O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi submetido a uma cirurgia de emergência nesta terça-feira (10), em São Paulo, para drenar um hematoma cerebral. A lesão foi causada por uma queda em outubro, quando ele escorregou no banheiro do Palácio da Alvorada e bateu a cabeça na região da nuca. Após semanas sem apresentar sintomas graves, o presidente relatou dores de cabeça persistentes nos últimos dias, levando à realização de exames que identificaram o sangramento intracraniano.
O procedimento realizado foi uma trepanação, uma técnica menos invasiva que a craniotomia, em que pequenas perfurações são feitas no crânio para drenar o sangue acumulado. Segundo a equipe médica do Hospital Sírio-Libanês, o hematoma tinha cerca de três centímetros, localizado entre o cérebro e a membrana meníngea. A cirurgia foi considerada bem-sucedida, e Lula segue monitorado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sem sinais de sequelas.
Hematomas cerebrais como o de Lula podem ocorrer semanas após traumas cranianos, especialmente em idosos. Esses casos geralmente se desenvolvem devido ao rompimento de pequenos vasos sanguíneos durante o processo de cicatrização, levando a um acúmulo gradual de sangue que aumenta a pressão intracraniana. Apesar de potencialmente graves, esses hematomas têm alta taxa de recuperação quando tratados precocemente.
De acordo com o boletim médico, o presidente não apresenta lesões cerebrais significativas e deve ter uma recuperação plena. A previsão é de que Lula receba alta na próxima semana, retornando às suas atividades após um período de repouso supervisionado pelos médicos.