Na manhã desta segunda-feira (6), um grupo de mães de crianças com deficiência realizou um protesto em frente ao Centro de Especialidades Médicas (CEM), em Campo Grande, reivindicando a regularização do fornecimento de fraldas, medicamentos e dietas especiais. Muitas delas afirmaram estar sem os insumos desde outubro do ano passado, mesmo com decisões judiciais que obrigam a prefeitura a garantir o abastecimento.
As mães relatam dificuldades para arcar com os custos. Elisângela Silva de Souza, que tem um filho de 8 anos com deficiência, gasta cerca de R$ 700 mensais apenas com fraldas. “Eles [a prefeitura] disseram que haviam comprado fraldas para durar um ano, mas isso não está acontecendo. A gente quer regularidade”, afirmou. Durante o protesto, algumas mulheres constataram que apenas fraldas de tamanho infantil estavam disponíveis no setor de distribuição.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) informou que o desabastecimento ocorre devido a atrasos pontuais de fornecedores e garantiu que está notificando as empresas responsáveis. Segundo a pasta, há 42 tipos de dietas especiais em estoque, e algumas substituições estão sendo realizadas para evitar desassistência. A Sesau também afirmou que pelo menos seis pacientes retiraram insumos no CEM nesta segunda-feira, incluindo fraldas e medicamentos.
As mães ressaltam a importância da regularidade no fornecimento, essencial para os cuidados dos filhos, e afirmam que continuarão mobilizadas para garantir seus direitos.
Foto: Marcos Maluf