usuários de iPhone utilizam o Chrome, e o Google pretende aumentar esse número para 50%, visando atrair mais de 300 milhões de novos usuários do ecossistema Apple. O Google enfrenta o desafio de equilibrar receitas publicitárias com a segurança das suas plataformas.
Dr. Luiz Augusto D’Urso, advogado e professor de Direito Digital, explica que a relação entre Apple e Google tem se deteriorado devido às novas políticas de privacidade da Apple, que dificultam a coleta de dados, prejudicando parceiros como o Google. A Apple usa o Safari como uma plataforma para promover mais privacidade e menos coleta de dados.
A disputa se intensificou quando o Google decidiu não eliminar os cookies de terceiros no Chrome, uma mudança que estava prevista para 2022, mas foi adiada. O Google busca soluções que suportem um mercado competitivo e ofereçam novas ferramentas de privacidade, como a proteção de IP no modo anônimo do Chrome.
Taciana Rettore, diretora de operações da ShowHeroes, afirma que a decisão do Google pode intensificar a competição com a Apple. A postura menos restritiva do Google em relação à privacidade visa manter sua liderança no mercado de publicidade digital, enquanto a Apple continua firme em suas políticas de privacidade no Safari.