O Ministério Público de Contas de Mato Grosso do Sul (MPC-MS) quer saber quais medidas o governo estadual tem adotado para enfrentar os impactos das apostas online na saúde mental da população.
O procurador de Contas Substituto, Joder Bessa, solicitou formalmente informações à Secretaria de Estado de Saúde (SES-MS). O foco está no crescimento do vício em jogos digitais, potencializado por publicidade massiva e influência de criadores de conteúdo.
📈 Segundo dados do Google Trends, MS está entre os estados com maior volume de buscas por termos como “tigrinho”, “cassino online” e “apostas esportivas”. O impacto também é econômico: mais de R$ 520 milhões em prejuízos estimados na economia local, segundo o MPC.
O que o MP quer saber?
O ofício solicita à SES-MS:
- Relatórios ou estudos sobre o vício em jogos no estado;
- Campanhas de conscientização realizadas;
- Indicadores de eficácia das ações;
- Orçamento destinado ao tratamento de transtornos associados a apostas;
- Diagnósticos regionais sobre saúde mental.
O procurador alerta que os efeitos das apostas digitais atingem especialmente os mais vulneráveis e exige eficiência, eficácia e efetividade das políticas públicas no combate a esse novo desafio de saúde.
A ação segue o entendimento do STF, que determinou a adoção de medidas preventivas como:
- Proibição de propagandas voltadas ao público infantil;
- Bloqueio do uso de benefícios sociais (como o Bolsa Família) em sites de aposta.
O TCU também já avaliou os impactos das apostas no país e recomendou ações coordenadas entre União, estados e municípios.