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Dezembro Vermelho reforça prevenção ao HIV e alerta para avanço da doença no MS

O Dezembro Vermelho volta a mobilizar Mato Grosso do Sul no combate ao HIV, à Aids e a outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). No Estado, a campanha ganhou caráter permanente em 2021, quando passou a integrar o Calendário Oficial de Eventos por meio da Lei nº 5.684, de autoria do

O Dezembro Vermelho volta a mobilizar Mato Grosso do Sul no combate ao HIV, à Aids e a outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). No Estado, a campanha ganhou caráter permanente em 2021, quando passou a integrar o Calendário Oficial de Eventos por meio da Lei nº 5.684, de autoria do deputado estadual Zé Teixeira, vice-presidente da Assembleia Legislativa. A medida garante que, todos os anos, ações de conscientização e prevenção sejam intensificadas em todo o território sul-mato-grossense.

Os dados mais recentes do Boletim Epidemiológico 2024/2025 do Ministério da Saúde mostram avanços importantes no cenário nacional. O Brasil registrou, nos últimos cinco anos, uma média de 33 mil novos casos de HIV por ano, com queda no coeficiente de mortalidade, que passou de 4,1 óbitos por 100 mil habitantes em 2022 para 3,9 em 2024.

Situação em Mato Grosso do Sul preocupa

Apesar da redução gradual da mortalidade, Mato Grosso do Sul ainda apresenta indicadores preocupantes. Em 2024, o Estado registrou 20,7 casos de Aids por 100 mil habitantes, ocupando a 9ª posição no ranking nacional. No mesmo ano, foram contabilizados 162 óbitos relacionados à doença, mesmo com uma queda de 7,8% na mortalidade ao longo da última década.

Atualmente, cerca de 11,2 mil pessoas vivem com HIV em MS e recebem tratamento gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde.

Em relação às novas infecções, foram registrados 321 casos em 2024, número inferior aos 365 de 2023, mas ainda acima da média histórica. A maior concentração de novos diagnósticos ocorre na faixa etária de 15 a 29 anos, cenário atribuído, em parte, à redução da percepção de risco entre os jovens.

Alerta para prevenção contínua

Para o deputado Zé Teixeira, os avanços no tratamento não podem levar ao relaxamento das medidas preventivas.
“Os avanços científicos são uma conquista, mas não significam ausência de risco. A prevenção continua sendo essencial, principalmente entre os jovens”, alerta.

O parlamentar destaca ainda que o Estado precisa ampliar o alcance das campanhas educativas e facilitar o acesso aos testes rápidos.
“O diagnóstico precoce aumenta significativamente a expectativa e a qualidade de vida de quem vive com o vírus. Mato Grosso do Sul ainda aparece entre os estados com maiores taxas de detecção, e isso precisa ser enfrentado”, reforça.

Desafio permanente

Embora o Brasil já tenha alcançado duas das três metas globais da ONU para eliminar a Aids como problema de saúde pública — com 96% das pessoas vivendo com HIV diagnosticadas e 95% com carga viral indetectável —, o desafio permanece na adesão contínua ao tratamento, atualmente em 82%.

No cenário global, segundo o UNAIDS, cerca de 39,9 milhões de pessoas vivem com HIV. Em 2023, aproximadamente 630 mil pessoas morreram por doenças relacionadas à Aids, número bem inferior ao pico de 2,1 milhões em 2004. A meta mundial para 2025 é reduzir esse total para menos de 250 mil mortes anuais.

Para Zé Teixeira, o Dezembro Vermelho vai além do simbolismo.
“A camisinha continua sendo a forma mais simples e eficaz de prevenir o HIV e outras ISTs. O Dezembro Vermelho é um alerta coletivo. Precisamos unir esforços para reduzir novos casos e salvar vidas”, conclui.

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