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Empresa investigada por fraudes segue vencendo licitações em MS

Mesmo sob investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), a empresa Royal Soluções Comércio e Serviços Ltda continua firmando contratos com prefeituras em Mato Grosso do Sul. O Ministério Público aponta a companhia como envolvida em um esquema de fraudes em licitações para fornecimento de

Mesmo sob investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), a empresa Royal Soluções Comércio e Serviços Ltda continua firmando contratos com prefeituras em Mato Grosso do Sul. O Ministério Público aponta a companhia como envolvida em um esquema de fraudes em licitações para fornecimento de merenda escolar — com denúncias que incluem entrega de alimentos impróprios para consumo e contratos superfaturados.

Apesar disso, a empresa foi contratada pela Prefeitura de Camapuã, a 140 km de Campo Grande, para fornecer gêneros alimentícios ao município por 12 meses. O contrato, publicado no dia 28 de abril, tem valor estimado em R$ 40 mil, com possibilidade de prorrogação.

A Royal está registrada em nome da sogra do empresário Mauro Mayer da Silva, que foi preso pelo Gaeco em fevereiro deste ano. Segundo as investigações, Mayer é o verdadeiro controlador da empresa, além de ser proprietário da Zellitec Comércio e Serviços, que também negocia com prefeituras e está sob suspeita de pagar propina a servidores públicos.

Esquema familiar e alcance estadual
Membros da mesma família estariam à frente das empresas envolvidas. A Royal venceu, inclusive, sete pregões promovidos pelo Governo do Estado para fornecimento de merenda escolar a escolas de Sonora, Campo Grande, Anastácio, Aquidauana e Jardim — totalizando R$ 133 mil em contratos públicos.

Imagens e trocas de mensagens obtidas pelo Gaeco mostram uma servidora pública de Água Clara contando dinheiro supostamente recebido de propina. Ainda assim, a empresa segue habilitada em certames públicos.

A SED (Secretaria de Estado de Educação) informou, em nota, que monitora o cumprimento das exigências legais e que os contratos são celebrados apenas após a apresentação das certidões exigidas. A pasta reforça que todos os processos seguem pareceres da PGE (Procuradoria-Geral do Estado) e a nova Lei de Licitações (Lei nº 14.133).

Até o momento, a Prefeitura de Camapuã não se manifestou sobre a contratação.

Nova licitação de R$ 2,9 milhões
Além do contrato com a Royal, Camapuã abriu em janeiro uma licitação de até R$ 2,9 milhões para compra de alimentos para a merenda escolar de 2025. O edital prevê fornecimento para as secretarias de Educação, Cultura, Turismo, Esporte e Lazer.

As investigações indicam que, ao todo, o empresário Mauro Mayer e suas empresas já arrecadaram cerca de R$ 10 milhões com contratos públicos em Mato Grosso do Sul.

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