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Greve paralisa transporte coletivo e Campo Grande amanhece sem ônibus nesta segunda-feira

Campo Grande amanheceu sem circulação de ônibus do transporte coletivo urbano nesta segunda-feira (15) devido à greve dos motoristas do Consórcio Guaicurus. A paralisação foi aprovada por mais de mil trabalhadores durante assembleia geral realizada na última quinta-feira (11), em protesto contra atrasos salariais e o não pagamento de benefícios.

Campo Grande amanheceu sem circulação de ônibus do transporte coletivo urbano nesta segunda-feira (15) devido à greve dos motoristas do Consórcio Guaicurus. A paralisação foi aprovada por mais de mil trabalhadores durante assembleia geral realizada na última quinta-feira (11), em protesto contra atrasos salariais e o não pagamento de benefícios.

Terminais e pontos de ônibus vazios

Desde as primeiras horas do dia, terminais como Guaicurus e Morenão permaneceram completamente vazios. Pontos de embarque espalhados pela Capital também não registraram movimento, impactando diretamente milhares de usuários que dependem do transporte coletivo para ir ao trabalho, à escola e a compromissos essenciais.

Segundo apuração, os ônibus circularam normalmente no domingo (14) e os últimos veículos retornaram às garagens por volta da 1h da madrugada. Após isso, nenhum ônibus voltou às ruas, e não há previsão de retomada do serviço.

Reivindicações da categoria

De acordo com o STTCU-CG (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande), os motoristas só retornarão às atividades após a quitação integral de:

  • Salário de novembro
  • Adiantamento salarial
  • 13º salário

A categoria afirma que não há condições de manter a operação diante do descumprimento das obrigações trabalhistas pela concessionária.

Posicionamento do Consórcio Guaicurus

Na sexta-feira (12), o Consórcio efetuou o pagamento de 50% dos salários atrasados. Em nota, a empresa alegou dificuldades financeiras e informou que:

  • As linhas de crédito estão comprometidas, limitando novos empréstimos;
  • Os recursos disponíveis foram direcionados prioritariamente ao pagamento da folha;
  • Parte do valor também foi utilizada para despesas operacionais, como combustível e manutenção da frota.

Mesmo assim, os pagamentos não foram suficientes para evitar a paralisação.

Pedido de intervenção judicial

A crise no transporte coletivo ganhou novo desdobramento com o ingresso de uma ação popular na Justiça, movida por um comerciante, que solicita intervenção imediata no Consórcio Guaicurus, conforme previsto em contrato.

A ação foi protocolada há cerca de duas semanas e se baseia em apontamentos da CPI do Transporte, que identificou:

  • Frota com idade acima do permitido
  • Falta de manutenção adequada
  • Ausência de seguro
  • Indícios de má gestão financeira

Cenário segue indefinido

A greve foi confirmada após votação favorável em assembleia realizada na madrugada da última quinta-feira (11). Além dos salários, os motoristas denunciam atrasos no vale e no 13º, agravando o impasse.

Até o momento, não há previsão oficial para a retomada do transporte coletivo, mantendo Campo Grande sem ônibus nesta segunda-feira.

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