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Audiência tenta pôr fim a 14 anos de reclamações por mau cheiro da JBS em Campo Grande

Depois de 14 anos de disputas judiciais e reclamações de moradores, o frigorífico da JBS localizado no bairro Nova Campo Grande, em Campo Grande (MS), volta ao centro das atenções. A Justiça marcou para o dia 10 de novembro uma nova audiência de conciliação entre a empresa e o Ministério

Depois de 14 anos de disputas judiciais e reclamações de moradores, o frigorífico da JBS localizado no bairro Nova Campo Grande, em Campo Grande (MS), volta ao centro das atenções. A Justiça marcou para o dia 10 de novembro uma nova audiência de conciliação entre a empresa e o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), com o objetivo de buscar uma solução definitiva para o problema do mau cheiro que atinge a região.

A decisão foi tomada após o juiz Flávio Saad Peron determinar a suspensão de mais de 200 ações individuais movidas por moradores contra a companhia. Segundo o magistrado, os processos ficarão paralisados até o julgamento da ação civil pública apresentada pelo MP.

“A ação coletiva trata do mesmo assunto e abrange todos os processos individuais”, justificou o juiz, ressaltando que a medida visa evitar decisões conflitantes e garantir maior celeridade à resolução do caso.

A promotora Luz Marina Borges Maciel Pinheiro, que conduz a ação, afirma que a empresa não cumpriu integralmente as medidas acordadas em audiências anteriores.

“As medidas adotadas pela empresa são insuficientes para eliminar o mau cheiro. A situação exige uma resolução rápida e eficaz”, declarou.

Entre as falhas apontadas pelo Ministério Público estão o plantio incompleto de árvores que formariam uma barreira natural ao redor da unidade industrial e a ausência de relatórios técnicos sobre o funcionamento do sistema de exaustão.

Em nota, a JBS afirmou que vem cumprindo todas as exigências ambientais e que o problema tende a diminuir com o passar do tempo.

“O fechamento das platibandas foi concluído e as mudas crescerão em cerca de dois anos, o que reduzirá os odores”, informou a empresa.

Enquanto a conciliação não ocorre, os moradores do bairro continuam convivendo com o mau cheiro que, segundo relatos, afeta a qualidade de vida e desvaloriza os imóveis da região. O caso, que se arrasta desde 2010, tornou-se um dos mais antigos conflitos ambientais urbanos de Campo Grande.

A expectativa é de que a audiência de novembro marque um novo capítulo nas negociações e possa finalmente encerrar uma disputa que atravessa mais de uma década.

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