Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma queda de 0,02%, marcando a primeira deflação de 2024. Esse é o menor índice desde junho de 2023, quando o IPCA caiu 0,08%. A queda foi impulsionada principalmente pelos grupos de alimentação e bebidas, que caíram 0,44%, e habitação, com uma queda de 0,51%. Esses dois setores representam mais de 36% do índice total.
A redução nos preços de alimentos como batata (-19,04%), tomate (-16,89%) e cebola (-16,85%) foi um dos principais fatores para essa deflação. O clima mais favorável ajudou a aumentar a oferta desses alimentos, o que contribuiu para a queda nos preços. Ao mesmo tempo, alguns itens, como mamão (17,58%) e banana-prata (11,37%), apresentaram alta. No setor de habitação, a redução de 2,77% nas tarifas de energia elétrica, causada pela mudança da bandeira tarifária de amarela para verde, também foi fundamental para o resultado.
No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação está em 4,24%, dentro da meta de 3,25% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Esse resultado surpreendeu o mercado, que esperava uma estabilidade no índice para agosto. Além disso, o índice foi uma melhora significativa em relação ao mesmo mês de 2023, que registrou alta de 0,23%.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias de baixa renda, também registrou uma queda de 0,14% em agosto. O INPC acumula alta de 2,80% no ano e 3,71% nos últimos 12 meses.