As ações da Nu Holdings (NU), controladora do Nubank, fecharam em queda de 1,18% a US$ 11,69 na terça-feira (18) em Nova York, após o banco digital se tornar um dos tópicos mais comentados no X, antigo Twitter. No mercado pós-fechamento, as ações registraram um leve aumento de 0,1%.
A popularidade do banco nas redes sociais foi impulsionada por um story no Instagram publicado na segunda-feira (17) por Cristina Junqueira, uma das fundadoras do Nubank, agradecendo um convite de um evento organizado por uma produtora conservadora. A postagem gerou controvérsias e levou alguns internautas a afirmarem que cancelariam suas contas no banco, o que pode ter influenciado a queda das ações, contrariando o índice S&P 500 que subiu 0,25%.
Segundo a analista Courtney Carlsen da The Motley Fool, embora a Nu Holdings domine o mercado bancário brasileiro e tenha potencial de crescimento na América Latina, a fintech enfrenta uma jornada volátil desde seu IPO em 2021. O banco tem mostrado um crescimento significativo, atraindo investidores como a Berkshire Hathaway de Warren Buffett, mas ainda enfrenta desafios no mercado.
Carlsen destacou que, apesar das dificuldades, o Nubank tem aumentado seu lucro líquido nos últimos cinco trimestres. No entanto, ela observa que as ações não estão baratas, com uma relação preço/lucro de 44,3 e uma relação preço/valor patrimonial de 9.
O potencial de crescimento do Nubank está focado em mercados como México e Colômbia, onde a população não bancarizada é grande. No México, por exemplo, o número de clientes do Nubank cresceu 106% no primeiro trimestre deste ano, atingindo 6,6 milhões. O banco não comentou a queda das ações.