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Após quase três décadas, MS retoma construção de ferrovia com investimento bilionário

Depois de 27 anos, Mato Grosso do Sul volta a receber uma nova obra ferroviária. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou a proposta da empresa chilena Arauco Celulose para a construção e operação de um ramal ferroviário em Inocência. A nova linha, com 47 km de extensão, será

Depois de 27 anos, Mato Grosso do Sul volta a receber uma nova obra ferroviária. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou a proposta da empresa chilena Arauco Celulose para a construção e operação de um ramal ferroviário em Inocência. A nova linha, com 47 km de extensão, será conectada à Malha Norte e tem início das obras previsto para setembro deste ano.

O ramal será usado para escoar cerca de 3,5 milhões de toneladas de celulose produzidas pela nova fábrica da empresa, que representa um investimento de aproximadamente R$ 25 bilhões. Segundo o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, essa será a primeira operação ferroviária 100% dedicada à exportação do setor de celulose no Estado. “A Arauco será pioneira ao transportar toda sua produção por ferrovia até o Porto de Santos”, destacou.

A obra está orçada em R$ 1 bilhão e está dentro do novo regime de autorizações ferroviárias, com concessão válida por 99 anos. Faltando apenas a declaração de utilidade pública (DUP), a expectativa é que todos os trâmites estejam concluídos até setembro.

Outras gigantes do setor também apresentaram propostas semelhantes. A Suzano, por exemplo, solicitou autorização para construir três novos trechos: um de 231 km entre Ribas do Rio Pardo e Inocência, outro de 24,7 km em Três Lagoas e um terceiro, de Três Lagoas a Aparecida do Taboado, totalizando investimentos que ultrapassam R$ 3 bilhões. A Eldorado Celulose também teve autorização ambiental para um ramal de 89 km até a Ferronorte.

Apesar disso, algumas dessas iniciativas ainda aguardam decisões da Justiça e do Tribunal de Contas da União (TCU), especialmente em relação à recomposição da Malha Oeste, que será essencial para integrar a produção das indústrias à Malha Norte.

O governo estadual aposta no modal ferroviário como chave para uma logística mais competitiva, com menor custo e maior eficiência. A concessão da Malha Oeste, operada pela Rumo Logística, está sendo revista em negociação com o Ministério dos Transportes, e prevê um investimento estimado em R$ 2,7 bilhões para ampliar e integrar trechos essenciais ao desenvolvimento da malha ferroviária regional.

Fonte: Correio do Estado

Foto: Mairinco de Paula/GovernoMS

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